Cisto colóide do III ventrículo.  1 HE
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Masc. 55 a.   Clique para RM, HE, imunohistoquímica
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Destaques  da  microscopia. 
HE.  Parede fibrosa de cisto recoberta por epitélio simples, gliose em torno  Epitélio cúbico em mono- ou bicamada  Macrófagos com lípides e hemossiderina
Reação de corpo estranho a cristais de colesterol Gliose pilocítica margeando a cápsula fibrosa  Fibras de Rosenthal 
AE1AE3.  Positividade no epitélio e na gliose Detalhes do epitélio, camada de células pavimentosas na superfície, cúbicas abaixo  Gliose dá reação cruzada para AE1AE3 (anticorpo contra citoqueratinas)
34bE12.  Semelhante a AE1AE3, mas gliose não marca CK7.  Células pavimentosas na superfície fortemente positivas, cúbicas abaixo menos CK20.  Células pavimentosas na superfície positivas,  cúbicas abaixo negativas
CD68.  Positivo em macrófagos isolados CD68.  Positivo em células gigantes de corpo estranho associadas a cristais de colesterol Ki-67. Positividade em cerca de 5% dos núcleos das células neoplásicas.
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HE,  aspecto geral.  Este cisto colóide do III ventrículo, enviado em consulta, consistia de fragmentos da parede cortados em vários planos. A estrutura geral está preservada e permite visualizar o epitélio cúbico, às vezes com duas camadas celulares, melhor distintas nas reações imunohistoquímicas para CK7 e CK20.  O conteúdo gelatinoso perdeu-se durante a manipulação.  É possível observar-se a cápsula de tecido fibroso onde o epitélio se apóia, e que mostra em alguns pontos infiltrado inflamatório linfocitário e acúmulos de macrófagos com hemossiderina ou em granulomas de corpo estranho a cristais de colesterol. Externamente ao tecido fibroso há uma camada de gliose (tecido glial reacional) oriundo do tecido nervoso limítrofe, contendo fibras de Rosenthal, atribuíveis à irritação crônica pela lesão (gliose pilocítica). 
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Epitélio do cisto colóide.    O epitélio é formado por células cúbicas ou pavimentosas que, em áreas, parece ter duas camadas. Na mais superficial, as células são mais achatadas, com citoplasma róseo. Na mais profunda, são mais arredondadas e com citoplasma mais claro ou finamente vacuolado. Estas diferenças são corroboradas nas reações imunohistoquímicas, onde as células reagem de forma contrastante para CK7 e CK20
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Macrófagos  e  granulomas  de corpo estranho.  A camada de tecido fibroso que dá suporte ao epitélio do cisto colóide tem espessura variável. Em certos locais é grossa, abrigando acúmulos de macrófagos, livres ou associados a cristais de colesterol, formando granulomas de corpo estranho. Essas áreas provavelmente correspondem a focos de ausência de sinal na RM na seqüência com gradiente (T2*), que é muito sensível a hemorragias e calcificações. Alguns macrófagos contêm no citoplasma pigmento amarelado que poderia corresponder a hemossiderina. Os cristais de colesterol aparecem como fendas vazias, já que o lípide foi removido durante o processamento. 
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Cápsula fibrosa e gliose com fibras de Rosenthal.  Em certos trechos, a parede fibrosa do cisto veio aderida a tecido nervoso das proximidades. Em parte, isto pode dever-se a cirurgias anteriores (constam duas tentativas de remoção da lesão antes da atual). A RM em outra página é a original, antes da primeira abordagem. O colágeno da parede tem tonalidade basófila, atribuível a artefato de fulguração. 
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Gliose  com fibras de Rosenthal.     A gliose (reação cicatricial) tem padrão morfológico pilocítico, isto é, os astrócitos são alongados e seus prolongamentos dispostos em feixes paralelos, lembrando uma cabeleira. Esta feição é comum no entorno de lesões crônicas de longa duração, como craniofaringiomas, o que também ocorreu neste caso. As fibras de Rosenthal são depósitos de proteínas ubiquitinadas no interior dos prolongamentos astrocitários. Também ocorrem nos astrocitomas pilocíticos, uma neoplasia astrocitária de baixo grau. 
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Agradecimentos.  Caso do Hospital Estadual de Sumaré, SP, enviado em consulta e gentilmente contribuído pelo Dr. João Flávio Daniel Zullo.  Lâminas HE preparadas no Laboratório de Rotina do Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP - Mariagina de Jesus Gonçalves, Maria José Tibúrcio, Guaracy da Silva Ribeiro, Fernando Wagner dos Santos Cardoso, Viviane Ubiali, Fernanda das Chagas Riul e Vanessa Natielle Pereira de Oliveira. 
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Para mais imagens deste caso: RM  HE Imunohistoquímica
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