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2. HE, tricrômico de Masson |
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Fem. 28 a. Clique para ressonância magnética e macroscopia da peça sob lupa. |
Comparação entre o espécime cortado ao meio e lâminas escaneadas das duas metades. A lesão é constituída por grandes vasos dilatados, de paredes muito delgadas, preenchidos por sangue ou trombos recentes. Há trombos calcificados, dificultando a obtenção de bons cortes e causando dentes de navalha (riscos). Entre os vasos grandes há tecido conjuntivo fibroso, resultante em parte da organização de trombos mais antigos. Abaixo, lâminas escaneadas com resolução maior (1200 dpi). Para aspecto no tricrômico de Masson, clique. Para macroscopia do espécime sob lupa, clique. | |
Paredes
vasculares.
O cavernoma é formado por canais vasculares venosos, sem participação arterial. Alguns são extremamente delgados e tortuosos, lembrando vênulas. Suas paredes são formadas por fina camada de fibras colágenas, e revestida por células endoteliais, cujos núcleos estão espaçados entre si. |
Arranjo 'back to back'. Os finos canais vasculares estão intimamente justapostos, acolados entre si (aspecto back to back), ou pode haver tecido conjuntivo fibroso entre eles, por vezes com calcificações. Tecido nervoso gliótico entre os vasos é raro em cavernomas, ao contrário das malformações artério-venosas ou MAVs. | |
Trombos
recentes.
Os vasos maiores no presente caso estão preenchidos e dilatados por trombos, ditos recentes porque não mostram ainda sinais de organização ou recanalização. Os trombos recentes são formados por fibrina com ou sem hemácias, sem células. |
Trombos
organizados, recanalizados.
A evolução dos trombos pode ser para organização e recanalização, ou calcificação (esta, ver abaixo). A organização se dá inicialmente por invasão do trombo por células inflamatórias, que fagocitam a fibrina e hemácias. Ao mesmo tempo, células totipotentes provenientes da parede do vaso invadem o trombo e se transformam em fibroblastos (que sintetizam colágeno) e células endoteliais, que estabelecem novos capilares. Esses processos ocorrem tanto em trombos parietais como em oclusivos. Para exemplos em outro caso, clique. |
Trombo
parietal.
Ao lado, exemplo de trombo parietal em organização e recanalização. Os capilares neoformados podem ser funcionantes e serem eventualmente incorporados à massa de vasos do cavernoma. O trombo está aderido à parede do vaso original só por uma pequena área (embaixo e à esquerda). |
Vaso
permeável + trombo organizado.
A estrutura ao lado mostra, à esquerda um vaso preenchido por hemácias, e à direita um nódulo de tecido fibroso denso quase acelular. É possível que este tenha-se originado de um vaso semelhante ao da esquerda, que sofreu trombose e organização. |
Trombos
calcificados.
Trombos são locais comuns para deposição anômala de sais de cálcio (calcificação distrófica). O fênomeno ocorre em artérias com aterosclerose e em válvulas cardíacas lesadas. O cálcio aparece como um granulado basófilo em meio a outras estruturas, como fibras colágenas. Para mais sobre calcificação distrófica, clique. |
Calcificação
parcial em trombo organizado.
A estrutura ao lado pode corresponder a um trombo oclusivo que evoluiu para organização e recanalização na metade à esquerda e para calcificação na metade à direita. |
Outro exemplo, com arranjo compacto dos grânulos de cálcio. Tais estruturas podem macroscopicamente se assemelhar a pequenos cálculos, e necessitar descalcificação para obtenção de cortes histológicos. | |
Tecido
fibroso entre vasos.
As áreas centrais deste cavernoma são formadas por tecido fibroso denso, provavelmente oriundo da organização de trombos mais antigos. |
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Tricrômico de Masson. Como cora o colágeno em azul, o tricrômico de Masson é muito útil no estudo de lesões com componente de tecido conjuntivo. Neste cavernoma, a coloração mostra que os vasos são exclusivamente formados por fibras colágenas, sem fibras musculares lisas. Também destaca o conjuntivo entre os vasos, que forma o centro deste cavernoma. Ao lado e abaixo, lâminas escaneadas coradas por tricrômico de Masson. |
Predomínio
absoluto de tecido conjuntivo.
Todas as estruturas componentes deste cavernoma, vasos ou interstício, são formadas por fibras colágenas. |
Caso do Hospital Santa Casa de Limeira, gentilmente contribuído pelos Drs Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes, Limeira, SP. |
Preparados nesta página pelo técnico de colorações especiais do Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Sr. Sérgio Roberto Cardoso. |
Para mais imagens deste caso: | RM | Macro, sob lupa |
Este assunto na graduação | Cavernomas, mais casos : neuroimagem, neuropatologia | Texto : malformações vasculares do SNC: telangiectasias, cavernomas, MAVs. | Características de imagem dos cavernomas |
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