|
|
|
Fem. 3 a 5 m. Clique para RM, HE, IH - Vimentina, GFAP, AE1AE3, EMA, SNF, NF, CD34, Ki67, p53 |
VIMENTINA. Este filamento intermediário do citoplasma de distribuição ubiquitária ocorre em células de diferentes linhagens. Neste carcinoma de plexo coróide, parte das células neoplásicas o expressa, e outras, não raro ao lado, são negativas. A positividade, quando presente, é forte e citoplasmática, documentando o contorno celular. A natureza neoplásica das células fica clara pelo grande volume do núcleo, com atipias. A variabilidade da expressão enfatiza como células de mesma origem (no caso, o plexo coróide) podem ter um dado gene 'ligado' ou desligado'. Além das células tumorais, há positividade forte para macrófagos, numerosos no espécime, e para células endoteliais de capilares. A abundância de macrófagos sugere que muitas células neoplásicas estão em degeneração, talvez pela ação do quimioterápico. | |
Vimentina - capilares. Células endoteliais são sempre positivas para vimentina no citoplasma e a reação destaca os pequenos vasos do tumor. Comparar com CD34. | |
Vimentina - macrófagos. Macrófagos e outras células de linhagem hematológica são positivas para vimentina, que destaca os pequenos vacúolos de gordura que dão aspecto cribriforme ao citoplasma. | |
GFAP. Este filamento intermediário do citoplasma, próprio de astrócitos e células ependimárias, é quase totalmente negativo no tumor, mas positivo na fina orla de tecido nervoso limítrofe, permitindo avaliar as relações entre a neoplasia e cérebro. O tumor é bem delimitado, exceto em pequenas áreas, onde se notam lingüetas de tecido glial penetrando entre as células neoplásicas. As células tumorais são quase sempre negativas exceto algumas exceções isoladas documentadas abaixo. |
AE1AE3. Um coquetel de anticorpos contra queratinas de alto e baixo peso molecular, AE1AE3 é usado para demonstração universal de células epiteliais. Como as células do plexo coróide exibem natureza dual, ou seja, glial e epitelial, podem expressar queratinas. No presente exemplo, apenas células isoladas ou em pequenos grupos são positivas. Células positivas e negativas estão presentes lado a lado. | |
EMA. Antígeno epitelial de membrana, aqui também expressado em poucas células do carcinoma de plexo coróide. A marcação é citoplasmática, sem destacar a membrana celular. | |
SNF. Sinaptofisina, uma proteína associada a vesículas sinápticas, é (ao contrário do que se poderia esperar) positiva no citoplasma de uma parte das células neoplásicas, geralmente uma minoria. Aqui documentadas as áreas mais positivas. O achado é de interesse por mostrar que células do plexo coróide, que pouco têm a ver com neurônios, expressam uma proteína neuronal mais intensamente que uma proteína glial como GFAP. A marcação é irregular, sendo células positivas e negativas observadas lado a lado. |
NF. Proteína de neurofilamento (NF) é um filamento intermediário próprio de neurônios e seus prolongamentos, dendritos e axônios. Na prática, o utilizamos para demonstração de axônios, sendo aqui positivo no tecido nervoso peritumoral (substância branca), riquíssimo em pequenos axônios. No tumor, ausência de axônios (boa delimitação da neoplasia), já observada com GFAP e negatividade das células neoplásicas. |
CD34. Antígeno oncofetal positivo na face luminal das células endoteliais dos capilares, demonstra os pequenos vasos que formam o cerne das hastes conjuntivas onde se assentam as células neoplásicas. O caráter papilífero do tumor é nítido. Os capilares são sempre finos e o aspecto é praticamente superponível ao obtido com vimentina (acima), com a diferença que a vimentina marca todo o citoplasma do endotélio, e CD34 apenas a face luminal. |
Ki67. Ki67, um marcador de proliferação celular positivo em células que vão proceder à mitose, marca cerca de 20% dos núcleos. Como já notado para as mitoses atípicas vistas em HE, isto foi observado após 2 ciclos de quimioterapia, indicando que uma proporção considerável das células permanece mitoticamente ativa, mesmo após tratamento. Células em mitose apresentam positividade também no citoplasma. |
p53. p53 marca > 90% dos núcleos das células neoplásicas. A alta positividade indica importante papel da inativação deste gene supressor tumoral na gênese do tumor, como conhecido na literatura. |
Agradecimentos. Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP. Preparações histopatológicas e imunohistoquímicas pelos técnicos do Laboratório de Patologia do Centro Boldrini - Aparecido Paulo de Moraes e Irineu Mantovanelli Neto. |
Para mais imagens deste caso : | RM | HE | IH - Vimentina, GFAP, AE1AE3, EMA, SNF, NF, CD34, Ki67, p53 |
Mais casos de tumores do plexo coróide:
papiloma (imagem) (histologia); carcinoma (imagem) (histologia). |
Comparação
entre
papiloma e carcinoma do plexo coróide |
Tumores do plexo coróide:
textos (1)(2), banco de imagens |
Plexo coróide normal:
(1) (2) (3) |
Neuropatologia
- Graduação |
Neuropatologia -
Estudos de casos |
Neuroimagem
- Graduação |
Neuroimagem -
Estudos de Casos |
Roteiro
de aulas |
Textos
de apoio |
Correlação
Neuropatologia - Neuroimagem |
Índice alfabético - Neuro | Adições recentes | Banco de imagens - Neuro | Textos ilustrados | Neuromuscular | Patologia - outros aparelhos | Pages in English |
|