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de hemisférios cerebrais |
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Esses cortes frontais demonstram um astrocitoma no hemisfério cerebral direito, que está grandemente expandido pelo tumor e pelo edema cerebral que ele causa. O tumor tem limites imprecisos e não há cápsula. Seu aspecto não é homogêneo: há áreas esbranquiçadas e homogêneas e áreas mais centrais pardacentas e avermelhadas. Nas primeiras, o tumor é bem diferenciado e, histologicamente, as células lembram os astrócitos que deram origem à neoplasia. As áreas mais escuras são menos diferenciadas, as células são atípicas e o grau de malignidade é mais alto. Aí há necrose e hemorragias, que respondem pela cor avermelhada. Esta área central portanto corresponde a um astrocitoma de alto grau, chamado também de glioblastoma multiforme. Multiforme porque o aspecto, tanto macro- quanto microscópico, é heterogêneo. O tumor varia de grau conforme a área. Pode porém haver astrocitomas de baixo grau em toda sua extensão, assim como glioblastomas 'puros'. |
Outro exemplo de astrocitoma difuso de hemisfério cerebral. O tumor é fronto-parietal E, e infiltra o córtex, chegando à superfície da margem superior da fissura de Sylvius. O centro do tumor parece estar necrótico. A delimitação em relação ao parênquima adjacente é mais nítida que no caso acima. O tumor produz relativamente pouco edema e efeito de massa. |
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Outros exemplos de astrocitomas e glioblastomas de hemisférios cerebrais. Astrocitomas podem iniciar-se como tal e sofrer transformação para glioblastoma ao longo da evolução. Geralmente isto ocorre nas áreas mais centrais e leva anos. Glioblastomas podem derivar de astrocitomas ou originar-se já como glioblastomas. O diagnóstico diferencial é baseado em critérios histológicos (ver página seguinte). |
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Infiltração em glioblastomas. Glioblastomas têm alto poder infiltrativo e podem propagar-se à distância no mesmo hemisfério através de tratos da substância branca. Podem também propagar-se ao outro hemisfério pelo corpo caloso, como demonstrado aqui. A isto se chama 'tumor em asa de borboleta'. Apesar da tendência a infiltrar o tecido nervoso, glioblastomas praticamente nunca dão metástases fora do SNC. |
Hemorragia em glioblastomas. Glioblastomas são os tumores primários do SNC que mais sofrem hemorragias, devido à alta vascularização. Ainda assim, hemorragia é mais comum em metástases que em gliomas. Na foto em cima e à D. notar o infarto calcarino, secundário à compressão da A. cerebral posterior por hernia de uncus (esta não visível neste plano de corte). |
Hérnia de uncus. |
Infarto calcarino |
Hemorragias de Duret. |
Complicações de tumores pelo efeito de massa do próprio tumor e pelo edema cerebral associado. Para detalhes ver página de edema cerebral e hérnias. |
Astrocitomas
do tronco cerebral.
Fig. da E. Astrocitomas do tronco cerebral são mais comuns em crianças e podem apresentar áreas malignas com as características de glioblastomas, como ocorre nos hemisférios cerebrais. Ver caso semelhante em neuroimagem. Fig. da D. Dois cortes de ponte corados para mielina e reproduzidos no mesmo aumento. O de cima é normal. O de baixo apresenta um astrocitoma de baixo grau, mas difusamente infiltrativo, da ponte. À primeira vista, nem se nota o tumor, estando os fascículos mielínicos bem preservados. Há porém grande aumento de volume da ponte (quase o dobro do normal), deformação do IV ventrículo e lingüetas de tecido 'tentando abraçar' a artéria basilar (seta). |
Infiltração de leptomeninges espinais em um caso de astrocitoma cerebral. Não é comum que astrocitomas infiltrem leptomeninges, exceto na sua proximidade imediata. Neste caso, porém, o tumor cresceu formando espessa camada na face dorsal da medula. |
À
E., infiltração de leptomeninges por um astrocitoma de hemisfério
cerebral.
À D., infiltração neoplásica de um espaço de Virchow-Robin nas proximidades de um astrocitoma (o vaso não está visível). Ambos achados, além de demonstrar a capacidade infiltrativa dos astrocitomas, podem ser úteis para o diagnóstico em pequenos fragmentos de biópsia, onde o tumor principal não foi atingido pelo cirurgião. |
Aprenda
mais sobre astrocitomas e glioblastomas em:
Textos de apoio: neoplasias do SNC, gliomas Peças:
Neuroimagem: neoplasias do S.N.C.
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