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CONTRASTE. O tumor aparece como dois focos aparentemente
independentes, sendo o maior envolvendo toda a ponte e o outro situado
atrás, abaixo e lateralmente ao tálamo na região correspondente
à cauda do hipocampo, no hemisfério E, estendendo-se para
o ventrículo lateral (melhor visto na fig. do meio dos cortes coronais
abaixo). O tumor da ponte apresenta área central de
hiposinal (presumivelmente necrótica ou cística), circundada
por halo irregular de captação de contraste (tumor viável
com quebra da barreira hemoencefálica). O tumor hemisférico
tem aspecto predominantemente sólido e hipercaptante, com pequena
área hipocaptante. Notar ainda a hidrocefalia supratentorial,
secundária à compressão do IV ventrículo pelo
tumor.
Tumores
multicêntricos? Como é extremamente
improvável que duas células sofram transformação
neoplásica no mesmo órgão e em curto intervalo de
tempo, admite-se que uma das massas neoplásicas tenha-se originado
da outra através de migração de células ao
longo dos tratos da substância branca. É muito difícil
ou impossível demonstrar este trajeto por métodos de imagem
ou mesmo por exame histológico detalhado do cérebro na autópsia.
A grande lesão pontina (que agora tem as características
de glioblastoma multiforme) pode ter-se originado em um astrocitoma de
baixo grau pré-existente, um tumor relativamente comum em crianças
nesta localização. Nesta região, a origem diretamente
como glioblastomas (ou seja, 'de novo') é muito rara.
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