Melanocitoma de região selar.
Evolução de 6 anos. 
Fem.  39 a. 
Há 7 anos (1997) iniciou quadro de alteração menstrual e galactorréia. 
Em 1999, perda visual em olho D.   Em maio daquele ano, submetida a ressecção subtotal de tumor de região selar, por via transesfenoidal.
Em 2000 foi avaliada pela Endocrinologia e dosada prolactina, que resultou normal.
Em julho de 2004 retorna amaurótica, com quadro de cefaléia e vômitos há 2 dias.
EN: consciente com períodos de confusão, amaurótica.
TC e RM de crânio: grande tumor de região selar com extensão supraselar a ambos hemisférios e à cisterna interpeduncular, com aspecto sugestivo de sangramento intratumoral (hipersinal em T1 sem contraste). 
Em 10/8/2004 - Submetida a craniotomia fronto-parietal bilateral e acesso interhemisférico D. Na cirurgia, o tumor tinha cápsula e trabéculas fibrosas internas. Chamava atenção pela cor negra, parecendo sangue coagulado, e era muito vascularizado.  Lembrava textura de meningioma, exceto pela cor negra. 
Paciente evoluiu desfavoravelmente, tendo sido fechado protocolo de morte encefálica no 4º PO. 

 
EXAMES  EM  RESUMO:
RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 1998
MELHORES  CORTES, SAGITAL E CORONAL. Lesão sólida heterogênea, bem delimitada, ocupando a sela túrcica, com extensão supraselar e ao seio cavernoso D. Apresenta  hipersinal forte e heterogêneo em T1 sem contraste, dificultando avaliação de eventual impregnação. 
T1 T1 COM CONTRASTE

 
RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 2004
MELHORES  CORTES.  Grande aumento de volume da lesão em relação à RM anterior, formando massa lobulada bem delimitada que penetra nos lobos frontais anteriormente aos ventrículos laterais e IIIº ventrículo, mais extensamente à D, causando desvio da linha média.  Uma projeção posterior da massa principal penetra na cisterna interpeduncular. A lesão continua a apresentar intenso hipersinal irregular em T1 sem contraste e hiposinal em T2. (Após o resultado anátomo-patológico de melanocitoma, estas características de sinal foram atribuídas à riqueza em melanina, afastando-se a hipótese inicial de metemoglobina). Há extenso edema peritumoral da substância branca dos hemisférios cerebrais. 
SAGITAL T1 T1 COM CONTRASTE
CORONAL T1 SEM CONTRASTE T2
AXIAL T1 COM CONTRASTE T2
EVOLUÇÃO EM 6 ANOS, T1 SEM e COM* CONTRASTE
1998 2004



 
EXAMES  EM  DETALHE:
TOMOGRAFIA  COMPUTADORIZADA, Maio 1998
Axial, sem contraste
Coronal, sem contraste
Com contraste

 
RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, Abril 1998
CORTES  AXIAIS,  T2
CORTES  CORONAIS, T1 SEM CONTRASTE
CORTES  SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE

 
TOMOGRAFIA  COMPUTADORIZADA, Agosto 2004
Axial, sem contraste

 
RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, Agosto 2004
CORTES  AXIAIS, T1 COM CONTRASTE
T2
CORTES  CORONAIS, T1 COM CONTRASTE
T2
CORTES  SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE
T1 COM CONTRASTE

 
Para mais imagens deste caso:  Macro, HE, colorações especiais Imunohistoquímica, microscopia eletrônica
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