Cavernoma de bulbo 

 
Imagens escaneadas das lâminas. As áreas com maior representação do cavernoma estão na parte superior e à D nas imagens. São melhor vistas no Weigert-van Gieson em vermelho, correspondendo à maior quantidade de colágeno entre os vasos da malformação. 
O cavernoma é formado por grande número de pequenos vasos tortuosos, de paredes finas ou espessas e variados calibres, com traves de tecido nervoso gliótico entre eles. Em alguns vasos há fibrose e hialinização da parede. Os vasos sofreram colapso após a retirada; in situ seriam cheios de sangue e com diâmetro maior. 
A estrutura da maioria dos vasos lembra veias de paredes muito delgadas, constituídas basicamente por uma camada de células endoteliais apoiadas sobre tecido conjuntivo fibroso. Não se observam artérias nutridoras. 
Gliose e fibras de Rosenthal. Os freqüentes pequenos sangramentos dos vasos finos e dilatados induzem gliose no tecido nervoso limítrofe, que pode se acompanhar de fibras de Rosenthal, lembrando o aspecto de um astrocitoma pilocítico. Para um caso de cavernoma de vias ópticas com abundantes fibras de Rosenthal, clique.
Hemossiderina. Macrófagos com hemossiderina são encontrados no tecido nervoso gliótico próximo ao cavernoma, principalmente em localização perivascular. 
WvG. A técnica de Weigert-van Gieson cora colágeno em vermelho, destacando as paredes vasculares espessadas e hialinizadas. Demonstra também a ausência de elástico, que seria encontrado se os vasos tivessem estrutura de artérias. 

 
IMUNOHISTOQUÍMICA
GFAP. Mostra tecido nervoso gliótico entre os vasos anômalos. 
NF. Mostra axônios transitando entre os vasos da malformação, apesar da intensa gliose vista com GFAP. 
CD34. Positivo em células endoteliais. Mostra o revestimento endotelial dos vasos anômalos, apoiado sobre colágeno. Em alguns vasos a parede é extremamente delgada, propiciando os freqüentes sangramentos. 

 
Para exames de imagem deste caso, clique  »
Este assunto na graduação Características de imagem dos cavernomas
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