Astrocitoma anaplásico de ponte. Gliomatose cerebral
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Fem.  53 a.  Há 20 anos episódios de parestesias no dimídio E cada 4 ou 5 dias. Há 8 meses iniciou quadro progressivo de diplopia, tetraparesia pior à E, disfonia e disfagia. Atualmente dificuldade para ingerir inclusive água. Líquor com IgG e glicose normais. Pulsoterapia de corticosteróides sem resposta. 
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA 
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CORTES  AXIAIS, T2.   Aumento de volume e áreas irregulares de hipersinal na ponte e no bulbo, com leve assimetria do IVº ventrículo.  A lesão continua-se através do pedúnculo cerebelar médio ao hemisfério cerebelar E, onde aparece como hipersinal no centro branco medular. No hemisfério cerebral D, hipersinal de limites mal definidos no centro semioval, avançando à região subcortical frontal e ao corpo caloso. 
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CORTES  AXIAIS, FOSSA POSTERIOR.  As lesões aparecem como áreas de hiposinal em T1 sem contraste na ponte e no bulbo, e hipersinal em FLAIR, o que indica maior grau de hidratação. Com contraste, focos de impregnação na ponte, indicando perda da barreira hemoencefálica.  A lesão no centro branco medular do hemisfério cerebelar E (hiposinal em T1 e hipersinal em FLAIR) não se impregna.
T1 T1 COM CONTRASTE FLAIR
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CORTES  AXIAIS, HEMISFÉRIOS  CEREBRAIS. A área de hipersinal na substância branca frontal D observada no FLAIR é de difícil visualização em T1 e não se impregna. 
T1 T1 COM CONTRASTE FLAIR
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CORTES CORONAIS, FLAIR. Mostram aumento de volume e hipersinal da ponte, e lesão difusa caracterizada por hipersinal na substância branca do hemisfério cerebral D, atingindo a medular dos giros, com extensão ao corpo caloso, e outra lesão no centro branco medular do hemisfério cerebelar do lado oposto. 
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CORTES  SAGITAIS, T2. A lesão do hemisfério cerebral D chega à medular dos giros, dando hipersinal em relação ao córtex cerebral. Nos cortes paramedianos e mediano observa-se região mal delimitada de hipersinal no corpo caloso, sugerindo extensão a esta comissura. 
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CORTES  SAGITAIS, DETALHES DA LESÃO NO TRONCO CEREBRAL, mostrando o hiposinal em T1 e hipersinal em T2 (caráter hidratado) e impregnação focal por contraste. 
T1 T1 COM CONTRASTE T2
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Biópsia  estereotáxica.  As principais possibilidades etiológicas levantadas foram doença desmielinizante, vasculite e neoplasia. Decidiu-se pela realização de uma biópsia estereotáxica da área com hipersinal em T2 na substância branca do hemisfério cerebral D. O resultado deste exame, que definiu o diagnóstico de gliomatose cerebral,  está na página de histopatologia.  O local da biópsia está demonstrado na tomografia computadorizada abaixo. 
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TC sem contraste
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Conclusão. Como o resultado da biópsia estereotáxica revelou infiltração neoplásica, as lesões foram interpretadas como astrocitoma da ponte (demonstrado por aumento de volume e hipersinal no TR longo) com transformação anaplásica (impregnação por contraste), compatível com astrocitoma difuso grau III (anaplásico) ou grau IV (glioblastoma multiforme) segundo a classificação da OMS.  O tumor infiltra o tecido nervoso ao longo de tratos, estendendo-se ao hemisfério cerebral D e ao hemisfério cerebelar E.  É difícil estabelecer nos estudos de imagem continuidade entre o tumor que se supõe primário (na ponte) e a lesão na substância branca do centro semioval. Deve-se lembrar que células neoplásicas gliais podem infiltrar sutilmente entre axônios e seu trajeto pode não ser identificável por métodos imagenológicos - e nem pela observação macroscópica (mesmo microscópica) do cérebro fixado. 

Para caso de astrocitoma difuso infiltrando o hemisfério D da amígdala ao tálamo, clique

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Para histologia  e  imunohistoquímica deste caso, clique »
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Textos sobre gliomatose
cerebral (1) (2)
Características de imagem 
dos astrocitomas difusos
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