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4. Microscopia eletrônica. |
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Microscopia eletrônica. Permitiu estudar em maior detalhe as características gerais das células neoplásicas e feições particulares, como microvilos, cílios, junções intercelulares, e as rosetas de centro hialino. Foi através do estudo ultraestrutural de um outro caso, este de um PNET supratentorial, que surgiu a idéia de que as regiões centrais destas rosetas peculiares seriam constituídas por fibras elásticas, o que foi depois confirmado por colorações especiais (Verhoeff e Weigert-van Gieson). Os preparados originais de ME foram reexaminados, e as novas imagens estão apresentadas na página seguinte. Para outros ependimomas já estudados com ME, clique (1) (2). |
Aspecto geral. As células deste ependimoma apresentavam características notavelmente epiteliais, como citoplasma abundante de limites nítidos e forma aproximadamente poligonal. Os núcleos eram regulares, com cromatina bem distribuída, formando grumos esparsos, mais condensada sob a carioteca. O citoplasma e seus prolongamentos era rico em filamentos intermediários (presumivelmente GFAP, VIM e queratinas, como demonstrado em IH). |
Aspecto epitelial das células. Chamava a atenção o caráter bem delimitado, poligonal de grande parte das células neoplásicas, à maneira de epitélio, imitando células ependimárias normais. Também observavam-se prolongamentos celulares cortados em vários planos. Tanto o citoplasma dos corpos celulares como dos prolongamentos era rico em filamentos intermediários (componentes do citoesqueleto). As células eram intimamente justapostas, praticamente sem espaços ou matriz extracelular. |
Cílios, corpos basais. Ocasionalmente foram observados cílios projetando para espaços extracelulares, e constituindo, portanto, pequenas rosetas ependimárias. Em imunohistoquímica, estas são geralmente positivas para EMA. Os cílios originam-se em corpos basais, estruturas análogas aos centríolos que organizam o fuso mitótico. Para mais sobre estas estruturas em outro caso, clique. |
Filamentos intermediários, microvilos. Notar a grande quantidade de filamentos intermediários no citoplasma, orientados em feixes multidirecionados. Os microvilos enovelados e contidos em pequenas cavidades intracitoplasmáticas são próprios de ependimomas. Correspondem a pontos de material EMA positivo. Para exemplos em outro caso, clique. |
Junções intercelulares do tipo adherens. Apareciam como segmentos eletrodensos em membranas plasmáticas de células vizinhas. Estas junções baseiam em proteínas de adesão da classe das caderinas. Para junções intercelulares em outro caso, e breve texto sobre o assunto, clique. |
Poros da membrana nuclear. Este núcleo cortado fortuitamente num plano tangencial permitiu o exame dos complexos poros da membrana nuclear. |
Depósitos de fibras elásticas (= rosetas de centro hialino). Em muitos campos foi possível evidenciar grumos de material eletrodenso de localização intersticial, entre prolongamentos das células neoplásicas. Correspondem às rosetas de centro hialino, já demonstradas em HE, colorações especiais (especialmente com Verhoeff e Weigert-van Gieson) e imunohistoquímica. Para resumo dos achados com microscopia óptica, clique. Para ultraestrutura destas rosetas e das fibras elásticas que as constituem, ver também página seguinte. |
Material intersticial tem características de fibras elásticas. Em maior aumento, o material eletrodenso intersticial apresenta dois componentes: um mais homogêneo, outro mais granuloso. O mais homogêneo corresponde à proteína elastina, e o mais granuloso ou fibrilar, dependendo do plano de corte, corresponde às microfibrilas associadas à elastina, e que são formadas pela glicoproteína fibrilina. Estas encontram-se mescladas ou embutidas no material mais homogêneo, notando-se alternância entre os dois aspectos. Em vários pontos, era possível distinguir as membranas plasmáticas das células neoplásicas margeando o depósito extracelular, por vezes com espessamento da membrana a este nível. Para breve texto sobre fibras elásticas, clique. |
Interface entre a célula ependimária e o depósito extracelular era nítido, caracterizado por um espessamento da membrana plasmática, que estava aposta a uma camada contínua de material do tipo membrana basal. O aspecto sugere que a célula ependimária secretou e depositou a proteína no interstício. Relações semelhantes são encontradas no ependimoma mixopapilar, onde tanto os vasos como as células tumorais produzem membrana basal. Para mais fotos sobre a interface entre células tumorais e fibras elásticas, ver página seguinte. |
Obs.
página revisada em abril de 2011. Ler comentário.
Caso do Hospital Centro Médico de Campinas, gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima e Paulo Roland Kaleff. |
Para mais imagens deste caso: | ||||
RM | HE | colorações especiais | IH | ME (rosetas) |
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