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Masc. 20 a. Clique para radiografia simples e tomografia computadorizada de crânio. |
Destaques da microscopia. | ||
HE. Margem óssea do cisto ósseo aneurismático, lâmina escaneada | Tecido fibroso jovem com septos vascularizados | Neoformação óssea na margem da lesão |
Rimas de osteoblastos | Osteoclastos | Neoformação óssea subperiostal |
Parte membranosa do centro do cisto ósseo aneurismático, lâmina escaneada | Tecido fibroso jovem. | Lamela de osso neoformado |
Rimas de osteoblastos | Osteoclastos | Hemossiderófagos |
Lâminas
escaneadas, margem óssea.
Dos seis blocos examinados, este era o mais representativo da margem da lesão na calota óssea, afetando as tábuas externa, interna e a díploe. Lâminas da parte membranosa no centro da lesão, onde todo o osso foi reabsorvido, estão mais abaixo. |
Margem
óssea do cisto ósseo aneurismático.
A margem óssea mostra cavidade revestida por tecido conjuntivo celular, do qual projetam-se septos em direção ao interior. Esta imagem foi feita em scanner. Abaixo, microfotografias de baixo aumento. |
Na margem da lesão, o osso compacto das tábuas afila-se até desaparecer. Internamente, observa-se o tecido do cisto ósseo aneurismático propriamente dito, constituído por fibroblastos jovens, células inflamatórias crônicas e capilares neoformados. Este tecido se lança em septos que delimitam lagos de sangue, próprios do cisto ósseo aneurismático. Na cirurgia, o sangue escoou-se e não é visível aqui. Detalhes do tecido fibroso jovem mais adiante. Na interface entre tecido e o osso remanescente há intensa deposição de trabéculas ósseas neoformadas, com rimas de osteoblastos. Trabéculas neoformadas são também vistas na superfície externa do osso (subperiostais), tanto do lado da tábua interna quanto da externa (é difícil decidir entre elas). |
Septos
do tecido fibroso jovem
do cisto ósseo aneurismático fazem proeminência para a luz do cisto, e podem ter aspecto hemorrágico, devido ao alto grau de vascularização. |
Exuberante
neoformação óssea
é observada no tecido ósseo nas margens da lesão. Esta é caracterizada por trabéculas ósseas neoformadas, delgadas, com células novas embutidas na matriz e extensa rima de osteoblastos ao longo de toda a superfície das novas trabéculas. |
Rimas de osteoblastos. Os osteoblastos são fibroblastos modificados, responsáveis pela síntese das proteínas da matriz óssea, adequadas à mineralização. São células com feições morfológicas indicativas de ativa síntese proteica, como núcleo volumoso com cromatina frouxa, nucléolo proeminente e citoplasma fortemente basófilo devido à riqueza em ribossomos. À medida que sintetizam a matriz, vão sendo incorporados em pequenas cavidades na mesma, passando a chamar-se osteócitos. | |
Osteoclastos. Ao lado da síntese de matriz nova pelos osteoblastos, observa-se ação de osteoclastos, que reabsorvem a matriz, criando indentações na superfície da mesma. Os osteoclastos são células multinucleadas de linhagem macrofágica. | |
Neoformação
óssea subperiostal
é vista nas duas faces da calota nas proximidades do cisto ósseo aneurismático. As feições são semelhantes às comentadas para a parte interna da lesão, acima. |
As trabéculas neoformadas são irregulares, mais celulares que o osso compacto original, e a matriz óssea é desorganizada, constituindo um exemplo de 'osso trançado' ou 'woven bone'. O colágeno da matriz é depositado em várias direções pelos osteoblastos da superfície, que vão ficando embutidos na própria matriz secretada por eles. Desta fase em diante, são chamados osteócitos. Este tipo de reação é inespecífico, sendo observado em vários tipos de lesão com remodelação óssea, inclusive consolidação de fraturas. |
Tecido fibroso jovem, próprio do cisto ósseo aneurismático, é visto nas lacunas entre as trabéculas ósseas da díploe nas áreas adjacentes à lesão. O tecido é constituído por células conjuntivas alongadas, de limites imprecisos, dispostas em feixes, com celularidade variada. Este tecido é mais exuberante na parte membranosa do cisto, onde o osso foi totalmente substituído. |
Lâminas
escaneadas, porção central (membranosa).
Estes fragmentos provêm das paredes superficial e profunda do cisto, onde o osso original não existe mais. |
Margem da lesão. Nesta foto panorâmica, a luz do cisto está na parte superior, e é delimitada pelo tecido fibroso jovem próprio do cisto ósseo aneurismático. Segue-se uma fina trabécula de osso neoformado que acompanha a luz do cisto e, inferiormente (externamente) a esta, tecido fibroso denso pré-existente, dos tecidos vizinhos. O osso nesta topografia é metaplásico (formado por fibroblastos que se modificaram em osteoblastos) e tem analogia com a ossificação membranosa normal do crânio. Para mais detalhes desta, clique (1) (2). |
Tecido fibroso jovem. É análogo a um tecido de granulação ricamente vascularizado com capilares finos, constituído por fibroblastos, células inflamatórias crônicas e células gigantes do tipo osteoclasto. O tecido lança trabéculas para a luz do cisto, que, na lesão intacta, delimitam lagos sanguíneos. O alto grau de vascularização leva a sangramentos freqüentes, perpetuando a lesão. |
Trabécula óssea neoformada. Na periferia da lesão há comumente neoformação de trabéculas ósseas delgadas, com as características já comentadas acima, incluindo rima de osteoblastos. |
Osteoclastos. Células gigantes tipo osteoclasto são freqüentes na margem da trabécula. | |
Hemossiderófagos. Macrófagos com grânulos de hemossiderina fagocitada são também comuns, já que a lesão é ricamente vascularizada e altamente hemorrágica. | |
Agradecimentos. Caso referido em consulta e gentilmente contribuído pelos Drs. Mateus Dal Fabbro e Gleidson Campos Rodrigues, Mogi Guaçu, SP. Material histológico cedido pelo Laboratório de Patologia de Mogi Guaçu, por atenção dos Drs. Fernando Tito Mota e Marcelo Vilas Boas Mota. |
Para RX e TC deste paciente, clique » |
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