Neupatimagem-UNICAMP

Metástase cerebral de carcinoma neuroendócrino

Masc. 59 a. Desde maio de 2009 (3 meses antes do atendimento inicial), motricidade diminuída no membro inferior direito, episódios convulsivos e perda da continência de esfíncteres. Começou arrastando o pé D, com piora progredindo para a musculatura proximal. Convulsões - 5 a 6 episódios, afetando os membros (sem outros detalhes), com reviramento dos olhos, e ficava descorado. Houve ocasiões em que urinou na roupa. Antecedentes: etilismo (2-3 doses de pinga por dia durante 30 anos); tabagismo (30 cigarros por dia durante 30 anos, parou há 10 anos); laringectomia e remoção do osso hióide por tumor de laringe em outro serviço, há 10 anos, diagnóstico anátomo-patológico ignorado.

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Massa tumoral centrada na face medial do hemisfério cerebral E, entre os lobos frontal e parietal, lobulada, de limites precisos, aparentemente situada no interior do parênquima cerebral (intraaxial). Em alguns cortes em T2 há uma fina orla brilhante peritumoral, que poderia corresponder a líquor (nestes pontos, sugerindo localização extraaxial). A lesão deprime inferiormente o corpo caloso e deforma os ventrículos laterais, sem causar hidrocefalia. Acompanha-se de intenso edema da substância branca do hemisfério cerebral E. O tumor é isointenso ao córtex cerebral em T1 e T2. Com contraste, impregna-se fortemente, notando-se áreas císticas que não captam, e que podem corresponder a necrose ou coleções líquidas ricas em macromoléculas (são altamente hidratadas, dando forte sinal em T2, mas não têm sinal suprimido em FLAIR, como seria esperado se o conteúdo fosse semelhante ao líquor).