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2. Colorações especiais |
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Masc. 48 a. Clique para ressonância magnética, destaques da microscopia em HE. Nesta página, colorações especiais: tricrômico de Masson, Verhoeff e Weigert - van Gieson. |
Tricrômico
de Masson.
Como cora colágeno em azul, e a fibrina em vermelho vivo, ajuda a estudar os vasos e meninges, facilitando a diferenciação com o tecido nervoso. Ao lado e abaixo, lâminas escaneadas. |
Lesões
vasculares agudas.
As principais lesões em vasos são encontradas na leptomeninge. Lesões na fase aguda são caracterizadas por necrose fibrinóide, que se cora em vermelho cereja pelo Masson. Para mais sobre estas lesões, vistas também em HE, clique. |
Lesões
vasculares crônicas (com fibrose).
Há alterações dos vasos em diferentes fases. Além das lesões agudas com necrose fibrinóide (acima), há outras com espessamento da íntima, que se cora em azul no Masson, indicando formação de colágeno, ou seja, fibrose. Como a fibrose é uma reação cicatricial que leva tempo (semanas) para acontecer, demonstra a cronicidade das lesões, o que está em concordância com a história clínica. |
Trombose. Vários destes pequenos vasos patológicos da leptomeninge apresentam também obstrução da luz por trombos. As graves lesões vasculares, com redução significativa da luz, mais a trombose, respondem pela necrose cortical, melhor demonstrada em HE. | |
Endarterite
produtiva.
O espessamento da íntima por proliferação de fibroblastos é também chamado de endarterite produtiva (pois houve 'produção' local de células). É o que observa nesta pequena artéria da superficie cerebral. A reação proliferativa na íntima é secundária a algum tipo de lesão na camada média. Há forte redução da luz, que pode correlacionar-se com as constrições segmentares do fluxo sanguíneo vistas na superfície cerebral durante o ato cirúrgico. Para mesmo vaso em HE, Verhoeff e WvG, clique. |
Formação
de nova camada média.
No centro da artéria, em volta da luz muito reduzida, observa-se diferenciação de novas células musculares lisas, que se destacam no Masson pela cor vermelha (seta). Isto ilustra o caráter altamente plástico e versátil destas células conjuntivas. |
Córtex
cerebral necrótico. Espessamento fibroso de capilares.
Como já notado em HE, o córtex cerebral em praticamente toda a amostra apresentava necrose isquêmica secundária às lesões vasculares. É digno de nota que os capilares nestas regiões apresentam-se espessados por colágeno, um fenômeno especialmente nítido no Masson, por destacar o colágeno em azul. Para mesmo aspecto em HE, clique. |
Gliose. Como já comentado em HE, se houve preservação dos astrócitos nas áreas lesadas, estes mostram citoplasma volumoso e núcleo excêntrico. São formas hipertróficas reacionais chamadas astrócitos gemistocíticos. Alguns mantêm contato com vasos através de seus prolongamentos (antigamente chamados de 'pés sugadores'). | |
Verhoeff.
Esta técnica cora fibras elásticas em negro, destacando-as fortemente dos outros elementos da artéria. Mostra com clareza a membrana elástica interna, que delimita a camada média da íntima. É conjugada com um corante vermelho para colágeno. Para o procedimento técnico da coloração de Verhoeff, clique. Ao lado, aspecto de uma pequena artéria da meninge com endaterite produtiva, também estudada em HE, tricrômico de Masson e Weigert - Van Gieson (abaixo). |
Endarterite
produtiva.
Nota-se forte espessamento da íntima com redução da luz. A elástica interna aparece como a camada em negro, sinuosa, entre a média e a íntima. Há reduplicações da elástica interna na íntima espessada. Notar ausência de membrana elástica externa (feição normal em todas as artérias intracranianas). |
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Feições normais das artérias cerebrais. As artérias cerebrais diferem das outras por apresentar somente membrana elástica interna (são desprovidas de membrana elástica externa) e camada média mais delgada. P. ex., a artéria basilar tem metade da espessura da artéria radial, de calibre semelhante. Como os vasos cerebrais se localizam no espaço subaracnóideo, o impacto da pressão arterial é parcialmente compensado pelo efeito hidráulico do líquor que os circunda. Para mais sobre vasos cerebrais normais, clique. |
Outros
vasos.
Abaixo, mais exemplos de vasos meningeos na coloração de Verhoeff. |
Weigert
- van Gieson.
Esta coloração para elástico e colágeno dá resultados análogos aos do Verhoeff acima. Como geralmente uma funciona melhor que a outra, ambas devem ser tentadas. O elástico se cora em roxo forte, quase negro; o colágeno em vermelho-lilás, e todos os outros tecidos em amarelo (pelo ácido pícrico). Para técnica do Weigert - van Gieson, clique. Ao lado, uma pequena artéria da meninge com endarterite produtiva, já apresentada com HE, tricrômico de Masson e Verhoeff. |
Caso do Hospital Santa Casa de Limeira, gentilmente contribuído pelos Drs Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes, Limeira, SP. |
Preparados nesta página pelo técnico de colorações especiais do Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Sr. Sérgio Roberto Cardoso. A ele, nossos sinceros agradecimentos. |
Para mais imagens deste caso e texto : angiites primárias do SNC | RM | Macro, HE |
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