Neupatimagem-UNICAMP

Schwannoma de cauda eqüina
com padrões Antoni A e B. 2. IH

S-100. Áreas Antoni A. Proteína S-100, um antígeno presente em tecidos originados na crista neural (células de Schwann e melanócitos), é fortemente positiva neste schwannoma, tanto em áreas Antoni A como B. A marcação é citoplasmática e freqüentemente também nuclear.

Áreas Antoni A. Em aumentos mais fortes, fica claro que parte dos núcleos se marca, e parte são negativos, tomando o azul da hematoxilina, corante de fundo.

S-100. Áreas Antoni B. Vale o que já foi notado com tecido Antoni A: positividade citoplasmática forte e universal, positividade nuclear variável.

Ki-67. Notável no presente caso foi a inesperada proporção de núcleos positivos para o marcador de proliferação celular Ki-67 (MIB-1). Em schwannomas a positividade costuma ser < 1%. Aqui superava este valor em muito, chegando a até cerca de 10% em campos selecionados. Além disso, foram notadas mitoses, o que é raríssimo em schwannomas de raízes. Estas observações, aliadas ao encontro de três tumores simultâneos, levantou a hipótese de que o paciente fosse portador de quadro genético favorecendo proliferação de células de Schwann. Contudo, não há evidência até o momento de estigmas de NF1, nem NF2.

Ki-67. Mitoses. Mitoses são excepcionais em schwannomas, assim o encontro de várias no espécime causou preocupação. Em HE não havíamos detectado nenhuma. Isto mostra a importância do Ki-67. O encontro de mitoses com este marcador é facilitado porque o citoplasma também se marca, ajudando a chamar a atenção para a divisão celular. Este fenômeno já observamos em vários outros tipos de tumor. Levantamos a hipótese de que, ao dissolver-se a membrana nuclear no ínício da prófase, a proteína, inicialmente restrita ao núcleo, espalha-se pelo citoplasma.

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Caso do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Centro Médico de Campinas, gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes. Campinas, SP.