|
em plexo sacral e nervo ciático. 3. Imunohistoquímica |
|
Fem. 38 a. Clique para história clínica, RM, macroscopia, destaques da microscopia, HE, tricrômico de Masson, imunohistoquímica, microscopia eletrônica. |
Destaques da imunohistoquímica. | ||
CD99. Positivo em padrão membrana e no citoplasma nas células neoplásicas viáveis - negativo nas células 'amassadas' | SNF. Positividade citoplasmática nas células neoplásicas viáveis - negativo nas células 'amassadas' : diferenciação neuroblástica. | CD56. Positivo em padrão membrana |
VIM. Positividade citoplasmática focal. | VIM. Positividade em células conjuntivas: fibroblastos, adipócitos, macrófagos | AE1AE3. Positividade citoplasmática nas células neoplásicas |
S-100. Positividade em adipócitos infiltrados, negativo no tumor | CD20. Positivo em linfócitos B intravasculares, negativo no tumor | CD3. Positivo em linfócitos T esparsos, negativo no tumor |
CD34. Positivo em vasos, negativo no tumor. Abundante rede capilar | Ki-67. Positividade em cerca de 50% dos núcleos das células neoplásicas. | p53. Positividade em cerca de 20% dos núcleos das células neoplásicas. |
Destaques da HE, Masson e da microscopia eletrônica. | ||
CD99.
Esta glicoproteína de membrana [para textos clique (1) (2)] é expressada em grande parte dos sarcomas de Ewing e dos tumores neuroectodérmicos primitivos periféricos (pPNETs). Aqui foi positiva em padrão membrana e no citoplasma nas células neoplásicas redondas. Curiosamente, foi negativo nas células de aspecto mais comprimido ou 'amassado'. É também ausente nas áreas de reação desmoplásica (tecido fibroso neoformado associado ao tumor). |
CD99. Positividade nas células 'redondas' do pPNET. Nas áreas tumorais onde as células são mais volumosas, com núcleos grandes e redondos, a positividade para CD99 cria um padrão em colméia de abelhas. Em áreas de células comprimidas ou 'amassadas' (interpretadas como em sofrimento por anóxia) não há marcação. Células redondas isoladas em meio às 'amassadas' são positivas. | |
CD99.
Células negativas.
Havia nítido contraste entre células redondas grandes, de aspecto viável, CD99 positivas, e as células de aspecto amarfanhado, como que comprimidas ou desidratadas. Estas, havíamos inicialmente interpretado como artefato de compressão. Contudo, isto parece improvável, pois uma alteração de origem mecânica não deveria levar ao desaparecimento súbito do antígeno CD99. Observações semelhantes foram obtidas com vimentina, CD56 e SNF. Interpretações alternativas seriam que as células estariam entrando em necrose ou apoptose, desencadeada por anóxia ou isquemia. |
CD99
em áreas necróticas.
Em focos de necrose, havia perda da marcação por CD99. |
CD99. Áreas desmoplásicas. Nas áreas de tecido fibroso neoformado, que formavam ilhotas dentro do tumor, os fibroblastos eram negativos para CD99. | |
SNF.
Observou-se
marcação das células neoplásicas para sinaptofisina
em grandes áreas (padrão difuso) Havia também positividade
em células isoladas. Como já observado com CD99, as células
comprimidas ou hipercromáticas não se marcavam.
|
|
Espectro entre sarcoma de Ewing e tumores neuroectodérmicos primitivos periféricos. A positividade para SNF, um marcador neuronal, coloca o presente exemplo no lado pPNET do espectro bipolar destes tumores altamente primitivos e agressivos. Na ausência de qualquer evidência de diferenciação neural, considera-se o tumor um sarcoma de Ewing. Para textos sobre o assunto, clique (1) (2). |
SNF. Positividade citoplasmática em células isoladas. | |
CD56.
CD56 é uma proteína de adesão de membrana, expressada em células de linhagem neural (para breve texto, clique). Aqui, é positiva em extensas áreas do tumor, reforçando os achados acima com SNF, que indicam diferenciação neural das células neoplásicas e, portanto, o diagnóstico de tumor neuroectodérmico primitivo ou pPNET. Outra vez, as células condensadas ou hipercromáticas não se marcam. |
VIM.
Este filamento intermediário do citoesqueleto, de distribuição ubiquitária (para breves textos (1) (2), clique), foi positivo no citoplasma das células neoplásicas maiores ou 'redondas'. Foi negativo nas células mais condensadas ou 'amassadas'. Marcou ainda, como esperado, vasos, fibroblastos e macrófagos. Como vimentina tem distribuição muito ampla entre as várias linhagens celulares, não ajuda a identificar uma célula de origem para este tumor (aliás, desconhecida). |
VIM. A negatividade nas células neoplásicas mais condensadas, hipercromáticas ou 'amassadas' está em concordância com a ausência de expressão de outros antígenos nas mesmas células, como CD99, CD56 e SNF, demonstrada acima. Poderia indicar que estas células estão sofrendo um processo vital que terminará na morte celular (necrose ou apoptose). | |
VIM. Fibroblastos, adipócitos. | |
VIM. Macrófagos. Vimentina é positiva no citoplasma de células hematológicas em geral. Aqui destaca macrófagos no tumor, notados pelo citoplasma amplo e finamente vacuolado. Estas células passariam facilmente despercebidas nas colorações habituais. Provavelmente fagocitam restos de células tumorais necróticas ou apoptóticas. | |
AE1AE3. Este é uma mistura de anticorpos contra citoqueratinas de alto e baixo peso molecular (para breve texto, clique). É curioso que células tão indiferenciadas expressem queratinas, mas o achado é conhecido na literatura. É sabido que cerca de 10% dos PNETs periféricos expressam queratina. A expressão não é tão extensa como nos carcinomas neuroendócrinos, em que a grande maioria das células se cora. Aqui, foi positiva em muitas áreas, mas negativa nas células hipercondensadas (provavelmente necróticas). | |
S-100. Proteína S-100, expressada em células originadas na crista neural (para breve texto, clique) foi totalmente negativa nas células neoplásicas deste pPNET. Foi positiva em adipócitos dos tecidos infiltrados pelo tumor. | |
CD20. Para afastar a possibilidade de um tumor hematológico, foram realizadas reações para linfócitos B (CD20) e T(CD3, abaixo). Ambas resultaram negativas, com controles internos positivos em células presentes fortuitamente no tecido ou em vasos. | |
CD3. Alguns linfócitos T esparsos ou em pequenos grupos foram encontrados, servindo de controle interno positivo. O tecido neoplásico era totalmente negativo. | |
CD34.
Este marcador da face luminal das células endoteliais dá idéia da alta vascularização do tumor, constituída por abundantes capilares pequenos e de luz tortuosa. As células neoplásicas são negativas. |
Ki-67.
O índice de positividade para este marcador da proliferação celular superava os 50% em algumas áreas, em consonância com o rápido crescimento e alta agressividade do tumor. |
p53.
Havia marcação da ordem de 20% dos núcleos, sugerindo participação de mutações do gene p53 na gênese / progressão do tumor. |
Agradecimentos. Preparações de imunohistoquímica pela técnica Thainá Milena Stela de Oliveira. Departamento de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP, Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso: | ||||
RM | Macro, HE | Masson | IH | ME |
|
|
|
|
|
|
|
Neuropatologia
- Graduação |
Neuropatologia -
Estudos de casos |
Neuroimagem
- Graduação |
Neuroimagem -
Estudos de Casos |
Roteiro
de aulas |
Textos
de apoio |
Correlação
Neuropatologia - Neuroimagem |
Índice alfabético - Neuro | Adições recentes | Banco de imagens - Neuro | Textos ilustrados | Neuromuscular | Patologia - outros aparelhos | Pages in English |
|
|
|