Neupatimagem-UNICAMP

Tumor neuroectodérmico primitivo de lobo temporal.
2. Córtex cerebral infiltrado. HE, IH

Masc. 5 a 3 m. Clique para exames de imagem, tumor - macro, HE, IH. Córtex infiltrado. HE, IH.

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Destaques da microscopia do córtex infiltrado.

HE. Fragmento de córtex cerebral com aumento de celularidade e núcleos atípicos	Núcleos hipercromáticos e pleomórficos dispersos no neurópilo	Núcleos de células neoplásicas em torno de neurônios (satelitose)


Células neoplásicas em torno de vasos. Mitose	GFAP. Positivo em astrócitos corticais pré-existentes, negativo no tumor. Acúmulos perivasculares de células tumorais	NF. Positivo em neurônios, negativo em células neoplásicas


p53. Melhor marcador para células neoplásicas no presente caso. Núcleos atípicos esparsos pelo neurópilo	Satelitose perineuronal	Satelitose perivascular


Tumor. Destaques da microscopia.

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Córtex cerebral infiltrado. HE. Embora em outras áreas o limite entre tumor e tecido nervoso seja nítido, este fragmento de córtex cerebral documenta a capacidade invasiva das células tumorais. O quadro observado lembra a infiltração dos gliomas malignos, em que as células permeiam o neurópilo difundindo-se sutilmente, freqüentemente parando em interfaces naturais, como em torno de neurônios e de vasos, formando as chamadas estruturas secundárias de Scherer. Em aumento fraco, o córtex infiltrado demonstra apenas certo aumento de celularidade, mas alguns núcleos volumosos e discarióticos são identificáveis.

Células neoplásicas isoladas no neurópilo. Destacam-se por seus núcleos aberrantes, hipercromáticos e pleomórficos. O citoplasma é escasso e não se distingue do neurópilo em volta. Documentam a capacidade de migração sutil e sem restrições dos elementos tumorais em meio ao tecido nervoso. Neste aspecto as células deste PNET se comportam como células gliomatosas (semelhantes às dos gliomas malignos como o glioblastoma multiforme).

Células neoplásicas em torno de neurônios. Estas células foram capturadas na interface entre neurônios e neurópilo e destacam-se pelas feições nucleares atípicas. O fenômeno é o mesmo observado nos gliomas malignos infiltrativos e conhecido como satelitose.

Células neoplásicas em torno de vasos. Chamam a atenção pelo hipercromatismo e polimorfismo dos núcleos. O citoplasma não é observado em HE (confunde-se com o neurópilo em torno). Observou-se uma mitose e uma apoptose, ambas no mesmo vaso.

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GFAP. Córtex infiltrado. O GFAP no córtex infiltrado mostra astrócitos hipertróficos reacionais à infiltração neoplásica e ao edema secundário à compressão pelo tumor. As células neoplásicas são totalmente negativas e notadas apenas pelos seus núcleos volumosos e hipercromáticos, algumas em relação com neurônios e/ou com vasos. Há raras células neoplásicas em apoptose, distinguíveis pelos núcleos condensados e picnóticos.

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NF. Córtex infiltrado. Proteína de neurofilamento (um filamento intermediário próprio de neurônios e seus prolongamentos) marca principalmente axônios e os corpos celulares de alguns neurônios. As células neoplásicas destacam-se em negativo, ou dispersas no neurópilo ou acumuladas nos espaços perivasculares de Virchow-Robin, formando manguitos.

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p53. Células neoplásicas isoladas no neurópilo. A proteína p53, que era positiva para quase a totalidade dos núcleos no tumor, foi útil para identificar células tumorais no córtex cerebral infiltrado. Foram encontrados núcleos marcados nas três posições já comentadas em HE, ou seja, no neurópilo, em torno de neurônios e de vasos. Exemplos abaixo.

Células neoplásicas em torno de neurônios.

Células neoplásicas em torno de vasos.

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Agradecimentos. Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP. Preparações histopatológicas e imunohistoquímicas pelos membros do Laboratório de Patologia - Aparecido Paulo de Moraes, Irineu Mantovanelli Neto e Adriana Worschech.

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