Papiloma  de  plexo  coróide  do ventrículo  lateral. 
1. Macro, HE, colorações especiais
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Masc. 6 meses.  Clique para tomografia computadorizada e imunohistoquímica
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Destaques
Espécime macro.  Massa bem delimitada, macia, superfície lobulada, pardacenta Sob lupa. Aspecto viloso em couve flor na superfície externa (foto) e na de corte  HE.  Vilosidades de epitélio semelhante ao do plexo coróide revestindo finos capilares 
Áreas necróticas e hemorrágicas atribuíveis à compressão vascular pelo próprio tumor Masson.  Escasso tecido fibroso nos eixos das vilosidades.  Reticulina.   Acompanham os capilares dos eixos conjuntivo-vasculares 
GFAP.   Positivo focal no citoplasma das células neoplásicas VIM.  Positividade regional no ápice das células neoplásicas AE1AE3. Positividade regional nas células neoplásicas, com áreas positivas e negativas lado a lado
S-100. Positividade nuclear e/ou citoplasmática focal em poucas células CD34.  Capilares finos no eixo central das papilas, circundados por células neoplásicas formando pregas redundantes Ki-67. Positivo em cerca de 5% das células neoplásicas em média, com valor maior em alguns hotspots
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Espécime. 

A massa tumoral intraventricular foi retirada in toto. Media cerca de 5 cm. no maior diâmetro e tinha superfície externa finamente lobulada com aspecto em couve flor. A consistência era macia e elástica. A cor pardacenta após fixação denunciava riqueza em sangue.

Ao corte,  aspecto viloso semelhante ao da superfície externa. Vasos calibrosos são vistos próximos ao centro da peça. A área vermelha deve-se à demora na penetração do formol.  Detalhes sob lupa abaixo. 
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Imagens do espécime sob lupa estereoscópica.  O espécime prestava-se a exame mais detalhado do relevo da superfície externa e de corte. Para tal, as cores originais foram reavivadas por imersão em álcool absoluto por alguns minutos.  A peça foi então fotografada sob lupa estereoscópica com câmara de alta resolução Olympus DP72, ainda imersa em álcool, o que evita reflexos. As imagens originais em tiff (4140 x 3096 pixels e 36,7 MB) foram reprocessadas em jpg (960 x 718 pixels, média de 200 KB) para apresentação nesta página. Clique nas miniaturas abaixo para maior detalhe.  Originais pelo fotógrafo do Depto de Anatomia Patológica, Sr. Adilson Abílio Piaza. 
Detalhes da superfície externa (colunas da esquerda e centro) e da superfície de corte (direita) do tumor sob estereoscopia, demonstrando o aspecto em couve-flor dado pelas delicadas vilosidades. Nas fotos em corte, observa-se que o centro da vilosidade é vermelho, devido ao sangue na luz do vaso. A periferia é esbranquiçada e corresponde ao epitélio neoplásico do plexo coróide. 
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Correlação 

(sentido horário) entre
TC com contraste, espécime macro, fotos sob lupa da superfície externa e de corte, e corte histológico (HE) de uma vilosidade tumoral.  Clique para detalhes. 

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HISTOLOGIA  -  HE
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Aspecto geral. 

Nos vários cortes examinados, o aspecto era notavelmente uniforme.  O tumor era constituído por elaborados eixos conjuntivo-vasculares finamente ramificados, e revestidos por monocamada de células cúbicas ou cilíndricas, lembrando as do plexo coróide normal. Clique para outros exemplos deste (1) (2) (3) (4)  e outros casos de papiloma do plexo coróide (1) (2) (3). 

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Tecido conjuntivo e vasos. 

O tecido conjuntivo nos troncos das ramificações era do tipo fibroso frouxo, e relativamente escasso. Os vasos eram extremamente delgados, praticamente limitados às células endoteliais. 
As papilas terminais podiam não conter vasos no plano de corte, apenas uma delicado dedo de luva de tecido conjuntivo acompanhando as células coróides. 

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Células neoplásicas.   As células do papiloma de plexo coróide são cúbicas ou cilíndricas. Assemelham-se às do plexo coróide normal, mas há tendência a que o citoplasma seja mais escasso e o núcleo maior, ocupando uma proporção maior do volume celular. A superfície da célula voltada para o líquor tende a ser mais plana, sem a característica proeminência cupuliforme , classicamente comparada a 'pedras de calçamento' ou lápides tumulares'.  Aqui, o tumor é benigno, não se observam atipias nucleares (exceto algumas leves) ou figuras de mitose. As células dispõem-se em monocamada sem empilhamento ou arranjo sólido, o que é encontrado nos carcinomas do plexo coróide (1) (2).
Capilares delicados. Em vilosidades favoráveis é possível separar os capilares da camada de células neoplásicas. Os capilares são extremamente delgados, limitados à camada de células endoteliais, cujos núcleos são espaçados entre si.  A camada de células neoplásicas é freqüentemente maior que o capilar, originando dobras e redundâncias que a separam do vaso. Em outras vilosidades há ajuste perfeito entre os elementos vasculares e o epitélio tumoral. 
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Área necrótica e hemorrágica. 

Esta área necrótica chamava a atenção nas regiões mais profundas do tumor. Interpretamos que tenha ocorrido porque o aumento de volume da massa neoplásica levou à compressão de seus próprios vasos, especialmente das veias. Isto causou congestão passiva e infarto hemorrágico. Áreas de hiperdensidade na TC sem contraste provavelmente correspondiam a regiões infartadas. 

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COLORAÇÕES  ESPECIAIS
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Tricrômico de Masson. 

Permite estudo correlativo dos elementos conjuntivos do tumor, corados em azul, e dos elementos epiteliais, em vermelho. 

A quantidade de colágeno no tumor é mínima, restrita aos eixos conjuntivo-vasculares maiores, onde estão os vasos mais calibrosos.  Mesmo nestes, o tecido fibroso é frouxo e esgarçado. Nas vilosidades terminais, praticamente não se observa colágeno, mas há fibras reticulínicas associadas aos capilares. Para estas, clique

Para procedimento técnico do tricrômico de Masson, clique

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Reticulina. As fibras reticulínicas acompanham a rede capilar ao longo das vilosidades e estão restritas à parede destes pequenos vasos.  Nas ramificações mais finas das vilosidades por vezes se observa um fino tabique de fibras reticulínicas sem uma luz capilar associada. É possível que haja um capilar colapsado cuja visualização seja difícil.  Para técnica da impregnação argêntica para fibras reticulínicas segundo Gomori, clique
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Agradecimentos. Caso gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas,  Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes, Serviço de Neurocirurgia, Hospital Santa Casa de Limeira, Limeira, SP.  Fotos do espécime sob lupa pelo fotógrafo do Depto de Anatomia Patológica, Sr. Adilson Abílio Piaza.  Preparações histológicas pelos técnicos Aparecido Paulo de Moraes e Viviane Ubiali.  Colorações especiais pelo técnico Sérgio Roberto Cardoso. 
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 Para mais imagens deste caso: TC Imunohistoquímica
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Mais casos de tumores do plexo coróide: 
papiloma (imagem) (histologia); 
carcinoma (imagem) (histologia). 
Comparação entre 
papiloma e carcinoma do plexo coróide
Tumores do plexo coróide:
texto, banco de imagens
Plexo coróide normal: 
(1) (2) (3)
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