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5. Linfoma na medula - reticulina e IH |
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Reticulina. A infiltração das células do linfoma em torno de vasos e na própria parede dos mesmos desencadeia a produção de fibras reticulínicas pelas células conjuntivas, resultando em caprichosas coroas perivasculares. As células linfomatosas são encontradas de permeio às fibras argirófilas (que captam a prata, nesta técnica realizada com impregnação argêntica). | |
HE para comparar. | |
IMUNOHISTOQUÍMICA |
Nesta página, mostramos as reações imunohistoquímicas realizadas nos cortes de medula espinal. Para linfoma na medula em HE, ver outra página. Para a tipagem do linfoma, a IH foi feita num corte de miocárdio, demonstrada em outra página. |
CD3 - Medula.
Há forte positividade para este marcador de linfócitos T na área de medula densamente infiltrada pelo linfoma, em consonância com o fato de este ser um linfoma de linhagem T. |
Distribuição perivascular. Há tendência das células do linfoma a agruparem-se em coroas perivasculares, como já visto em HE e reticulina. Isto é melhor visto nas áreas periféricas do tumor. | |
Outros campos, detalhes. | |
CD20. Este marcador de linfócitos B foi positivo apenas em raros linfócitos, que servem para validar a reação (demonstra que a negatividade nos demais linfócitos é real e não devida a um artefato de técnica). | |
CD68. Aqui pesquisado na área mais densa de tumor na medula, este marcador de macrófagos foi fortemente positivo, mostrando a grande riqueza de macrófagos de permeio às células do linfoma. Provavelmente, o efeito destrutivo do linfoma sobre o tecido nervoso, especialmente através da vasculopatia, foi responsável pela necrose dos axônios mielínicos, que atraiu as células fagocitárias. | |
Cerebelo herniado - SNF. Foi realizada a imunohistoquímica para sinaptofisina nos fragmentos de medula torácica com cerebelo deslocado. Apesar de se tratar de tecido necrótico, a SNF foi positiva nas localizações habituais, ou seja na camada molecular e nos glomérulos da camada granulosa. | |
CD68. Degeneração walleriana. Usamos CD68 para demonstração de macrófagos nos fascículos da medula torácica, que degeneraram secundariamente à lesão pelo linfoma mais abaixo. A reação demonstrou claramente lesões nos fascículos gráceis e nos tratos espinocerebelares. |
CD68. Abaixo, fotos em maior detalhe dos funículos posteriores e laterais da medula terácica alta. Cada funículo posterior inclui os fascículos grácil e cuneiforme. Os fascículos gráceis, em posição medial, estão destacados em marrom devido aos macrófagos xantomatosos que fagocitam restos de mielina degenerada. Os axônios provêm de neurônios sensitivos situados em gânglios de raíz posterior em nível torácico baixo, lombar e sacro, e degeneraram secundariamente à lesão tumoral. Nos funículos laterais, a parte periférica é ocupada pelos tratos espinocerebelares. Estes também se originam em gânglios sensitivos e dirigem-se diretamente ao córtex cerebelar, terminando como fibras musgosas nos glomérulos da camada granulosa. | |
VIM. Degeneração
walleriana.
Como vimentina é positiva para macrófagos, os resultados foram superponíveis aos vistos acima para CD68. |
Funículo posterior - NF. Com neurofilamento, os resultados foram inversos em relação a CD68 e VIM, ou seja, os fascículos gráceis foram negativos para axônios, que estavam presentes nos fascículos cuneiformes. | |
Para mais sobre este caso: | Página
de resumo
Textos:
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