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1. HE, colorações especiais |
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Masc. 43 a. Clique para ressonância magnética, imunohistoquímica, texto ilustrado sobre leucodistrofias. |
Destaques da microscopia. Lâminas escaneadas. HE, LFB. | ||
HE. Vacúolos na substância branca. Transição entre área vacuolar e área desmielinizada. | Área desmielinizada. Macrófagos xantomatosos. | Área desmielinizada. Astrócitos gemistocíticos. |
LFB-Nissl. Lâminas escaneadas. Vacúolos na substância branca em meio a bainhas de mielina preservadas. | Área desmielinizada. Macrófagos xantomatosos. Rarefação ou desaparecimento da mielina | Área desmielinizada. Astrócitos gemistocíticos. |
VIM. Astrócitos gemistocíticos | VIM. Macrófagos xantomatosos | NF. Axônios na substância branca entre os vacúolos |
NF. Axônios persistem na área desmielinizada | NF. Neurônios normais no córtex cerebral | SNF. Glóbulos sinaptofisina positivos na área desmielinizada, presumivelmente em axônios. Axônios em contas de rosário |
Cromogranina. Idem. Axônios em contas de rosário | CD68. Macrófagos xantomatosos na área desmielinizada | CD68. Micróglia na substância branca com vacúolos |
Lâmina
escaneada, HE.
A lâmina corada por HE, escaneada com 600 dpi (dots per inch), mostra fragmentos de córtex cerebral e substância branca. Esta tem aspecto mais rarefeito nas áreas profundas. |
Com 1200 dpi, é possível distinguir miríades de pequenos vacúolos nas áreas mais profundas da substância branca. Estes diminuem em número ou densidade em direção às regiões subcorticais. No córtex não se notam anormalidades. No outro corte (abaixo), aparece uma área circunscrita sem vacúolos, circundada por halo mais claro, que corresponde à região desmielinizada. Nesta, a substância branca foi substituída por macrófagos xantomatosos e astrócitos gemistocíticos. Ver estas regiões em detalhe. |
Tentativa
de correlação
entre a lâmina escaneada e um corte axial pesado em T2 da ressonância magnética. O córtex e a substância branca subcortical apresentam intensidades de sinal normais. A área profunda microvacuolada aparece com hipersinal, indicando maior hidratação. |
Córtex
e substância branca subcortical.
O córtex cerebral tem aspecto normal, com população neuronal em colunas e camadas como habitual, e neurônios piramidais reconhecíveis. O neurópilo é compacto, sem vacúolos. Para mais sobre córtex cerebral normal, clique. A substância branca subcortical tem morfologia normal, mas alguns vacúolos esparsos podem ser observados. |
Detalhes do córtex cerebral. |
Detalhes da transição córtex - substância branca. |
Substância branca profunda. Numerosos pequenos vacúolos entre os axônios e núcleos de células da glia. Há pequena variação de diâmetro deles e certa tendência a confluírem. Seus bordos são nítidos e o conteúdo é claro e homogêneo, aparentemente aquoso. Não há alterações vasculares nem infiltrado inflamatório. O aspecto é compatível com o hipersinal na substância branca nas seqüências com TR longo na ressonância magnética. |
Vacúolos na substância branca são análogos aos descritos na leucodistrofia de Canavan, com a ressalva de que esta entidade é limitada à infância (este paciente tem 43 anos). Clique para slides escaneados de um caso desta e para texto ilustrado sobre leucodistrofias, incluindo doença de Canavan. | |
Transição entre substância branca profunda e área desmielinizada. Na profundidade do fragmento observa-se área onde os vacúolos desaparecem e há predomínio de macrófagos xantomatosos, indicando degeneração avançada das bainhas de mielina. Estas estão totalmente ausentes nos cortes corados por LFB-Nissl. Os astrócitos gemistocíticos são vistos tanto na área desmielinizada como na substância branca profunda com vacúolos. |
Macrófagos xantomatosos. São células derivadas em parte da micróglia pré-existente, e em parte provenientes de monócitos do sangue. Fagocitam lípides oriundos da degeneração da mielina. Há tendência a se aglomerarem em torno de vênulas, por onde saem do parênquima nervoso lesado. O processo é análogo ao observado em infartos cerebrais isquêmicos. | |
Astrócitos gemistocíticos. São astrócitos hipertróficos, com citoplasma abundante, róseo, aspecto em vidro fosco, núcleo aumentado, com nucléolo proeminente em alguns. Correspondem a células reacionais, que sintetizam abundantes fibrilas do citoesqueleto (GFAP, vimentina), dando origem a gliose, ou cicatriz do tecido nervoso central. O processo é inespecífico, sendo observado em reparo de qualquer lesão do tecido nervoso, seja de natureza vascular, inflamatória ou traumática. No caso, é reacional à degeneração das bainhas de mielina e também observado em outras leucodistrofias. | |
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Luxol
fast blue - Nissl. Lâmina escaneada.
Esta coloração para bainhas de mielina e corpos celulares de neurônios (para procedimento, clique) destaca o córtex cerebral em azul mais claro e a substância branca em azul mais intenso. As áreas vacuoladas e a área desmielinizada são também observáveis. |
Córtex
cerebral.
Neurônios piramidais e fibras mielínicas esparsas. Ausência de vacúolos, aspecto normal. Para córtex cerebral humano normal em LFB-Nissl, clique. |
Transição
córtex - substância branca.
Na parte superior da foto, camadas inferiores do córtex, com feixes de axônios mielínicos entre os neurônios. Na metade inferior, substância branca normal com axônios mielínicos densamente dispostos em meio aos núcleos de células da glia. |
Substância branca profunda. Vacúolos claros de limites nítidos e conteúdo opticamente vazio entre os axônios mielínicos. A concentração de vacúolos aumenta em relação direta com a profundidade. Nestas áreas com mielina ainda preservada, observam-se astrócitos gemistocíticos reacionais, mas não macrófagos xantomatosos. |
Transição para área desmielinizada - astrócitos gemistocíticos, macrófagos xantomatosos. Em direção à profundidade (à esquerda na foto), a substância branca dá lugar a uma região sem baínhas de mielina onde predominam macrófagos xantomatosos. Astrócitos gemistocíticos reacionais são observados tanto na área com mielina como na área desmielinizada. Nesta última houve desestruturação do tecido, com perda completa da mielina. Tem semelhança com a necrose liqüefativa observada nos infartos cerebrais, mas aqui há preservação dos axônios, como visto com neurofilamento. |
Agradecimentos. Caso referido em consulta e gentilmente contribuído pelos Drs. Fernando Tito Mota e Marcelo Vilas Boas Mota, Laboratório de Patologia de Mogi Guaçu, SP. LFB-Nissl pela técnica de colorações especiais do Laboratório de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Sra. Mabiliane de Albuquerque Andrade. |
Para mais imagens deste caso: | RM | HE, colorações | IH |
LEUCODISTROFIAS .- Casos de neuroimagem | |||
M. 6 a. Adrenoleucodistrofia | M. 11 a. Adrenoleucodistrofia | M. 10 a. Adrenoleucodistrofia | M. 7 a. Leucodistrofia metacromática |
F. 30 a. Provável leucodistrofia metacromática, forma do adulto | F. 56 a. Provável leucodistrofia metacromática, forma do adulto | M. 5 a. Leucodistrofia associada a distrofia muscular congênita por deficiência de merosina. Biópsia muscular | M. 11 a. Doença de van der Knaap (leucoencefalopatia megalencefálica com cistos subcorticais). Acompanhamento de 11 anos. Melhores imagens de 4 exames |
Exames em detalhe | |||
Para
mais sobre leucodistrofias : Texto
ilustrado linkado
Para outras doenças desmielinizantes e degenerativas, ver também Neuroimagem, Neuropatologia |
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Leucodistrofias no banco de imagens : | |||
Adrenoleucodistrofia. Foto - desmielinização da substância branca frontal com preservação das fibras em U | Leucodistrofia metacromática. Foto - armazenamento de substância metacromática (sulfátides) em neurônios do núcleo do facial na ponte | Leucodistrofia metacromática. Foto - armazenamento de substância metacromática em macrófagos na substância branca cerebelar | Leucodistrofia sudanófila. Foto - desmielinização e cavitação da substância branca frontal, e dilatação ventricular |
Leucodistrofia sudanófila. Foto - desmielinização da substância branca temporal com preservação das fibras em U | Leucodistrofia de células globóides - 3 casos. Foto - desmielinização da substância branca occipital com preservação das fibras em U | Leucodistrofia de células globóides. Foto - células globóides (macrófagos) na substância branca cerebelar | Leucodistrofia de Pelizaeus - Merzbacher. Foto - Aspecto tigróide da substância branca |
Leucodistrofia de Alexander. Foto - megalencefalia e aspecto friável da substância branca | Leucodistrofia de Alexander. Foto - abundantes fibras de Rosenthal na medula lombar | Leucodistrofia de Canavan. Foto - vacúolos na substância branca | M. 5 a. Distrofia muscular congênita por deficiência de merosina, associada a leucodistrofia. Foto - biópsia muscular. Ressonância magnética |
Neuropatologia
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