Glioma  angiocêntrico. 2. Colorações especiais
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Fem. 6 a. 7 m. Clique para RM, macro, HE, tricrômico de Masson, reticulina, LFB-Nissl, imunohistoquímica para GFAP, VIM, S-100, MAP2, NeuN, NF, SNF, cromogranina, EMA, CD34, Ki67, p53 e texto sobre gliomas angiocêntricos. 
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Destaques  das  colorações  especiais
Masson.  Caráter angiocêntrico, com pseudorrosetas perivasculares.  Adventícia  dos vasos maiores é espessa e fibrosa Capilares intratumorais com fina camada de colágeno Superfície pial com paliçadas de células neoplásicas perpendiculares ao colágeno da leptomeninge
Reticulina.  Fibras reticulínicas nos vasos maiores do tumor Idem, nos vasos menores e capilares  LFB - Nissl.  Tumor no córtex cerebral e relação com substância branca profunda do giro
Infiltração tumoral ao longo dos vasos. Células neoplásicas formam manguitos ao redor de vasos maiores  Infiltração dos  vasos menores e capilares
Axônios mielínicos entre vasos infiltrados Área de tumor sólido - ausência de axônios Substância branca da medular do giro - alta densidade de axônios mielínicos, ausência de células neoplásicas.
Destaques da macroscopia, HE e imunohistoquímica
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Tricrômico de Masson.   Esta antiga coloração para tecido conjuntivo (para procedimento técnico, clique) demonstra a peculiar arquitetura perivascular do glioma angiocêntrico. As células neoplásicas se dispõem radialmente em paliçada, como que inseridas pela extremidade na adventícia espessa e fibrosa que circunda os vasos maiores. Abaixo, uma pequena artéria. O mesmo é notado em torno de veias intratumorais. 
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Nas áreas sólidas do tumor,  mesmo capilares são circundados por uma fina adventícia fibrosa que se destaca em azul, mas geralmente não há pseudorrosetas perivasculares em torno dos capilares. 
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Paliçadas celulares na superfície pial.   O colágeno da pia-máter cora-se em azul pálido. A relação das células da superfície do tumor com a leptomeninge é a mesma que com a adventícia dos vasos, dispondo-se perpendicularmente como paliçadas. 
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Reticulina  + Cristal violeta.     A técnica argêntica de Gomori para fibras reticulínicas (para procedimento, clique) demonstra uma fina camada destas fibras na interface entre as células tumorais e a adventícia dos vasos. As camadas vasculares (adventícia, média e íntima) são ricas em reticulina. Nos vasos maiores, a adventícia é espessa e pode ser frouxa, com contorno externo irregular, com várias saliências e reentrâncias. As células tumorais dispõem-se em paliçada perpendicularmente a esta superfície.  Capilares são também circundados por delicadas fibras reticulínicas. 
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Reticulina  + Cristal violeta.  Além da impregnação pela prata, usou-se contracoloração suave por cristal violeta, o mesmo empregado na técnica de Nissl para neurônios. É importante para marcar levemente as células tumorais, permitindo a visualização das relações entre os vasos e o tecido. A coloração de fundo não pode ser forte, de outra forma obscureceria as delicadas fibrilas reticulínicas que decoram a membrana limitante entre o tecido neoplásico e o vaso. 
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Capilares do tumor. 

A reticulina destaca com delicadeza a rede capilar deste glioma angiocêntrico.  Ocasionais neurônios são observados, considerados originais do córtex e infiltrados pelo tumor (não neoplásicos ou participantes da neoplasia).

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LFB-Nissl. 

O luxol fast blue (para procedimento técnico, clique) cora os axônios mielínicos em azul profundo, assim permite distinguir as células neoplásicas em relação ao tecido nervoso. Na lâmina escaneada ao lado, com 600 dpi, a substância branca da medular do giro está para baixo, e se cora em azul intenso. O córtex cerebral infiltrado pelo tumor está acima. 

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LFB-Nissl.   Este preparado demonstra que as células tumorais do glioma angiocêntrico crescem ao longo de vasos e invadem o tecido nervoso limítrofe por esta via. As células neoplásicas se coram em violeta pálido (pelo cristal violeta), e contrastam com os axônios em azul profundo. O tumor vai progredindo ao longo de vasos maiores e capilares e afastando os axônios. Em áreas mais compactas de tumor, como no canto direito superior, não se vêem axônios. 
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Infiltração perivascular.
Infiltração perivascular, detalhes.   Em aumento forte, os vasos na substância branca vizinha ao tumor mostram-se espessados pelas células tumorais. Estas têm núcleo grande, cromatina frouxa e um pequeno nucléolo. Formam geralmente uma camada em torno do vaso, mas pode ser mais, dependendo do plano de corte. As luzes vasculares estão comprimidas. Em torno dos vasos menores, as células não assumem o padrão em paliçadas (perpendiculares ao maior eixo do vaso) visto nos vasos maiores. 
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Axônios mielínicos na substância branca.   As bainhas de mielina coradas pelo luxol fast blue aparecem levemente tortuosas e de diâmetro variável. Formam feixes e se cruzam em vários ângulos. Algumas dilatações bulbosas poderiam corresponder a lesão dos axônios propriamente ditos, que não aparecem nesta técnica. Para axônios, ver imunohistoquímica para neurofilamento
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Áreas tumorais sólidas.  Nestas não se observam axônios mielínicos. 
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Substância branca da medular do giro. 

Áreas profundas do espécime, livres do tumor, eram constituídas por axônios mielínicos em arranjo compacto. 

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Agradecimentos.    Caso estudado conjuntamente com o Prof. Dr. Fábio Rogério.  Cortes histológicos pelo técnico Guaracy da Silva Ribeiro.  Colorações especiais desta página pela técnica Tayna Takahashi Santos.  Departamento de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP.
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 Para mais imagens deste caso e texto sobre glioma angiocêntrico RM Macro, HE
Colorações especiais IH - GFAP, VIM, S-100 IH - MAP2,
NeuN,
NF, SNF, 
cromogranina
IH - EMA,  CD34,  Ki67,  p53
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