Ganglioglioma anaplásico (grau III) de tálamo 
involuindo para grau I após radio e quimioterapia. 
4. 2a. amostra, IH 
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Fem.  4 a 1 m. a 5 a.   Clique para RM (4 datas),    comparação de amostras antes e depois do tratamento (10 meses) 
Primeira amostra - HE, IH - GFAP, VIM, SNF, NF, CD34, Ki67, p53    Segunda amostra - HE, IH - GFAP, VIM, SNF, NF, CD34, Ki67, p53
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GFAP.   Proteína glial ácida fibrilar, um filamento intermediário do citoplasma próprio de astrócitos e células ependimárias, foi positivo na maioria das células neoplásicas. Como a primeira amostra de 10 meses antes, a segunda era constituída principalmente por astrócitos fibrilares positivos para GFAP, compactamente arranjados, comparáveis a um astrocitoma difuso de baixo grau. Os vasos destacam-se por sua negatividade.  Alguns têm contorno irregular e convoluto, possivelmente refletindo a exuberante proliferação endotelial do espécime original. 
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GFAP. Astrócitos.    A rigor, nem todas células são positivas. As melhor marcadas mostram citoplasma arredondado, de limites nítidos e com poucos prolongamentos.  A positividade para GFAP atesta sua natureza astrocitária. 
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GFAP.  Áreas pilocíticas com fibras de Rosenthal.    GFAP demonstra o caráter pilocítico ou em cabeleira dos astrócitos nesta área já observada com HE. As fibras de Rosenthal são formadas por depósitos da proteína alfa-B-cristalina no interior dos prolongamentos astrocitários. A reação para GFAP ocorre apenas na periferia dos depósitos, ficando o interior negativo. 
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Vimentina. 

Vimentina, outro  filamento intermediário do citoplasma, mas de distribuição ubiquitária (não restrito a astrócitos como GFAP), marca praticamente todas as células tumorais, repetindo o observado na amostra inicial.  Algumas poucas células não se marcam, inclusive atípicas (ver célula trinucleada abaixo). Há positividade também do endotélio vascular. 

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Sinaptofisina.  Aspecto geral. Sinaptofisina, uma proteína associada a vesículas sinápticas, é um marcador neuronal e neuroendócrino que foi fundamental na definição do presente tumor como ganglioglioma, já na amostra original.  Após 10 meses de quimioterapia, persistem várias pequenas células positivas no citoplasma, indicando diferenciação neuronal. Algumas são rudimentares, sem prolongamentos e sem nucléolo. Há um contínuo até células com todas as feições morfológicas de neurônios maduros, inclusive nucléolo, citoplasma abundante com prolongamentos. Raras células são binucleadas. 
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SNF. Diferenciação neuronal incipiente.    Têm contorno arredondado, sem prolongamentos citoplasmáticos ou muito rudimentares.  Os núcleos não diferem dos das células vizinhas não marcadas. 
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SNF. Diferenciação neuronal avançada.    O citoplasma é mais abundante, esboça prolongamentos e o núcleo é maior, cromatina mais frouxa e tem nucléolo. 
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SNF.  Neurônios bi- ou multinucleados.    São raríssimos em tecido nervoso normal, mas de ocorrência comum em gangliogliomas. Clique para exemplos
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NF.  Proteína de neurofilamento é um  filamento intermediário do citoplasma, a exemplo de GFAP e VIM acima.  É característico de neurônios e seus prolongamentos,  dendritos e axônios.  Aqui foi totalmente negativo nas células neoplásicas, indicando que mesmo as células melhor diferenciadas vistas com SNF ainda não são capazes de produzir NF. A positividade se restringe aos axônios do tecido infiltrado, limítrofe ao tumor. Alguns têm aspecto 'em contas de rosário', devido a distúrbios do fluxo axonal. 
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CD34.    Este marcador do endotélio vascular demonstra  a rica vascularização do tumor, formada por finos capilares tortuosos.  Não há proliferação das células endoteliais, nem formação de pseudoglomérulos, como visto na primeira amostra, quando o índice de proliferação do tumor era maior.  A hialinização da parede de vasos vista em HE não aparece com este marcador, já que apenas as células endoteliais são positivas. 
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Ki67.    Ki67 foi positivo em cerca de 2% dos núcleos das células neoplásicas, em avaliação visual de vários campos, sem contagem. É um valor consideravelmente inferior ao da primeira amostra (cerca de 10%).  Presumivelmente, a quimioterapia agiu destruindo ou inibindo a proliferação das células mais propensas a divisão, o que encontra apoio na seqüência de imagens de RM.  Observamos poucos núcleos marcados em pares e nenhuma mitose. 
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p53.    A marcação para p53 foi igualmente modesta nesta segunda amostra, da ordem de 2-3%, e a positividade nos núcleos foi fraca. Vale a mesma hipótese interpretativa dada para Ki67, que as células genomicamente mais alteradas foram deletadas pelo medicamento. 
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Agradecimentos.    Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP.   Preparações histopatológicas e imunohistoquímicas pelos membros do Laboratório de Patologia do Centro Boldrini - Aparecido Paulo de Moraes, Irineu Mantovanelli Neto e Adriana Worschech. 
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Para mais imagens deste caso: 
Comparação de duas amostras separadas por 10 meses (antes e depois do tratamento)
RM Primeira amostra Segunda amostra
HE  IH  - GFAP, VIM, SNF, NF, CD34, Ki67, p53 HE IH - GFAP, VIM, SNF, NF, CD34, Ki67, p53
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Sobre  gangliogliomas : 
textos  (1) (2) (3)
Gangliogliomas de tronco cerebral Características de imagem Outros casos :  Neuroimagem e neuropatologia
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