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1. Macro, HE |
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Fem. 3 a . Clique para TC, RM, macro, HE, Masson, IH - AE1AE3, vimentina, GFAP, EMA, CD56, CD34, Ki67, p53 |
Espécime cirúrgico. A massa maior, com cerca de 4,5 cm. de diâmetro foi retirada praticamente em peça única. A superfície externa, embora irregular, permitiu bom plano de clivagem. Ao corte, tecido tumoral sólido branco amarelado e grandes cistos com superfície interna lisa. Fotos por obséquio do macroscopista do Centro Infantil Boldrini, Sr. Irineu Mantovanelli Neto. |
Destaques da imunohistoquímica. | ||
AE1AE3. Marcação homogênea do citoplasma das células neoplásicas. | Marcação da porção basal das células, células negativas. | VIM. Marcação total de células, parcial, células negativas, vasos. |
GFAP. Positivo em astrócitos pré-existentes e em raras células aberrantes isoladas (natureza duvidosa) | CD56. Positivo em astrócitos pré-existentes, negativo no tumor. Células neoplásicas invadindo ilhotas gliais de tecido pré-existente | EMA. Positividade citoplasmática em raras células |
CD34. Positivo em vasos, negativo no tumor. | Ki-67. Positividade em cerca de 3-5% dos núcleos das células neoplásicas. Núcleos marcados aos pares. Raras mitoses | p53. Positividade em 10 a 15% das células |
Aspecto geral - sólido, cordonal. O tumor, após 6 meses de quimioterapia, era constituído por células epiteliais arranjadas em cordões muito próximos entre si, com atipias nucleares moderadas a intensas, pseudoinclusões intranucleares e corpúsculos hialinos citoplasmáticos, mas sem figuras de mitose. Nestas áreas de neoplasia viável praticamente não havia necrose, encontrada apenas em áreas adjacentes, extensas e confluentes. Também não se observou proliferação vascular ou pseudoglomérulos. A impressão é que as células que restaram eram relativamente indolentes, tendo sido as mais agressivas e proliferantes eliminadas pelo tratamento. Aparentemente a quimioterapia já cumprira seu papel, e que continuá-la por mais tempo poucas alterações traria ao tumor. |
Aspecto papilífero. Em algumas áreas, havia preservação do aspecto papilífero habitual nos papilomas do plexo coróide. Células cúbicas dispunham-se em monocamada ao longo de eixos conjuntivo-vasculares, projetando papilas para espaços preenchidos por macrófagos xantomatosos. |
Macrófagos xantomatosos. Sugerem degeneração e morte celular no tumor, provavelmente por ação dos quimioterápicos, com fagocitose dos restos celulares ricos em lípides. Alguns macrófagos eram volumosos e podiam também mostrar atipias nucleares. |
Atipias celulares. Atipias grotescas nas células neoplásicas incluíam hipercromatismo, aberrações da forma e volume nuclear, multinucleação e pseudoinclusões. Contudo, o número de núcleos marcados por Ki67 era modesto e não foram observadas mitoses. Presumivelmente, o quimioterápico provocou severas aberrações no DNA das células tumorais, levando a replicação cromossômica sem divisão nuclear. A maioria destas células, apesar do aspecto agressivo, era na verdade incapaz de multiplicação. |
Pseudoinclusões. Pseudoinclusões são lingüetas de citoplasma projetadas no interior do núcleo através de dobras na membrana nuclear. Em certos planos de corte, simulam um corpúsculo intranuclear, mas correspondem apenas a citoplasma em comunicação com o restante. São de observação corriqueira em alguns tumores, por exemplo em meningiomas. Clique para exemplos. | |
Corpúsculos hialinos. Chamava a atenção o grande número de corpúsculos hialinos homogêneos extracelulares em alguns campos entre as células neoplásicas. Alguns menores pareciam intracitoplasmáticos, e os maiores possivelmente se originaram de confluência destes. A natureza dos corpúsculos hialinos não ficou clara, mas é plausível que decorram de anormalidades no metabolismo celular causadas pela quimioterapia. Poderiam ser proteínas defeituosas selecionadas pelas células para degradação, como as proteínas ubiquitinadas que originam as fibras de Rosenthal ou os corpos hialinos granulosos. Devido a perturbações nos mecanismos catabólicos, em parte associadas ao processo neoplásico e em parte pela medicação, acumulam-se no tecido. | |
Vasos. A vascularização do tumor era inconspícua, formada por capilares delgados, com células endoteliais finas, espaçadas e freqüentemente difíceis de visualizar. Algumas mostravam núcleos tumefeitos. Não havia proliferação endotelial como comum em gliomas malignos. Pode-se levantar a hipótese que o metabolismo do tecido era baixo e as células não secretavam fatores estimulantes do crescimento vascular, como VEGF. | |
Necrose. Áreas de necrose coagulativa eram extensas e ocupavam grandes áreas. A liquefação desta necrose provavelmente originou os volumosos cistos tumorais documentados em RM. Contudo, não se observaram necroses pequenas ou em pseudopaliçada, como habituais nos gliomas difusos de alto grau. |
Agradecimentos. Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP. Preparações histopatológicas e imunohistoquímicas pelos membros do Laboratório de Patologia do Centro Boldrini - Aparecido Paulo de Moraes, Irineu Mantovanelli Neto e Adriana Worschech. |
Para mais imagens deste caso: | |||
TC, RM | Macro, HE | Masson, IH - AE1AE3, vimentina | IH - EMA, CD56, CD34, Ki67, p53 |
Mais casos de tumores do plexo coróide:
papiloma (imagem) (histologia); carcinoma (imagem) (histologia). |
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