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Fem. 28 a. Cefaléia holocraniana há 6 meses, associada a náuseas e vômitos. Vem piorando lentamente, com alterações em campo visual (detectadas na campimetria). Vinha sendo acompanhada desde outubro de 2004 por cefaléia e crises de tontura. TC e RM da época já haviam demonstrado a lesão, com pouca modificação em relação aos exames atuais. |
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA, melhores cortes. Grande lesão espontaneamente hiperdensa na face medial do lobo occipital direito, heterogênea, de aspecto granuloso, que praticamente não se impregna por contraste. Apesar do volume, causa pouco efeito de massa, levando à compressão do corno posterior do ventrículo lateral do mesmo lado, sem desvio da linha média. | |
Sem contraste | Com contraste |
Para mais imagens de TC, clique. |
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA, melhores cortes. - AXIAIS. A lesão é bem delimitada e volumosa, indo do esplênio do corpo caloso quase até o polo occipital direito. Em T1, apresenta vários focos de hipersinal, maiores na periferia, correspondendo a trombos recentes contendo metemoglobina. Estes são responsáveis pelo 'aspecto em pipoca', característico dos cavernomas. Na angioressonância, o cavernoma aparece com nitidez também pelo hipersinal dos trombos (com superposição de diversos planos) e não por apresentar fluxo rápido, como é o caso das artérias. | ||
T1 SEM CONTRASTE | T1 COM CONTRASTE | ANGIORESSONÂNCIA |
Para mais imagens da angioressonância deste caso, clique. Para angioressonância arterial cerebral normal de dois outros casos clique (1) (2). |
T1 SEM CONTRASTE | T2 | FLAIR |
Nas seqüências com TR (tempo de repetição) longo (T2, FLAIR e DP), além dos focos de hipersinal da metemoglobina, aparecem áreas de perda de sinal (escuras), mais nítidas na periferia da lesão, onde chegam a formar uma capa contínua. Estas se devem à hemossiderina, pigmento rico em ferro que se forma em conseqüência de hemorragias crônicas pelos capilares anômalos e dilatados que constituem a malformação. |
CORONAIS, T1 COM CONTRASTE | FLAIR |
Com contraste, a impregnação é muito discreta. | |
SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE | T1 COM CONTRASTE |
T1 SEM CONTRASTE | ANGIORESSONÂNCIA |
Para mais imagens de RM, clique. |
Correlação aproximada entre RM sagital, T1 com contraste, e a peça cirúrgica em corte. O grande vaso com trombo recente pode corresponder à imagem brilhante mais posterior (ligadas pela seta amarela). A estrutura brilha em T1 por corresponder à metemoglobina do trombo. Não se trata de impregnação por contraste. Para mais fotos da peça e de cortes histológicos em HE, clique. |
RESSONÂNCIA vs. ANGIOGRAFIA DIGITAL (plano coronal).A angiografia digital neste caso é praticamente normal e não revela a lesão, apesar de o cavernoma ser constituído basicamente por vasos anômalos, ver histologia. Este paradoxo se deve a que, como a circulação de sangue dentro do cavernoma é extremamente lenta e o contraste na angiografia é dado em um rápido pulso, não há tempo para penetração de contraste nos vasos da malformação. | |
RM, FLAIR | ANGIOGRAFIA, fase arterial |
fase capilar | fase venosa |
RESSONÂNCIA vs. ANGIOGRAFIA DIGITAL (plano sagital ou perfil). Estas imagens comparam a ressonância sagital com a angiografia da artéria vertebral, que supre o território da A. cerebral posterior direita, onde se encontra o cavernoma. | |
RM, T1 SEM CONTRASTE | ANGIOGRAFIA, fase arterial |
fase capilar | fase venosa |
Para mais imagens de angiografia digital deste caso, clique. Para outro exemplo de angiografia cerebral digital normal, clique. | |
Cavernomas vs. malformações arterio-venosas (MAVs). Ao contrário dos cavernomas, que não são demonstráveis pela angiografia, as malformações arteriovenosas são constituídas por canais vasculares dilatados, onde o fluxo sanguíneo pode ser mais rápido que nos vasos normais. Por isso, as MAVs são fortemente contrastadas na angiografia, e seu enchimento ocorre até mesmo antes do das artérias normais. Para exemplos de angiografia digital em MAVs, clique (1) (2). |
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Sem contraste | ||
Com contraste | ||
Sem contraste | Com contraste |
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O exame
é praticamente normal e não revela a lesão. Isto se
deve a que, como a circulação de sangue dentro do cavernoma
é extremamente lenta e o contraste é dado em um rápido
pulso, não há tempo para penetração do mesmo
nos vasos da malformação.
Obs. Eventuais sombras de fundo nas imagens se devem a artefatos de armazenamento dos filmes originais. |
Artéria carótida interna direita, AP (ântero-posterior) | ||
Oblíqua anterior direita | ||
Perfil | ||
Artéria carótida interna esquerda, AP (ântero-posterior) | ||
Oblíqua anterior esquerda | ||
Perfil | ||
Artéria vertebral direita, AP (ântero-posterior) | ||
Perfil | ||
Artéria vertebral esquerda, AP (ântero-posterior) | ||
Perfil | ||
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CORTES AXIAIS, T1 SEM CONTRASTE | ||
T1 COM CONTRASTE | ||
T1 SEM CONTRASTE | T1 COM CONTRASTE |
DP (densidade de prótons). Reflete a quantidade absoluta de prótons de água no tecido. Quanto mais hidratada a estrutura, mais brilhante. | ||
T2 | ||
FLAIR | ||
CORTES CORONAIS, T1 COM CONTRASTE | ||
FLAIR | ||
CORTES SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE | ||
T1 COM CONTRASTE | ||
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Para mais imagens deste caso: | Macro, HE | Masson, CD34 |
Este assunto na graduação | Cavernomas, mais casos : neuroimagem, neuropatologia | Texto : malformações vasculares do SNC: telangiectasias, cavernomas, MAVs. | Características de imagem dos cavernomas |
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