Astrocitoma de medula espinal com disseminação liquórica espinal e supratentorial. 
1.  Resumo  dos  achados  de  imagem 
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Masc. 19 a.  Trazido em janeiro de 2016 como consulta de uma pequena biópsia de medula espinal torácica, cujo diagnóstico foi de astrocitoma difuso de baixo grau

A primeira RM (21/12/15) revelou expansão difusa da medula torácica de T7 a T11, limites imprecisos, preenchendo todo o diâmetro do canal medular, com obliteração do espaço subaracnóideo.  Não havia impregnação na medula, mas esta mostrava uma área fusiforme posterior com hipersinal em T2 e impregnação irregular por contraste. 

Acompanhamento por RM revelou aumento de volume, maior impregnação nesta área posterior e captação de contraste na leptomeninge de áreas próximas.  Na cauda eqüina, que era normal no primeiro exame, notaram-se nodulações, inicialmente pequenas e melhor vistas em cortes sagitais em T2, que gradualmente aumentaram nos meses subseqüentes, passando a captar contraste.  Na medula cérvico-torácica foram notadas irregularidades na superfície em outubro de 2016, que se confirmaram como disseminação neoplásica através de impregnação em janeiro de 2017. Durante este período o paciente foi submetido a radio- e quimioterapia. 

Também em janeiro de 2017  foram encontrados pequenos focos de impregnação na leptomeninge bulbar e na fossa interpeduncular, que aumentaram na última RM disponível,  de maio de 2017. Nesta, surgiu lesão de bordos impregnados na substância branca do lobo frontal esquerdo.  Embora não haja documentação histológica das alterações progressivas, o fato de a lesão inicial revelar um astrocitoma difuso grau II sugere que este tenha disseminado por via liquórica a níveis superiores e inferiores do neuroeixo.  Abaixo, sumário dos achados em diferentes datas. Clique para exames em maior detalhe (em outra página) : 21/12/15; 27/4/16; 11/10/2016; 13/12/201623/1/2017; 22/5/2017

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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 6 EXAMES 
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Medula tóraco-lombar, sagitais, T2.  Aumento de volume da medula tóraco-lombar em 3 datas, mais notavelmente da região posterior com hipossinal. 
21/12/2015 27/4/2016 13/12/2016
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T1 com contraste. Região posterior com captação de contraste aumentou de volume, como em T2 acima. 
21/12/2015 11/10/2016 13/12/2016
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T1 com e sem contraste,  23/1/2017
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Cauda eqüina, sagitais, T2.  Pequenas lesões nodulares nas raízes da cauda eqüina cresceram dramaticamente em 3½  meses, sugerindo que se tratem de metástases.  A maior, captante de contraste, logo abaixo do cone medular, preenche todo o canal  (ver corte axial abaixo). 
27/4/2016  11/10/2016 13/12/2016  23/1/2017 
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Cauda equina, axiais com scouts,  T2,  23/1/2017
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13/12/2016  23/1/2017 
T1 com  contraste T1 com e sem contraste
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Medula cérvico-torácica.  Irregularidades na superfície posterior da medula em T2, impregnação por contraste mais notada em 23/1/2017. 
T2 T1 com  contraste
11/10/2016 13/12/2016 13/12/2016 23/1/2017
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22/5/2017, lesão em hemisfério cerebral (não era visível na RM de 23/1/17).  Lesão de rápida instalação (cerca de 4 meses ou menos), interpretada como metástase por via liquórica. Apresenta restrição à difusão das moléculas de água, focos de ausência de sinal no gradiente-eco (sugestivos de sangue ou calcificações) e hipersinal em FLAIR e T2 (ver exame completo).  Aqui, destaque para o cisto aracnóideo temporal direito. 
T1 SEM CONTRASTE  DIFUSÃO MAPA EM T2
GRADIENTE (T2*) FLAIR T2  (para cisto aracnóideo temporal direito)
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T1 COM CONTRASTE  (comparação de duas datas) FLAIR
23/1/2017 22/5/2017 23/1/2017 22/5/2017
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Crânio, coronal, sagital, T1 com  contraste,  22/5/2017
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T1 com  contraste,  sagital, 23/1/2017  22/5/2017.   Impregnação por contraste da leptomeninge bulbar e da medula cervical alta, sugestiva de disseminação liquórica do tumor medular. Foco também no ângulo ponto-cerebelar esquerdo e na fossa interpeduncular.  Aumento em 4 meses. 
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T1 com  contraste, detalhes, coronal, sagitais, 22/5/2017
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Agradecimentos.  Caso enviado em consulta pelos Drs. Rita Barbosa de Carvalho e Luis Guilherme Salvatti.  Posteriormente acompanhado no Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP, de cujos arquivos foram documentados os exames de imagem. 
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Para histologia e imunohistoquímica, clique  »
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