Cortes axiais. No corte
mais baixo (o mais da E.), observa-se volumosa lesão hipodensa e
de contorno arredondado no hemisfério cerebelar D. Na superfície
externa da lesão, junto ao rochedo, a borda é mais irregular.
Esta região se impregna de contraste (ver imagem correspondente
na fileira de baixo) e corresponde a tecido neoplásico sólido.
Nos cortes pelos hemisférios cerebrais notam-se múltiplas
lesões sólidas nodulares, levemente hiperdensas e que se
impregnam. Algumas estão indicadas nas figuras: corno inferior do
ventrículo lateral D, fazendo proeminência para o interior
do ventrículo (1), lobo frontal D (com edema da substância
branca logo atrás) (2), giro supraorbitário E (3), giro do
cíngulo E, projetando-se para o ventrículo (4), região
parietal E, córtico-subcortical (5) e córtex mesial
de ambos hemisférios (6). Há ainda outras, menores.
No corte mais superior há edema difuso da substância branca.
Nota-se também hidrocefalia com sinais de hipertensão
liquórica. A hidrocefalia é notada principalmente pelo
alargamento dos cornos inferiores (temporais) dos ventrículos laterais,
normalmente pequenos, e pela dilatação do III ventrículo.
A hipertensão do líquor dentro dos ventrículos é
observada através da permeação liquórica
transependimária: a passagem de líquor através
do epêndima torna o contorno ventricular menos nítido na TC,
pela hipodensidade resultante da maior hidratação da região
subependimária. (Em ressonância magnética, o mesmo
fenômeno causa hipersinal em T2 ou FLAIR). A hidrocefalia
é devida à compressão do IV ventrículo pela
lesão na fossa posterior. |