Astrocitoma  pilocítico  de  cerebelo
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Fem.  20 a.  Em 3/90, então com 11 anos, apresentou história de um mês de cefaléia occipital, crises epilépticas de início recente, vômitos e apatia. Ao exame neurológico,  andar com base alargada, papiledema. EEG com alterações paroxísticas posteriores, com ondas lentas e irregulares. Foi operada de tumor cerebelar.  Em 94, recidiva tumoral. 

 
RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA  em  21/10/1998
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CORTES  AXIAIS da fossa posterior mostram lesão bem delimitada e aproximadamente esférica no vermis. O conteúdo da lesão apresenta hiposinal em T1 mas o sinal é mais intenso que o do líquor (no IV ventrículo), indicando conteúdo proteico.  Sua borda se impregna com contraste (gadolínio), sendo mais espessa na região posterior.  Em T2 há intenso hipersinal do conteúdo, indicando que o principal componente é água (hipersinal semelhante ao do líquor no IV ventrículo e cisterna pré-pontina).  Isto é confirmado no FLAIR, uma seqüência onde se faz supressão da sinal da água livre (líquor). 

OS CORTES CORONAIS E SAGITAIS (figs. embaixo) confirmam a localização vermiana da lesão. O IV ventrículo está patente e com morfologia normal. No corte sagital observa-se atrofia das folias do vermis inferior (seta amarela), seqüela de abordagem cirúrgica prévia. 

T1  COM  CONTRASTE T1  SEM  CONTRASTE T1  COM  CONTRASTE
T2 FLAIR FLAIR
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CORONAL, T1  COM  CONTRASTE SAGITAL, T1  COM  CONTRASTE
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA  em  18/10/2001
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Após 3 anos, houve crescimento da neoplasia ou, mais exatamente, expansão do conteúdo cístico. O grande cisto causa desvio lateral dos braços da ponte (= pedúnculos cerebelares médios) e compressão do tegmento pontino. Não é mais possível individualizar o IV ventrículo, comprimido pelo tumor, causando grande hidrocefalia supratentorial. No corte sagital observa-se hérnia das amígdalas cerebelares. 
T2 T1  COM  CONTRASTE
T2 T1  COM  CONTRASTE
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COMPARAÇÃO
1998
2001
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Características de imagem do 
astrocitoma  pilocítico

       TC. São tipicamente massas arredondadas ou ovais, bem demarcadas,  de bordas lisas, hipo- ou isodensas. São calcificados em 10% dos casos. Há sempre reforço pelo contraste, que é forte ou variável (heterogêneo). Algumas lesões se reforçam de forma sólida e homogênea, e outras têm nódulo mural que se reforça num grande cisto. 

       RM. Quando císticos, aparecem com iso ou hiposinal em T1, hipersinal em T2.  Nódulos murais e tumores sólidos aparecem como lesões isointensas em T1 e T2 que se reforçam com contraste de forma forte e heterogênea. 

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