Tumor neuroectodérmico primitivo de lobo temporal.  1.  Tumor.  HE,  IH
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Masc. 5 a 3 m.   Clique para exames de imagem, tumor  -  macro, HE,  IHCórtex infiltrado.  HE, IH
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Espécime cirúrgico.   Massas irregulares de tecido de aspecto variegado, cor indo do cinza amarelado ao vermelho vinhoso, sugerindo áreas necróticas e hemorrágicas mesclando-se a tecido tumoral viável.  Este é melhor visto na última foto, com textura finamente lobulada, que corresponde ao aspecto em HE.  Fotos por especial gentileza dos técnicos macroscopistas do Centro Infantil Boldrini, Srs. Irineu Mantovanelli Neto e Aparecido Paulo de Moraes. 
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Destaques  da  microscopia. 
HE.  Caráter primitivo, células pequenas indiferenciadas em arranjo sólido ou em lóbulos Núcleos vesiculosos, cromatina frouxa, nucléolos proeminentes  Atividade mitótica exuberante, chegando a 10 mitoses por campo de grande aumento
Mitoses atípicas Vasos finos, ausência de  proliferação endotelial e de trombose  Focos de necrose escassos
GFAP.  Positivo em tecido cerebral na margem, negativo no tumor.  VIM. Positividade citoplasmática em 100%  das células neoplásicas.  CD56. Positividade na membrana de proporção variável das células neoplásicas. 
CD34.  Positivo em vasos, negativo no tumor. Enfatiza vasos finos, sem proliferação endotelial Ki-67. Positividade em cerca de 50% dos núcleos das células neoplásicas, com  maior intensidade em nucléolos p53. Positividade em cerca de 100% dos núcleos das células neoplásicas.
Córtex  infiltrado, destaques
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Aspecto geral do tumor.    Neoplasia indiferenciada altamente celular, arranjada em lóbulos, notavelmente homogênea em todas áreas examinadas.  As células têm núcleos volumosos, com cromatina frouxa, nucléolos proeminentes, sendo comuns dois ou três nucléolos por núcleo.  O citoplasma é escasso e basófilo, de limites geralmente nítidos.  Figuras de mitose são numerosas, chegando a 10 por campo de grande aumento, típicas e atípicas.  Alguns fragmentos mostram  limite nítido com o cérebro (ver GFAP).  Em um fragmento isolado de córtex cerebral, células malignas infiltram o neurópilo e causam satelitose perineuronal e perivascular. Não há proliferação vascular como nos gliomas malignos, nem trombose, observando-se poucas áreas de necrose esparsas. 
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Núcleos vesiculosos, nucléolos. 
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Mitoses.  Na maioria típicas, chegam a 10 por campo de grande aumento. Predominam placas metafásicas e anáfases. 
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Mitoses  atípicas. 
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Vasos.   Vasos são abundantes e regularmente dispersos pelo tumor, de paredes finas, sem proliferação endotelial ou trombose, nisto diferindo do observado nos glioblastomas
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Necrose.  Focos de necrose, notados por núcleos picnóticos e citoplasma eosinófilo, eram relativamente escassos em vista da alta celularidade e atividade proliferativa do tumor. 
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IMUNOHISTOQUÍMICA
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GFAP.    Proteína glial ácida fibrilar, o filamento intermediário próprio dos astrócitos, foi totalmente negativo no tumor em todas áreas examinadas. Nos fragmentos abaixo, uma orla de tecido nervoso limítrofe ao tumor serve de controle interno positivo e demonstra a boa delimitação entre a neoplasia e cérebro. Ver, porém, fragmento de córtex cerebral incluído fortuitamente na amostra, onde as células neoplásicas infiltram sutilmente o neurópilo, como próprio de células neuroectodérmicas malignas. 
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Vimentina.    Ao contrário de GFAP, acima, vimentina, outro filamento intermediário do citoesqueleto, foi universalmente positiva nas células neoplásicas, com notável uniformidade, além de marcar também vasos. Vimentina é de distribuição ubiquitária, não restrito a um tipo celular específico. É notável que as células neoplásicas deste PNET, sendo muito primitivas, não expressam GFAP nem marcadores neuronais, mas marcam para vimentina e CD56.  Vimentina é negativa em áreas necróticas, que aparecem em claro (ajuda a delimitá-las melhor que em HE). 
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VIM.   A reação é útil para delimitar o citoplasma das células neoplásicas, demonstrando sua exigüidade. Aparece como um anel fortemente positivo em torno do núcleo.  Os núcleos e nucléolos são completamente negativos.  As células endoteliais dos vasos são marcadas e mostram ausência de proliferação endotelial. Estes são finos em todas áreas. 
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CD56.   CD56, também conhecido como NCAM  ou neural cell adhesion molecule (para breve texto, clique), foi o único outro antígeno, além de vimentina, que reagiu nas células neoplásicas deste PNET.  A positividade é em padrão membrana, variável, com áreas mais positivas que outras, e endossa a linhagem neuroectodérmica do tumor. 
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CD34   CD34 é um marcador de células endoteliais, e nesta condição o utilizamos para estudar a vascularização deste PNET.  Observa-se extensa rede de vasos de paredes finas, contornos irregulares, focalmente dilatados, estreitos em outros segmentos, tendendo a situar-se entre os lóbulos de células neoplásicas. Não há proliferação nem empilhamento das células endoteliais, formação de pseudoglomérulos, ao contrário do observado em gliomas malignos (astrocitomas difusos de alto grau).
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Ki67.    Este marcador de proliferação celular marca a maioria dos núcleos tumorais ( >50%) em todas regiões examinadas, chegando quase a 100% em certos hotspots e indicando crescimento acelerado da neoplasia.  Há uma curiosa positividade dos nucléolos, mais acentuada que a do nucleoplasma.  Em células em mitose o citoplasma também se marca, dificultando a visualização dos cromossomos. 
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p53.    A proteína p53 é continuamente sintetizada e degradada nas células. Sua função é induzir apoptose em células que se tornaram geneticamente inviáveis ou que podem proliferar sem freios.  Se ocorre mutação do gene P53 que codifica a proteína, a proteína mutante não é degradável e se acumula no núcleo. Além disso, não cumpre suas funções de 'guardiã do genoma', permitindo que células com mutações graves continuem a multiplicar-se.  No presente caso, a quase totalidade das células neoplásicas deste PNET são positivas, indicando que uma mutação de p53 deve ter tido importante papel na gênese do tumor. Núcleos de vasos e do tecido conjuntivo intersticial, que não pertencem propriamente ao tumor, mas são fornecidos pelo tecido hospedeiro, são negativos, o que serve para validar a reação.  Células necróticas ou em apoptose também não se marcam. 
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Agradecimentos.    Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP.   Preparações histopatológicas e imunohistoquímicas pelos membros do Laboratório de Patologia - Aparecido Paulo de Moraes, Irineu Mantovanelli Neto e Adriana Worschech. 
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Para mais imagens deste caso TC, RM Massa neoplásica, macro, HE, IH Córtex infiltrado - HE, IH 
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