Melanoma metastático em joelho do corpo caloso,
radiologicamente simulando glioblastoma multiforme 'em asa de borboleta'. 
1. HE
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Lâminas escaneadas. 

Mostram a escassez do material submetido para exame. Na macroscopia, tratava-se de finas membranas pardacentas. Na microscopia, mostravam a interface entre a margem do tumor, quase totalmente necrótico e hemorrágico, com uma delgada orla de cérebro reacional. Nesta, observavam-se capilares proliferados, que corresponderiam à delicada impregnação vista na TC e RM

Orlas impregnadas 

na periferia do tumor correspondem provavelmente a fileiras de capilares proliferados na interface com o cérebro. O centro do tumor era totalmente necrótico, daí a ausência de impregnação por contraste. 

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Destaques  da  microscopia. 
HE -Interface tumor-cérebro. Limite abrupto.  Astrócitos gemistocíticos. Glia reacional à presença de tumor nas vizinhanças. Capilares proliferados. Formavam barreira na interface tumor-cérebro. 
Melanoma - pleomorfismo  Mitoses, necrose Vasos, hemossiderina. Vasos com paredes finas, diferindo do glioblastoma multiforme. 
HMB-45.  Positivo em pequeno número de células neoplásicas. Texto sobre HMB-45 GFAP -  Negativo nas células do melanoma.  GFAP - Positivo em astrócitos do tecido limítrofe ao tumor, e em astrócitos aprisionados pelo tumor. 
Texto sobre metástases ao sistema nervoso central.
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HE
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Aspecto geral, interface tumor - cérebro. 

Exame das finas membranas, documentadas nas lâminas escaneadas acima, mostram interface abrupta entre as células neoplásicas do melanoma (área mais basófila, em cima na foto), com o tecido nervoso reacional rico em astrócitos gemistocíticos

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Limite abrupto. 

A transição brusca entre o tumor (à esquerda) e o tecido nervoso com gliose  (à direita) é própria das metástases, e fala contra um glioblastoma (que é um astrocitoma difuso de alto grau). Nos glioblastomas, a infiltração cerebral é sutil e não costuma haver limites nítidos. 

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Outra área da interface tumor - cérebro. 

No tecido nervoso à direita há numerosos astrócitos gemistocíticos, formas reacionais à lesão causada pelo tumor. 

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Capilares proliferados na interface tumor - cérebro. 

Em partes da margem do tumor em contato com o cérebro observava-se longa seqüência de capilares tortuosos, que provavelmente correspondiam à orla de impregnação por contraste vista em RM. Tais capilares podem representar um tecido de granulação reacional à necrose e hemorragia da massa neoplásica. 

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Melanoma. 

Há considerável pleomorfismo nas diferentes regiões amostradas. Na área ao lado, as células neoplásicas são escuras devido à desproporção entre núcleo e citoplasma. Os núcleos são volumosos, com atipias, e o citoplasma é basófilo e relativamente escasso. As células agrupam-se em torno de vasos, pois aí a nutrição é melhor. 

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Melanoma.  Polimorfismo celular.   As células tumorais tendem a ser arredondadas ou poliédricas. Em algumas áreas, têm limites nítidos, citoplasma amplo, róseo, que pode ser claro, tomando aspecto epitelióide (ver quadro mais abaixo). Os núcleos são irregulares, com cromatina densa, e células multinucleadas não são raras. Figuras de mitose são comuns. 
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Área  de  células  claras.  Nesta área, as células são mais volumosas, com citoplasma amplo e claro, e aspecto hidratado, com organelas dispersas. Apesar da origem do tumor em melanócitos, como demonstrado pela positividade para HMB-45, não havia pigmento melânico nas células, tratando-se, portanto, de um tumor indiferenciado (melanoma amelanótico). 
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Mitoses. Eram  numerosas em todas as áreas, típicas e atípicas. 
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Necrose.   A maior parte do tumor, ou seja, todas suas áreas internas, era provavelmente necrótica, com forte componente de hemorragia, a julgar pelos aspectos observados em RM
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Vasos intratumorais.  Os vasos no tumor, em torno dos quais se agrupam as células neoplásicas, tendem a ser finos. A proliferação vascular característica dos gliomas malignos, que leva a empilhamento das células endoteliais com redução ou oclusão da luz, não é observada. Este é outro elemento que fala contra a origem glial do tumor. 
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Hemossiderina.  Como melanomas são altamente propensos a hemorragias, não surpreende a grande quantidade de pigmento hemossiderótico no tumor, responsável pelas áreas de ausência de sinal em T2.  Os grânulos de hemossiderina diferem da melanina pelo seu caráter grosseiro e refringente. 
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Para mais imagens deste caso e textos:
HMB-45, metástases cerebrais.
TC, RM IH
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neuropatologia, neuroimagem.
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Sobre metástases cerebrais Marcadores de melanoma: 
HMB-45, Melan A, S-100.
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