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adenoma de hipófise. 1. HE, colorações especiais |
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Fem. 67 a. Paciente foi submetida a duas abordagens deste tumor de região selar. O material apresentado utiliza os melhores fragmentos de ambas. Nesta página, HE, tricrômico de Masson, reticulina, Perls. Clique para imunohistoquímica e ressonância magnética. |
Destaques da microscopia. | ||
HE. Grandes vasos calibrosos, irregulares, ramificados, alguns 'em chifre de veado' | Vasos menores abundantes, paredes finíssimas | Predomínio de células fusiformes em feixes ou padrão estoriforme |
Áreas de células epitelióides | Atipias incomuns, mitoses ausentes | Hemossiderina |
Masson. Colágeno escasso entre células, restrito à adventícia de vasos | Reticulina. Idem para fibras reticulínicas. Reticulina + safranina | Perls. Grânulos de hemossiderina abundantes em meio às células neoplásicas |
CD34. Vasos calibrosos, armados, paredes restritas às células endoteliais, contorno lembrando 'chifres de veado' (staghorn branching) | CD34. Capilares - abundante vascularização | CD34. Negativo nas células neoplásicas |
CD99. Positivo no citoplasma das células neoplásicas | BCL-2. Idem | BCL-2. Positivo em linfócitos B encontrados casualmente em vasos ou no tecido tumoral |
EMA. Positividade citoplasmática focal | VIM. Positividade citoplasmática difusa | Ki-67. Marca cerca de 5-10% dos núcleos das células neoplásicas (variável conforme a área) |
Aspecto geral do tumor. Neoplasia predominantemente fusocelular, altamente vascularizada, com vasos irregulares, dilatados, de contornos lembrando ilhotas em um arquipélago. Alguns, de contorno caprichoso, caberiam na comparação clássica com 'chifres de veado' dos hemangiopericitomas. Apesar de calibrosos, as paredes são extremamente delgadas, praticamente restritas às células endoteliais e uma fina adventícia fibrosa. Não há mitoses ou necrose. |
Vasos menores. Além dos vasos calibrosos, havia notável capilarização de áreas do tumor por vasos dilatados e irregulares, semelhantes aos maiores, mas de diâmetro pequeno. São melhor demonstrados na reação imunohistoquímica para CD34. Como nos maiores, as paredes são restritas às células endoteliais. Não há camada média distinguível, como em artérias ou veias normais. |
Variação morfológica das células tumorais : fusiformes, epitelióides. No tumor predominam as áreas com células fusiformes. Estas fazem transição, às vezes brusca, com células mais poligonais de feição epitelióide. As células epitelióides revestem capilares, formando papilas separadas por fendas. |
Células fusiformes. Arranjadas em feixes, ou em padrão estoriforme (multidirecionadas, lembrando as cerdas de um capacho). As células neoplásicas são regulares, com escassas atipias (algumas mais acentuadas demonstradas em outro quadro). Observa-se certa variação área a área, e as células podem estar seccionadas longitudinal- ou transversalmente. Não há mitoses ou necrose. | |
Células epitelióides. Estas eram mais arredondadas ou poligonais, com tendência a revestir vasos, por vezes emprestando arquitetura papilífera ao tecido neoplásico. | |
Atipias. Não eram a regra no tumor. Algumas mais notáveis estão demonstradas abaixo. Mitoses não foram observadas. | |
Hemossiderina. Pigmento hemossiderótico, tanto intra- como intercelular, era de encontro freqüente. Como estas fotos são do segundo espécime, pode ser secundário a sangramentos da primeira cirurgia. Contudo, a reação de Perls, feita no primeiro espécime, também continha abundante hemossiderina, favorecendo que grande parte do pigmento seja primário, e não secundário à manipulação anterior. Hemossiderina é um pigmento férrico, que contém ferro em valência 3, e é demonstrado pela reação histoquímica do ferrocianeto férrico ou de Perls (ver abaixo). Para mais sobre hemossiderina na Patologia Geral, clique. | |
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Tricrômico
de Masson.
Como cora fibras colágenas em azul, o Masson (para técnica, clique) é de grande utilidade para estudar a participação de tecido conjuntivo no tumor. É modesta, restrita à adventícia dos vasos, tanto dos maiores e dilatados como dos mais delicados. Praticamente inexistem fibras colágenas intercaladas às células neoplásicas. |
Reticulina.
A impregnação argêntica de Gomori para fibras reticulínicas (para técnica, clique), mostra que estas delicadas fibras conjuntivas (uma variedade de colágeno) estão restritas à adventícia dos vasos maiores e menores deste hemangiopericitoma. A quantidade de reticulina entre as células tumorais é escassa. |
Reticulina
+ safranina.
A técnica para reticulina foi conjugada à coloração de fundo com safranina. Os resultados superpõem-se aos acima. Há pobreza de fibras reticulínicas entre as células neoplásicas. |
Perls.
A reação histoquímica para grupos Fe+++ (técnica do ferrocianeto férrico ou de Perls, para procedimento clique) mostra abundante pigmento hemossiderótico em tom azul profundo permeando o tecido neoplásico. Como o tumor é fartamente vascularizado, o pigmento provavelmente deriva de hemorragias espontâneas. Esta reação foi feita no primeiro espécime, afastando que pudesse resultar de sangramento cirúrgico. |
Perls. Nas imagens abaixo, os grânulos azul escuros de hemossiderina parecem localizar-se no citoplasma das células neoplásicas, não se afastando que também ocorram no interstício. Em algumas áreas são pobres ou ausentes. | |
Agradecimento. Caso dos Hospitais Unimed de Limeira, SP, e São Francisco de Mogi Guaçu, SP, gentilmente contribuído pelos Drs. Hoyama da Costa Pereira e Mateus DalFabbro. Preparações histológicas pela técnica Viviane Ubiali. Colorações especiais pelo técnico Fernando Wagner dos Santos Cardoso. Depto de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP. |
Para mais imagens deste caso: | RM | HE, colorações especiais | IH |
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