Neupatimagem-UNICAMP

Gliossarcoma de hemisfério cerebral E.
2. Colorações especiais

Tricrômico de Masson. Fibras colágenas coradas em azul envolvendo as células individualmente.	Reticulina. Fibras reticulínicas acompanhando as células neoplásicas.

Tricrômico de Masson. Cora fibras colágenas em azul, distinguindo-as nitidamente das células tumorais em vermelho. As células são circundadas por colágeno, provavelmente produzido por elas próprias, o que as coloca como de linhagem mesenquimal. Contudo, as mesmas células produzem GFAP, um filamento intermediário intracitoplasmático próprio (embora não exclusivo) de astrócitos, portanto, de células de linhagem glial. Isto demonstra a natureza híbrida, ou diferenciação divergente, das células tumorais.

Fibras colágenas aparecem como finas estruturas onduladas, em azul, acompanhando as células neoplásicas ao longo dos feixes, e circundam células individualmente em cortes transversais aos feixes.

Cortes longitudinais

Cortes transversais




Agradecimento técnico. Preparados de tricrômico de Masson e reticulina (abaixo) pelo Sr. Aparecido Paulo de Moraes, técnico em histologia do Depto de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP.

Reticulina, lâmina escaneada. Diversas áreas do tumor apresentavam abundantes fibras reticulínicas entre as células neoplásicas, à semelhança do já demonstrado acima com tricrômico de Masson em relação às fibras colágenas. Abaixo, uma imagem obtida por escaneamento da lâmina em 1200 dpi. Em seguida, indicação dos locais usados para detalhes.

Reticulina, área 1. A quantidade de reticulina entre as células neoplásicas varia de área a área, de densamente positiva a totalmente negativa. O limite ente áreas positivas e negativas é, muitas vezes, abrupto. Nas áreas ricas em reticulina, as fibras estão orientadas no mesmo sentido do maior eixo das células. O aspecto é essencialmente semelhante ao observado em sarcomas. Contudo, mesmo em áreas fortemente positivas, encontramos células marcadas por GFAP, indicando linhagem astrocitária (ver abaixo).

Reticulina, área 2.

Reticulina, área 3. Nesta área o tumor infiltra a leptomeninge. A riqueza em reticulina pode ser em parte devida a reação desmoplásica (produção de tecido conjuntivo) estimulada pelo tumor.