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2. Tricrômico de Masson |
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Masc., 28 a. Clique para ressonância magnética e HE. |
Tricrômico
de Masson. - Lâmina escaneada.
Por corar o tecido fibroso colágeno em azul, o tricrômico de Masson facilita a visualização da estrutura do tumor, em especial das áreas papilíferas. |
Lâmina
escaneada.
Áreas papilíferas. Detalhe de fragmentos com arquitetura papilífera na lâmina escaneada, para comparar com a histologia, abaixo. |
Tricrômico
de Masson.
Esta coloração tradicional para tecido conjuntivo é ilustrativa neste craniofaringioma papilífero, pois destaca os eixos conjuntivos em azul, pelo conteúdo em fibras colágenas. O epitélio se cora em vermelho. O contraste entre as cores ajuda a demonstrar o caráter papilífero do tumor. |
Aspectos do epitélio. Como já notado em HE, o epitélio neoplásico é do tipo plano estratificado não corneificado. As células que predominam são as espinhosas, correspondentes às células da camada espinhosa ou de Malpighi da epiderme normal, ou de mucosas revestidas por epitélio plano, como a mucosa oral ou a do colo uterino. Observam-se variações na morfologia e arquitetura, como células com citoplasma mais abundante, queratinização de células isoladas, ou disposição em camadas concêntricas formando redemoinhos. | |
Pérolas
córneas.
Quando há queratinização de células epiteliais planas em arranjo concêntrico, fala-se em pérola córnea, uma formação comum em carcinomas epidermóides, por exemplo, da pele. |
Papila de centro fibrótico hialinizado. |
Parede
do cisto (lâmina escaneada).
Nesta parte da lâmina ficaram estruturas membranáceas atribuídas à parede do cisto. São revestidas por epitélio em uma das faces. Na oposta há tecido nervoso gliótico que veio do cérebro onde o tumor estava aderido. Entre o epitélio e a glia há uma fina camada de tecido fibroso (em azul), onde o epitélio tumoral está apoiado. Detalhes da área no retângulo azul, abaixo. |
Epitélio plano. Lembra o das áreas papilíferas, mas não há formação de papilas, as células da camada basal têm formato mais cilíndrico e estão arranjadas paralelamente formando paliçadas. Nas camadas superficiais, há diferenciação de umas poucas células em caliciformes e ciliadas (as ciliadas só foram documentadas em HE). Ambas são vistas no epitélio respiratório que reveste a nasofaringe, de onde o tumor supostamente provém, através de restos embrionários da bolsa de Rathke. Assim, nestas áreas, o epitélio tumoral recapitula o tecido de origem. Para outros exemplos destas células em HE, clique. | |
Tecido
glial na parede do cisto.
Há uma fina camada de tecido glial abaixo do epitélio e do tecido fibroso. Este tecido glial é reacional, constituindo um exemplo de gliose. Há astrócitos hipertróficos (gemistocíticos) e abundantes fibrilas gliais. A gliose é uma resposta do tecido nervoso ao estímulo irritativo crônico causado pelo tumor. Este tecido estava em continuidade com a face medial do hemisfério cerebral (parte inferior dos lobos frontais), onde se alojava a lesão. |
Fibras colágenas e gliais. Estes dois elementos são bem distinguíveis no tricrômico de Masson, que cora o colágeno em azul e as fibrilas gliais em vermelho. Há uma fina camada contínua de tecido conjuntivo com fibras colágenas logo abaixo do epitélio, que serve de apoio a ele e o nutre com seus vasos. Em meio ao tecido glial há também finas fibrilas colágenas, o que não deve surpreender, pois trata-se de uma reação inflamatória crônica ao tumor. Os astrócitos reacionais são ora mais estrelados, ora mais alongados ou fusiformes, possivelmente pela compressão crônica exercida pelo cisto sobre o tecido nervoso. | |
Caso do Hospital Santa Casa de Limeira, gentilmente contribuído pelos Drs Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes, Limeira, SP. |
Preparados nesta página pelo técnico de colorações especiais do Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Sr. Sérgio Roberto Cardoso. A ele, nossos sinceros agradecimentos. |
Para mais imagens deste caso: | RM | HE |
Peça GE-2 | Peça GE-4 | Lâmina
A. 244 |
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