Astrocitoma anaplásico de medula espinal
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Masc. 29 a.  Para ressonância magnética, clique
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Destaques  da  microscopia. 
HE.  Aspecto geral. Tumor astrocitário com polimorfismo celular Atipias, multinucleação.  Mitoses, apoptose Vasos delgados, sem proliferação endotelial
GFAP. Positivo em astrócitos tumorais VIM. Idem. Mitoses NF.  Positivo em axônios infiltrados pela neoplasia
CD34.  Positivo em vasos, negativo no tumor.  Mitoses Ki-67. Positividade em cerca de 3-5% dos núcleos das células neoplásicas  p53. Positividade em cerca de 5-10% dos núcleos das células neoplásicas
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HE - Aspecto geral. 

Neoplasia astrocitária constituída por células atípicas, de morfologia variável, freqüente polinucleação e algumas mitoses. As células exibiam citoplasma róseo e abundante, com contorno estrelado, próprio de astrócitos. Outras eram alongadas ou fusiformes. Contudo, os vasos eram finos, não se observou proliferação vascular ou necrose. Por isso, ficou classificado como astrocitoma anaplásico ou grau III da OMS. Para critérios de graduação dos astrocitomas difusos segundo a OMS, clique.

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Atipias, multinucleação. Chamava atenção a irregularidade e hipercromatismo dos núcleos, sendo comuns células gigantes multinucleadas. Células com citoplasma abundante não raro lembravam astrócitos gemistocíticos. 
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Mitoses, apoptose.  Mitoses eram incomuns e quase todas típicas.   Contudo, várias outras foram encontradas no estudo imunohistoquímico para vimentina e CD34.  Figuras de apoptose, com sua característica  fragmentação nuclear, foram vistas ocasionalmente.
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Vasos.   Apesar da intensidade das aberrações celulares, a celularidade era moderada, e os vasos não mostravam proliferação ou empilhamento das células endoteliais, formando pseudoglomérulos, típicos dos gliomas malignos. Esta feição está em concordância com a ausência de impregnação por contraste observada em ressonância magnética
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IMUNOHISTOQUÍMICA
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GFAP. 

As células neoplásicas foram difusamente positivas no citoplasma para GFAP, ou glial fibrillary acidic protein, um filamento intermediário próprio de astrócitos.  Isto corrobora a natureza astrocitária do tumor.  A reação se restringe ao citoplasma, e os núcleos tomam a hematoxilina, corante de fundo. Os vasos também são negativos. 

Para breve texto sobre filamentos intermediários, clique

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VIM. 

Vimentina é um filamento intermediário expressado em muitas linhagens celulares, inclusive astrócitos. Clique para textos sobre vimentina e filamentos intermediários

Aqui, o resultado praticamente superpõe-se ao com GFAP (acima), sendo os astrócitos neoplásicos difusamente positivos no citoplasma.  Células endoteliais dos capilares são também positivas, e não mostram proliferação ou empilhamento (embora algumas pareçam tumefeitas).  As luzes vasculares são pérvias. 

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VIM.  Mitoses.   Foram encontradas várias, na grande maioria típicas, na forma de placas metafásicas. Uma provável mitose atípica está ilustrada na última figura embaixo à direita. 
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NF. Proteína de neurofilamento, outro filamento intermediário, é expressada por axônios, assim é um método útil e elegante para demonstrá-los, como eram, no passado, as técnicas argênticas.  Aqui vemos vários axônios esparsos entre as células tumorais, indicando a natureza infiltrativa da neoplasia, que divulsiona as estruturas da medula espinal.  Os axônios aparecem como pequenos cilindros tortuosos e de diâmetro relativamente regular. 
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CD34. 

Este marcador de endotélio é útil para visualizar a abundante vascularização do tumor.  Observam-se capilares finos e irregularmente distribuídos, com áreas ricas e pobres nos mesmos.  O caráter delgado e ramificado dos pequenos vasos, com luz pérvia e regular, já observado com as técnicas anteriores, aqui se confirma.

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CD34. Capilares  em  corte  transversal.  Estes mostram luz diâmetro pequeno, mas com luz permeável, e geralmente um só núcleo de célula endotelial no plano de corte. Confirma a ausência de proliferação endotelial já comentada em HE
CD34. Capilares  em  corte  longitudinal.  Estes mostram espaçamento entre os núcleos de células endoteliais.  Mesmo quando próximos, os núcleos não se superpõem.  Porém, vários capilares têm núcleos maiores ou mais tumefeitos que o normal, o que sugere que o tumor está caminhando para aumento da malignidade, na forma de proliferação endotelial. Quando isto se manifestar (uma evolução praticamente inevitável nos astrocitomas difusos de qualquer localização), o tumor será classificado como grau IV ou glioblastoma multiforme.  Para critérios de graduação dos astrocitomas difusos segundo a OMS, clique
CD34. Mitoses.   Das várias observadas, só uma era atípica.  Não raro é mais fácil encontrar mitoses em preparados de imunohistoquímica, principalmente negativos, que  em HE, pois a hematoxilina destaca os cromossomos condensados. A preparação fica mais limpa sem o róseo de fundo da eosina. 
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Ki67. 

Este marcador de proliferação celular foi positivo em apenas uma proporção modesta dos núcleos, da ordem de 3 a 5% (sem contagem), ao contrário do que se esperaria pelo número de mitoses.  A grande maioria dos núcleos marcados eram pequenos, e vários dos núcleos maiores e mais aberrantes eram negativos. 

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Ki67.  Células aberrantes ou multinucleadas  negativas. 
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p53. 

A positividade de muitos núcleos para p53 indicaria um papel importante de mutações deste gene na origem do tumor. Aqui, houve marcação de uma minoria de células, mas em proporção maior que as marcados com Ki-67 (da ordem de 5-10 %, sem contagem). Alguns estavam aos pares, o que pareceu mais comum do que o esperado por simples acaso (talvez os núcleos resultassem de uma mesma mitose).  Como com Ki-67, alguns dos núcleos mais aberrantes eram negativos para p53.  As poucas mitoses documentadas foram também negativas. 

p53. Núcleos  marcados  aos  pares. 
p53. Núcleos  aberrantes  negativos. 
p53. Mitoses. 
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Agradecimentos. Preparações histológicas pelos técnicos Aparecido Paulo de Moraes e Viviane Ubiali.  Preparações imunohistoquímicas do Laboratório de Pesquisa, pelas técnicas Ana Cláudia Sparapani Piaza, Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro Reis e Arethusa de Souza.  Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP. 
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Para RM deste paciente, clique  »
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