|
|
|
Observar, neste corte de rim, a hialinose arteriolar nas arteríolas aferentes do glomérulo. Esta é caracterizada por depósito de material proteico, de aspecto hialino, na parede desses vasos, localizados entre o endotélio e a camada muscular lisa. A hialinose ocorre por filtração de proteínas do plasma através do endotélio. A hialinose da arteríola leva a redução da luz e conseqüente isquemia glomerular. O glomérulo vai sofrendo fibrose (hialinização glomerular), observável em diversas fases. Na fase final, o glomérulo sofre atrofia, tornando-se não funcionante. Acompanha-se fibrose intersticial, com retração do córtex e focos de infiltrado linfoplasmocítico. Hialino (do grego hyalos = vidro) = homogêneo e eosinófilo ou róseo. |
Lâmina
escaneada.
A superfície do rim tem uma pequena área deprimida devido à atrofia por isquemia. Esta é a melhor área para encontrar a hialinose arteriolar e a hialinização glomerular. |
Área atrófica. Nesta pequena área triangular, com base na superfície do rim, houve atrofia dos glomérulos, com substituição por tecido fibroso (hialinização glomerular). Os túbulos também desapareceram, pois são nutridos pelas mesmas arteríolas que passam pelos glomérulos. Em conseqüência, o interstício ficou alargado. Comparar com áreas vizinhas normais. |
Hialinose arteriolar. A causa da atrofia é a lesão de pequenas artérias e arteríolas. Aqui nos concentraremos nas lesões arteriolares, caracterizadas pela deposição de material hialino proveniente do sangue entre o endotélio e a camada muscular. A parede da arteríola fica espessada e a luz reduzida, levando à isquemia dos glomérulos. A alteração é conhecida como hialinose arteriolar, que é própria, mas não exclusiva, da hipertensão arterial benigna. Arteríolas normais são delicadas e mais difíceis de identificar. |
Hialinização
glomerular.
A hialinose arteriolar causa redução do fluxo sanguíneo aos glomérulos, com perda de células dos tufos glomerulares, (células endoteliais e as células epiteliais ou podócitos). O arcabouço de membrana basal que resta condensa-se, formando uma estrutura rósea e heterogênea, que não funciona mais na filtração do plasma. Estes glomérulos hialinizados são menores que os normais devido à perda dos elementos celulares. |
Glomérulos hialinizados. Num glomérulo hialinizado, é freqüente distinguir-se o tufo capilar hialinizado e uma camada periférica mais clara, que resulta do espessamento reacional da cápsula de Bowman. Os aspectos variam segundo o plano de corte. | |
Glomérulos
normais.
A grande maioria dos glomérulos desta lâmina é normal, assim como os túbulos. Isto se deve a que as alterações vasculares são focais e acometem só uma pequena percentagem de néfrons. Em conseqüência, insuficiência renal crônica não faz parte do quadro da hipertensão benigna. |
Agradecimentos. Preparo das lâminas deste caso pela técnica Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro Reis. Laboratório de Pesquisa, Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP. Campinas, SP. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|