|
|
|
Fem.
26 a. Cefaléia há 6 meses. Há 2 meses
e meio perda de força muscular, bradipsiquismo, diplopia, perda
visual, incontinência urinária. Quadro progressivo.
Exame neurológico. Glasgow 15, pupilas isofotorreagentes, ptose palpebral discreta, tetraparesia E>D e espasticidade em MMII, dismetria E, dificuldade para movimentos finos no MSE. Hiperreflexia de patelares e aquileus e clonus de pé, bilateralmente. Sem perda da sensibilidade. TC e RM - hidrocefalia supratentorial e volumosa massa nos ventrículos laterais de aspecto tumoral. Cirurgia – calosotomia com retirada de tumor muito sangrante. Edema cerebral pronunciado. TC de controle mostrou hemorragia nos ventrículos laterais e IIIº ventrículo. Óbito no terceiro dia pós-operatório. |
|
Sem contraste. Ver descrição na RM, abaixo. Com contraste, há forte impregnação das áreas sólidas do tumor. | ||
Com contraste | ||
|
Massa tumoral aparentemente centrada no ventrículo lateral D, nas proximidades do foramen de Monro, que se estende ao ventrículo lateral E desviando fortemente o septo pelúcido, e ao IIIº ventrículo. Causa grande hidrocefalia supratentorial por obstrução dos foramens interventriculares. O tumor é heterogêneo, com áreas sólidas e císticas. Um grande cisto ocupa o corno anterior do ventrículo lateral D, insinuando-se no ventrículo contralateral. As áreas sólidas mostram iso- ou hiposinal em T1, iso- ou hipersinal em T2 e FLAIR, e impregnam-se fortemente por contraste. As áreas císticas mostram hiposinal em T1, mas o sinal é mais forte que o do líquor, indicando conteúdo proteico ou de macromoléculas. Em T2 mostram sinal semelhante ao do líquor. Em FLAIR também apresentam hipersinal, indicando conteúdo proteico ou de macromoléculas, ou seja, não há supressão de sinal ao contrário do que acontece com a água livre (como o líquor dos ventrículos). No tumor há vasos de fluxo rápido, que aparecem como imagens serpiginosas com ausência de sinal (flow void). |
CORTES AXIAIS | ||
T1 SEM CONTRASTE | T1 COM CONTRASTE | T2 |
FLAIR. O cisto no corno anterior do ventrículo lateral D tem hipersinal, indicando componente de macromoléculas. Já no líquor dos ventrículos o sinal da água livre é suprimido (aparece escuro). | ||
CORTES AXIAIS, NÍVEIS INFERIORES. Mostram hidrocefalia e um cisto na parte alta da fossa posterior, com conteúdo de propriedades de sinal semelhantes às do líquor, que deforma a ponte, o mesencéfalo e o cerebelo, mas não tem aparentemente relação com o tumor. É melhor interpretado como cisto aracnóideo. | |||
T1 | |||
T2 |
CORTES CORONAIS, T1 COM CONTRASTE | ||
CORTES SAGITAIS | |
T1 SEM CONTRASTE | T1 COM CONTRASTE |
Para histologia e imunohistoquímica deste tumor, clique » |
Sobre o neurocitoma central |
Neuropatologia
- Graduação |
Neuropatologia -
Casos Complementares |
Neuroimagem
- Graduação |
Neuroimagem -
Casos Complementares |
Correlação
Neuropatologia - Neuroimagem |
|
|