CD56
(NCAM).
Também conhecido
como NCAM (neural cell adhesion molecule), foi descoberto
em pesquisas sobre moléculas de superfície celular que contribuem
para interações celulares durante o desenvolvimento do sistema
nervoso.
Há
pelo menos 3 isoformas geradas por splicing diferencial do transcrito
do RNA de um único gene no cromossomo 11. O polipeptídeo
central de CD56 é a isoforma de 140 kD. Esta é glicosilada
e sialilizada de várias formas para produzir espécies maduras
com pesos moleculares de 175 a 220 kD.
NCAM é
amplamente expressado em tecidos neurais e neuroendócrinos, nervos
periféricos, zona glomerulosa e camada medular da adrenal e sinapses
no córtex cerebral. Glioblastomas, oligodendrogliomas, ganglioglioma,
neuroblastoma, retinoblastoma e outros tumores neurais marcam-se fortemente
para CD56. A maior aplicação corrente de CD56 é
o diagnóstico de linfomas T/NK,
pois CD56 é o marcador prototípico de células NK.
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Fonte:
Leong AS-Y, Cooper K, Leong FJW-M. Manual of Diagnostic Antibodies
for Immunohistology. 1999, Greenwich Medical Media Ltd, London. p. 101-2.
Moléculas de adesão
entre células neurais (NCAMs) são uma família
de glicoproteínas com funções críticas em ligações
intercelulares, bem como migração e diferenciação
celulares. A família NCAM inclui três variedades geradas por
splicing
alternativo de um gene membro da superfamília das imunoglobulinas.
As moléculas são modificadas após a translação
por fosforilação, glicosilação e sulfatação.
Além
do
sistema nervoso, NCAMs também estão presentes na medula adrenal,
camada glomerulosa do córtex adrenal, músculo cardíaco
(ver), epitélio folicular
da tiróide, túbulos renais proximais, hepatócitos,
células parietais gástricas e ilhotas de Langerhans. Entre
os tumores, carcinomas papilíferos e foliculares da tiróide,
carcinomas de células renais e hepatocarcinomas são NCAM+.
O antígeno
Leu7, reconhecido pelo anticorpo monoclonal HNK-1, foi identificado como
um epítopo carboidrato presente em NCAM e várias outras moléculas
de adesão.
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Fonte:
DeLellis RA, Shin SJ. Immunohistology of endocrine tumors. in
Dabbs DJ (ed). Diagnostic Immunohistochemistry. 2nd Ed. Churchill Livingstone
/ Elsevier, 2006, pp. 264.
CD57 (Leu7,
HNK-1)
Anticorpos para CD57 detectam
uma proteína de 110 kD codificada por um gene no cromossomo
11. Leu7 é a denominação de um clone de células
produtoras (laboratório Becton Dickinson). A proteína
está presente em alguns linfócitos periféricos, mas
não em monócitos, granulócitos, plaquetas ou hemácias.
Linfócitos CD57+ aumentam numericamente com a idade e representam
10-20% dos linfócitos em adultos. Incluem um subgrupo de linfócitos
T CD8+ e células NK.
Além
disso, anticorpos para CD57 reagem com um antígeno presente na mielina
do sistema nervoso central e do periférico, em oligodendrócitos
e células de Schwann. Algumas moléculas de adesão
neural contêm um epítopo carboidrato que é reconhecido
pelos anticorpos para CD57. A reatividade é devida em parte ao fato
de uma glicoproteína associada a mielina ter massa molecular semelhante
à do antígeno CD57 dos linfócitos.
Em SNC,
expressão de CD57 pode ser vista em oligodendroglia, mas também
em outros tipos de células. Oligodendrogliomas mostram maior grau
de positividade para CD57 que astrocitomas e glioblastomas, que demonstram
menos células positivas.
Além
das células neurais os anticorpos para CD57 reagem com epitélio
prostático, ilhotas pancreáticas e vários outros tecidos
e tumores de diversas origens. Devido à sua inespecificidade, CD57
não deve ser empregado isoladamente, mas como parte de painéis
de anticorpos para propósitos diagnósticos.
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Fonte:
Leong AS-Y, Cooper K, Leong FJW-M. Manual of Diagnostic Antibodies
for Immunohistology. 1999, Greenwich Medical Media Ltd, London. p. 103-6.
CD57 é um antígeno
de membrana encontrado em cerca de 20% dos leucócitos
mononucleares do sangue periférico, parte dos quais tem atividade
‘natural killer’ (células NK). PM = 95 kD. O protótipo
do anticorpo contra este antígeno é HNK-1, posteriormente
renomeado Leu7, que também reage com várias moléculas
neurais (PMs de 19 a 72 kD).
Algumas
são glicoproteínas associadas à mielina (MAGs). A
maior das MAGs (MAG-72) é relacionada estruturalmente a produtos
dos genes da superfamília das imunoglobulinas e a moléculas
de adesão neurais. MAGs são proteínas integrais de
membrana encontradas normalmente na oligodendroglia. Acredita-se que sua
função seja de mediar relações entre axônios,
e entre estes e células da glia durante a mielinização.
Assim, associação de CD57 com células de Schwann e
neoplasias neurais não é de estranhar. CD57 é
usado como marcador para tumores de bainhas de nervos periféricos,
sarcoma de Ewing e PNETs periféricos.
Contudo,
CD57 não está restrito a tumores neuroectodérmicos,
apenas é mais comumente expressado nestes. Entre outros, sarcomas
sinoviais, leiomiosarcomas e alguns carcinomas podem também marcar-se.
Em tumores de partes moles, CD57 é valioso na separação
de fibrossarcoma contra MPNST (malignant peripheral nerve sheath tumor),
fibrohistiocitoma maligno contra MPNST, e tumores mixóides de bainha
nervosa, benignos ou malignos, contra tumores mixóides não
neurais.
Anticorpos
contra CD57 reagem em proporções variáveis com tumores
neurais, incluindo schwannomas, neurofibromas, neuromas e tumores de células
granulosas.
Dentre os
tumores endócrinos, CD57 é mais usado para tumores neuroendócrinos.
Está presente em 100% dos feocromocitomas, 85% dos paragangliomas
extraadrenais, 50% dos carcinomas broncogênicos de pequenas células
e 85% dos carcinóides de várias origens. Contudo, não
está restrito a estes tumores, sendo positivo em 95% dos carcinomas
papilíferos e 70% dos carcinomas foliculares da tiróide,
e também em carcinomas da próstata, timomas e vários
tumores de pequenas células azuis. Por isso, CD57 usado isoladamente
não é confiável para identificação específica
de tumores neuroendócrinos.
Fontes:
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Cerilli LA,
Wick MR. Immunohistology of soft tissue and osseous neoplasms. in
Dabbs DJ (ed). Diagnostic Immunohistochemistry. 2nd Ed. Churchill Livingstone
/ Elsevier, 2006, pp. 75-6.
-
DeLellis RA,
Shin SJ. Immunohistology of endocrine tumors. in Dabbs
DJ (ed). Diagnostic Immunohistochemistry. 2nd Ed. Churchill Livingstone
/ Elsevier, 2006, pp. 263-4.
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