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São tumores benignos
freqüentes em adultos, perdendo apenas para os gliomas.
Seu pico é em torno de 45 anos.
Origem. A célula de origem é o fibroblasto aracnóideo, uma célula pavimentosa, que recobre a superfície externa da aracnóide. São mais numerosas nas vilosidades aracnóideas ou granulações de Pacchioni (estruturas especializadas para a reabsorção do líquor). Fibroblastos aracnóideos normais podem formar grupamentos em arranjo concêntrico, lembrando um bulbo de cebola em corte transversal. O centro se calcifica, resultando um grânulo, o corpo psamomatoso (em grego, psamos significa areia). Estruturas semelhantes são muito comuns nos meningiomas. A localização preferencial é na convexidade cerebral ao longo do seio sagital superior (maior concentração das granulações aracnóideas). Podem também ocorrer na base do crânio, na goteira dos nervos olfatórios, e na região da sela turca (meningioma do tubérculo da sela). A metade anterior da cavidade craniana é mais afetada. No canal espinal são intradurais e extramedulares, mais comuns na região torácica. Macroscopicamente,
meningiomas são bem delimitados, aderidos à dura-máter,
esféricos ou achatados. Deslocam e comprimem o cérebro sem
invadí-lo. Após remoção, deixam uma depressão
na superfície cerebral. A superfície do tumor é lobulada,
lembrando couve-flor. Não possuem cápsula. A consistência
é friável, mas pode ser firme, ou pétrea, quando o
tumor é calcificado.
Microscopicamente, os meningiomas são constituídos por células uniformes, núcleo redondo ou alongado, cromatina frouxa, citoplasma róseo, abundante, de limites imprecisos. As células podem arranjar-se segundo vários padrões, nos quais é baseada a classificação dos meningiomas. Uma feição muito comum é a disposição concêntrica das células, em redemoinhos, lembrando bulbo de cebola. O centro destes agrupamentos calcifica-se, chamando-se corpo psamomatoso, análogo aos da aracnóide normal. Quando muito numerosos, denomina-se o tumor meningioma psamomatoso. Os corpos psamomatosos resultam da deposição de cálcio em células neoplásicas degeneradas (calcificação distrófica). O quadro clínico
é insidioso, devido ao crescimento lento do tumor. Meningiomas podem
passar despercebidos por vários anos porque comprimem e deslocam
o cérebro muito devagar. Não causam edema cerebral. Podem
atingir volumes consideráveis, provocando pouco ou nenhum sintoma.
O tratamento é cirúrgico, não se associando radioterapia. Geralmente os tumores são volumosos, o que aumenta o risco cirúrgico. Apesar disso, a maioria dos casos tem cura completa. Há recidiva em pequena percentagem, especialmente nos tumores de difícil acesso, como os da base do crânio, porque a remoção total não foi possível. |
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