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Abscessos cerebrais assemelham-se
aos de outros locais. Resultam da proliferação
de bactérias piogênicas, quase sempre na substância
branca cerebral ou cerebelar, constituindo uma cavidade neoformada
preenchida por pus.
A importância dos abscessos no cérebro está em seu caráter expansivo, potencializado por intenso edema em sua volta, causando hérnias. Origem das bactérias Por contigüidade
Por via hematogênica
Por via direta
Anatomia Patológica Na fase aguda, as bactérias (estreptocos, estafilococos, pneumococo) causam inflamação aguda da substância branca, necrose das células gliais, afluxo de neutrófilos e macrófagos e ativação da micróglia. Formam-se focos de necrose liquefativa que confluem em um abscesso único. Logo se instala edema vasogênico intenso em volta. O abscesso cerebral crônico tem três camadas de dentro para fora:
Nos abscessos cerebrais, a cápsula é mais delgada e de formação mais difícil que em outros tecidos, devido à pobreza de fibroblastos que só estão presentes na leptomeninge e na adventícia dos vasos maiores. Por fora da cápsula observam-se astrócitos gemistocíticos, produtores de fibrilas gliais. Os astrócitos porém são frágeis e a gliose é ineficiente para encapsular o abscesso. Os abscessos, além de causar edema cerebral e hérnias, podem romper-se nos ventrículos, levando a empiema ventricular e meningite, mas ruptura direta na meninge é rara. Quadro clínico Caracteriza-se
por síndrome de hipertensão intracraniana, febre, torpor
e coma.
O exame
do líquor mostra menos alterações
que nas meningites, já que a lesão está dentro do
parênquima e sem comunicação com o espaço subaracnóideo.
Há hipercitose e hiperproteinoraquia discretas, sendo a glicoraquia
normal. Os exames de imagem
são valiosos auxiliares no diagnóstico.
Tratamento. Se medidas conservadoras falham, impõe-se cirurgia. Quando a lesão é superficial e encapsulada tenta-se extirpação. Se profunda, prefere-se aspiração do conteúdo e injeção de antibióticos. A mortalidade é próxima de 10%. |
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