Neupatimagem-UNICAMP

Hemangioblastoma espinal

Fem. 55 a. Há 5 anos, hemiparesia D progressiva com liberação piramidal D, poupando hemiface D. RM - lesão sólido-cística em topografia C3, com captação de contraste e hidrosiringomielia secundária. Aspecto intraoperatório: lesão nodular de cor amarelada extremamente vascularizada, com grandes vasos arteriais.

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Lesão sólida intramedular posterior, heterogênea, com áreas císticas e pontos com ausência de sinal (que, no estudo histológico, correspondem a grandes vasos), medindo aproximadamente 1,5 cm de diâmetro, com intensa captação de contraste, na altura de C3. Associada a ela, estendendo-se da transição craniocervical até o nível de C5, áreas císticas superiores e inferiores, com septações não captantes de contraste, escavando o tecido medular. Inferiormente, áreas de hidrosiringomielia, ocupando quase todo o canal medular, sendo difícil observar o parênquima medular nestas regiões.

CORTES SAGITAIS
T1
T1 C
T2

CORTES SAGITAIS, DETALHE
T1 SEM CONTRASTE	T1 COM CONTRASTE	T2

CORTES AXIAIS:
	T1 SEM CONTRASTE	T1 COM CONTRASTE	T2
7
10
11
12
13
14

Comentário. O tumor (hemangioblastoma) é um nódulo sólido-cístico que se impregna fortemente por contraste porque em seus vasos não há barreira hemoencefálica. Como é muito vascularizado, ocorre exsudação de líquido (ultrafiltrado do plasma) no tecido medular vizinho, levando à formação de uma cavidade hidrosiringomiélica que se estende acima e abaixo do tumor. As paredes desta cavidade não se impregnam por contraste, indicando que não contêm tecido tumoral. Os vasos que nutrem o tumor, por serem de alto fluxo, aparecem como pontos de ausência de sinal (vazio de fluxo ou flow void) em T1 e T2.

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