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| Fem. 40 a. Queixa de obstrução nasal persistente há 4 anos, pior à D. Nasofibroscopia revelou lesão polipóide na cavidade nasal D, de aspecto translúcido, estendendo-se do meato médio à coana. Biópsia da massa revelou tecido nervoso displásico abaixo do epitélio. Antecedente de episódio de crise convulsiva tônico-clônica generalizada há 7 anos, que respondeu a carbamazepina. | 
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| Coronal, janela óssea. Defeito ósseo ao nível da placa cribriforme do etmóide à D, com herniação de massa com atenuação de partes moles para a cavidade nasal D. Velamento do seio frontal e células etmoidais anteriores à D. Espessamento da mucosa do seio maxilar D. | ||
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| Encefalocele 
fronto-etmoidal. Esta é uma rara localização de encefalocele que, embora congênita, pode não ser detectada por vários anos, já que, externamente, não se notam alterações. As queixas geralmente referem-se a obstrução nasal crônica. Oclusão dos foramens de saída dos seios paranasais é causa de sinusite crônica, com espessamento da mucosa, como se nota neste caso no seio maxilar D. |  | 
| Topografia aproximada da lesão em peças anatômicas. | |
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| Base de crânio mostrando aproximadamente a localização da lesão ao nível da lâmina crivosa do etmóide à D. Para esta e outras peças em maior detalhe, clique. | Corte coronal por crânio inteiro, todas estruturas in situ, visto por trás, com indicação esquemática da topografia da encefalocele. Esta atravessa a porção medial do assoalho da fossa craniana anterior à D, ocupando a posição da lâmina crivosa e das células aéreas do etmóide deste lado, que não existem. Peça de uma coleção de 12 cortes coronais. Para esta e outras peças em maior detalhe, clique. | 
| Peças do acervo do Depto. de Anatomia, Instituto de Biologia (IB-UNICAMP), fotografadas por gentil permissão dos Profs. Maria Júlia Marques, Humberto Santo Neto e José Angelo Camilli. | |
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| Herniação de tecido cerebral e líquor por defeito ósseo ao nível da placa cribriforme do osso etmóide à D. O tecido herniado preenche parcialmente a cavidade nasal D chegando até a coana. O hemisfério cerebral e o ventrículo lateral D estão deformados e repuxados anteriormente pela herniação. Há hidrocefalia supratentorial compensada (não hipertensiva), a julgar pela ausência de permeação liquórica subependimária nos cortes em FLAIR. A causa da hidrocefalia parece ser um estreitamento da porção terminal do aqueduto mesencefálico, tendo o IVº ventrículo dimensão normal. | 
| MELHORES CORTES - SAGITAIS | |
| T1 SEM CONTRASTE | T2 | 
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| CORONAIS, T2 | FLAIR | 
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| Os cortes coronais na RM praticamente reproduzem as alterações já demonstradas na TC acima. | |
| AXIAIS, 
T1 SEM CONTRASTE. Setas indicam encefalocele na cavidade nasal D. | Seta = corno anterior do ventrículo lateral D, deformado e repuxado para baixo pela encefalocele. | |
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| FLAIR. Deformidade do corno anterior do ventrículo lateral D (seta verde), ponteagudo e tracionado para baixo, 'apontando' para a encefalocele (seta amarela). | Ausência de hipersinal na substância branca subependimária indica hidrocefalia compensada (não hipertensiva). | 
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| Corte sagital em T2, paramediano D, mostra a encefalocele insinuada por um defeito ósseo no etmóide. Na cavidade nasal, forma um saco herniário em direção posterior chegando à coana. |  | 
| Corte sagital em T1, na linha média, mostra uma fina lâmina de tecido na porção terminal do aqueduto (transição para o IVº ventrículo), que pode representar a obstrução que causou a hidrocefalia. Notar que a neurohipófise tem hipersinal espontâneo em T1. |  | 
| Para
espécimes neuropatológicos com malformação
de aqueduto semelhante à deste caso, clique. O hipersinal na neurohipófise deve-se aos chamados corpúsculos de Herring, onde é armazenado o hormônio antidiurético secretado no hipotálamo. Estes corpúsculos têm macromoléculas, cuja interação com a água dá maior recuperação de sinal (maior brilho). | |
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| CORTES SAGITAIS, T2 | ||
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| T1 SEM CONTRASTE | ||
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| CORTES CORONAIS, T2 | ||
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| FLAIR | ||
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| CORTES AXIAIS, T1 SEM CONTRASTE | ||
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| FLAIR | ||
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| Para mais imagens deste caso: | HE, Masson | IH | 
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| Textos : encefaloceles, persistência de vascularização fetal das leptomeninges. | 
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