Neupatimagem-UNICAMP

Astrocitoma difuso talâmico bilateral. Extensão ao hipocampo E, mesencéfalo, obstrução do aqueduto de Sylvius e hidrocefalia.

Fem. 43 a. Quadro depressivo há alguns meses. TC de crânio revelou hidrocefalia. Na RM – astrocitoma difuso envolvendo os 2 tálamos, maior à E. Extensão ao mesencéfalo, ocluindo o aqueduto e causando grande hidrocefalia hipertensiva com transudação liquórica. Também extensão ao uncus temporal E. Foi desaconselhada biópsia estereotáxica (as imagens são praticamente diagnósticas de astrocitoma difuso de baixo grau) ou tratamento adjuvante (radio- ou quimioterapia). Realizada derivação liquórica para alívio da hidrocefalia.

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

O tumor parece centrado no tálamo E, onde tem maior volume, mas acomete também o tálamo D, provavelmente por migração das células neoplásicas via adesão intertalâmica. Estende-se por contigüidade ao mesencéfalo, causando obliteração do aqueduto. Um foco secundário é observado na região da formação hipocampal E, presumivelmente via fórnix. Para caso semelhante, clique.

MELHORES CORTES AXIAIS - FLAIR. O tecido neoplásico apresenta hipersinal na seqüência FLAIR, devido ao seu alto grau de hidratação. É o método preferencial para avaliar a extensão do tumor.

T1 SEM CONTRASTE	T1 COM CONTRASTE	T2

O tumor nos tálamos tem hiposinal em T1, hipersinal em T2 e não se impregna por contraste.

CORTES CORONAIS, T2

T1 COM CONTRASTE	T2

CORTES SAGITAIS, T1 COM CONTRASTE. Nesta comparação entre os lados D e E, a extensão do tumor talâmico ao hipocampo E via fórnix aparece como uma área de hiposinal que não se impregna por contraste. Tal alteração não é vista nos cortes do lobo temporal D.
LADO D	LADO E