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1. HE (1a. parte) |
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Masc. 42 a. Para páginas de neuroimagem, imunohistoquímica e breve texto sobre gliomas primários da meninge, clique. |
Destaques da microscopia. | ||
HE. Caráter polimórfico, recordando aspectos histológicos de vários gliomas. Abaixo, padrão astrocitário com astrócitos gemistocíticos. | Aspecto lembrando oligodendroglioma. | Aspecto lembrando ependimoma. |
Atipias nucleares | Pseudoinclusões intranucleares | Mitoses |
Concreções calcáreas. | Hemossiderina no citoplasma das células neoplásicas. | Proliferação vascular - pseudoglomérulos, guirlandas. |
Hemossiderina em macrófagos junto a capilares proliferados | Focos de necrose coagulativa. | Cápsula fibrosa com hemossiderose |
Limite tumor-cérebro | Área de cérebro limítrofe | Perls. Hemossiderina no citoplasma das células neoplásicas. |
Para destaques da imunohistoquímica, clique. | ||
Aspecto
geral do tumor.
Esta neoplasia glial de muitas faces ofereceu considerável dificuldade diagnóstica por causa da localização extraaxial nos exames de imagem, que discordava do aspecto microscópico de glioma, e da positividade para GFAP. Incorporava, em diferentes campos, feições de astrocitoma fibrilar, inclusive com formas gemistocíticas, áreas lembrando oligodendroglioma e outras com características de ependimoma. Meningioma atípico, melanocitoma e tumor metastático estiveram entre os diagnósticos diferenciais, por fim descartados. |
Áreas lembrando astrocitoma. Células estreladas com finos prolongamentos citoplasmáticos entrelaçavam-se criando o fundo fibrilar próprio dos gliomas. Predominava aspecto de astrocitoma protoplasmático, em que os prolongamentos são delicados e muito ramificados, com citoplasma escasso. Havia também áreas com astrócitos gemistocíticos, com citoplasma róseo amplo e homogêneo, e núcleo excêntrico. As células freqüentemente projetavam seus prolongamentos a vasos, formando os chamados 'pés sugadores'. | |
Áreas
lembrando oligodendroglioma.
Algumas áreas, entremeadas às anteriores, recordavam o aspecto clássico dos oligodendrogliomas, com suas células pequenas, núcleos regulares e arredondados, e vasos finos em ramificação dicotômica, dando uma vaga aparência em 'tela de galinheiro'. |
Áreas
lembrando ependimoma.
Em ainda outras regiões, as células nas proximidades de vasos lançavam prolongamentos perpendiculares aos mesmos, mantendo o núcleo à distância, criando as pseudorrosetas perivasculares próprias dos ependimomas. Estes campos em aumento fraco davam o clássico aspecto em pele de onça ou de leopardo, que favorece o diagnóstico de ependimoma. |
Atipias nucleares. Variação na forma, tamanho e cromatismo dos núcleos, como habitual em astrocitomas difusos, inclusive de baixo grau. Não foram observadas células gigantes ou multinucleadas. | |
Pseudoinclusões intranucleares. Corpúsculos róseos, que simulam estar no interior do núcleo, correspondem, na realidade, a lingüetas de citoplasma insinuadas em dobras da membrana nuclear. Pseudoinclusões intranucleares são inespecíficas, parte do pleomorfismo celular das neoplasias, e podem ser observadas em vários tipos delas, de meningiomas a melanomas. | |
Mitoses. Mitoses eram freqüentes, na grande maioria típicas. | |
Microcalcificações
ou concreções calcáreas.
Correspondem a deposições lamelares concêntricas de sais de cálcio. Nos gliomas, são mais freqüentemente observadas nos oligodendrogliomas. Não devem ser confundidas com os corpos psamomatosos dos meningiomas, que ocorrem sobre células degeneradas em redemoínhos, vasos ou fibras colágenas. |
Hemossiderina em células neoplásicas. Algumas células na neoplasia continham pigmento marrom finamente particulado no citoplasma. Nossa primeira impressão foi de que se tratasse de melanina, devido à finura da deposição, mas a reação histoquímica de Perls demonstrou que o pigmento era, na realidade, hemossiderina, positiva na reação do azul da Prússia. Clique para técnica de Perls e imagens obtidas com ela. A riqueza em hemossiderina é testemunha do caráter hemorrágico do tumor, com freqüentes sangramentos, provavelmente decorrentes dos capilares anômalos. Grupamentos de macrófagos ricos em hemossiderina no citoplasma eram vistos principalmente próximos a capilares proliferados. Lembrar que a primeira manifestação do tumor foi uma hemorragia subdural (ver tomografia computadorizada). | |
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Caso trazido em consulta e gentilmente contribuído pelo Dr. Leandro Luiz Lopes de Freitas, Laboratório Multipat, Campinas, SP. Agradecemos revisão das imagens e lâminas pelo Dr. José Ribeiro de Menezes Netto, Laboratório Menezes, Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso: | TC, RM | HE, Perls | IH |
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