|
|
|
Este ependimoma espinal
era notável pela abundância em canais ependimários,
rosetas de Flexner-Wintersteiner
(= rosetas verdadeiras, ependimárias ou de centro vazio) e pseudorrosetas perivasculares, ou seja, os principais elementos diagnósticos de um ependimoma. Caso de consulta sem informação sobre sexo ou idade. |
Lâmina
escaneada.
O tumor apresentava um grande cisto ou canal central forrado por epêndima. O tecido tumoral em volta era rico em canais ependimários e apresentava bom plano de clivagem com a medula espinal. |
Aspecto
geral.
Este ependimoma ilustra as várias feições e arranjos que as células ependimárias podem assumir. Podem forrar canais irregulares e calibrosos, que levam à formação de cistos no tumor e o expandem consideravelmente. Podem se dispor de forma sólida, com morfologia cúbica, cilíndrica, por vezes formando rosetas de luz patente, as rosetas verdadeiras ou de Flexner-Wintersteiner. Há grande riqueza de prolongamentos fibrilares, parte dos quais vão ter a vasos, constituindo as pseudorrosetas perivasculares. Abaixo, detalhamento destes aspectos. |
Canais
ependimários.
Espaços forrados por epêndima, de luz ampla e contorno irregular. Imitam a arquitetura do sistema ventricular normal, p. ex. do aqueduto mesencefálico. A dimensão da luz poderia ser maior no tumor in situ (diminuiu ou colapsou após manipulação cirúrgica e fixação). |
Polarização
do epitélio.
As células
que forram os canais ependimários têm superfície luminal
plana, que pode conter cílios ou microvilos. O núcleo é
basal.
|
Rosetas
verdadeiras ou de Flexner- Wintersteiner.
Essas rosetas características dos ependimomas são versões em miniatura dos canais ependimários demonstrados acima. Apresentam um centro 'vazio' (na verdade, contendo fluido extracelular), com as células dispostas radialmente a sua volta. Há considerável variação de tamanho entre canais e rosetas, ao longo de um contínuo. |
Lúmens intracelulares. As rosetas de Flexner-Wintersteiner fazem transição para este outro tipo de estrutura, que aparece como diminutas rosetas, com luz preenchida por material róseo. Não há microscopia eletrônica deste caso, mas nos parece que estas estruturas corresponderiam a lúmens intracelulares, ou mesmo rosetas verdadeiras (formadas por mais de uma célula), com a luz preenchida por prolongamentos citoplasmáticos (cílios ou microvilos). Estes são demonstrados em ME em outros casos. Com imunohistoquímica, estruturas como estas são positivas, aparecendo em padrão dot ou delineando pequenas luzes (ver em outro caso). | |
Pseudorrosetas
perivasculares.
Estas estruturas características de ependimomas derivam da tendência das células ependimárias a enviar prolongamentos citoplasmáticos a vasos, de forma semelhante aos astrócitos. Os prolongamentos tomam arranjo radiado e os núcleos celulares ficam a certa distância da parede vascular. |
Nódulo
glial subependimário.
Este interessante achado, logo abaixo da superfície da cavidade central do tumor, revestida por epêndima, lembra os nódulos gliais da ependimite granulosa, que se formam cronicamente por proliferação da glia subependimária, após lesão do revestimento ependimário. O fato de situar-se no interior de um ependimoma e, portanto, ser forçosamente constituído por células ependimárias, sugere que os nódulos da ependimite granulosa inflamatória sejam também formados por células ependimárias e não por astrócitos. |
Este outro exemplo mostra a relação de um nódulo densamente fibrilar, logo abaixo da superfície, com uma pequena área onde o revestimento ependimário estava afilado (e possivelmente ausente em outros planos de corte). |
Caso do Laboratório PC & C (Patologia Cirúrgica & Citologia), gentilmente contribuído pela Dra. Rosângela Deliza. Campinas, SP. |
|
Neuropatologia
- Graduação |
Neuropatologia -
Estudos de casos |
Neuroimagem
- Graduação |
Neuroimagem -
Estudos de Casos |
Roteiro
de aulas |
Textos
de apoio |
Correlação
Neuropatologia - Neuroimagem |
Índice alfabético - Neuro | Adições recentes | Banco de imagens - Neuro | Textos ilustrados | Neuromuscular | Patologia - outros aparelhos | Pages in English |
|