Displasia  cortical  não-Taylor 
Imunohistoquímica  para  astrócitos
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GFAP. Observam-se no córtex displásico diversas anomalias astrocitárias, e da relação entre astrócitos e neurônios. Em córtex normal os astrócitos são do tipo protoplasmático. No córtex displásico os astrócitos são fibrosos e muitos são hipertróficos, sem porém constituir células grosseiramente anômalas como observado em casos de displasia cortical do tipo Taylor. 

Foram achados freqüentes, não encontrados em material normal:

  • astrócitos com prolongamentos mais espessos e/ou com citoplasma mais abundante que astrócitos fibrosos normais; 
  • astrócitos muito próximos dispostos em pares ("astrócitos casados")
  • astrócitos em "relação íntima" com neurônios (contato extenso entre os dois corpos celulares)
É de interesse notar que o material granuloso PAS-positivo (interpretado como lipofuscina), encontrado no citoplasma de neurônios da área displásica, marca-se com GFAP. 
Astrócitos com hipertrofia do corpo celular e/ou dos prolongamentos. 
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'Astrócitos casados'. Astrócitos em dupla, com corpos celulares em contato, sem ou com relação também com neurônios. 
'Relação íntima' entre astrócitos e neurônios. Justaposição entre os corpos celulares não é vista em tecido normal. Alguns neurônios acumulam lipofuscina no citoplasma, que se marca por GFAP. 
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Neurônios displásicos com lipofuscina marcada por GFAP. Este material, que só costuma ser observado em neurônios de pessoas idosas, é abundante nos neurônios displásicos deste caso, apesar da paciente ser jovem (15 anos). Ver também HE, LFB/Nissl e PAS
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Camada molecular com gliose. Notam-se numerosos astrócitos fibrosos, levemente hipertróficos (com citoplasma mais abundante que o habitual), mas sem células aberrantes.
Idem, outra área. 
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GFAP.  Transição córtex-substância branca.  Os astrócitos são do tipo fibroso e têm aspecto normal, não se notando células gigantescas ou anômalas do tipo balloon cells, vistas na displasia do tipo Taylor (clique, para exemplos). 
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VIMENTINA
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VIM. Anticorpo contra vimentina demonstra astrócitos. O número de células marcadas parece menor que com GFAP, e o fundo fica mais claro, porque há menor quantidade de prolongamentos astrocitários visíveis em relação à reação para GFAP.  Os astrócitos maiores e mais atípicos (displásicos) expressam mais VIM e destacam-se.  Por isso, VIM é útil na pesquisa de displasias corticais: fundo limpo, menos células marcadas, células displásicas logo chamando a atenção, mesmo num exame rápido em aumento fraco. Neurônios são sistematicamente negativos.  VIM também marca vasos, inclusive capilares, e facilita o estudo da rede vascular. 
Vimentina na área displásica marca poucos astrócitos.  Os astrócitos são fibrosos, com citoplasma mais abundante que na substância branca normal. Os feixes de vimentina freqüentemente destacam-se na periferia da célula como cabos de sustentação. 
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VIM.  Neurônios, displásicos ou não, são vimentina - negativos. 
VIM.  Astrócitos anômalos.
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VIM.  Camada molecular com gliose. Astrócitos anômalos destacam-se, como nas outras camadas. 
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VIM. Transição córtex - substância branca. Ausência de balloon cells.   Habitualmente vistas na displasia cortical do tipo Taylor e fortemente positivas com vimentina, balloon cells ou células balonizadas não são observadas no presente caso. Os astrócitos apresentam alterações semelhantes às já notadas nas outras camadas. 
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VIM.  Córtex cerebral normal para comparar. Esta área é do mesmo bloco, mais próxima da superfície do giro e fora da área displásica. Aqui os astrócitos são do tipo protoplasmático, como habitual, e não há formas fibrosas ou displásicas. Os astrócitos protoplasmáticos caracterizam-se por escasso citoplasma em volta do núcleo e prolongamentos delicadamente ramificados, lembrando plumas de avestruz. 
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Na transição para a substância branca, contudo, observou-se um astrócito anômalo em relação com uma arteríola. 
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Comparação entre astrócitos displásicos e normais.  Os astrócitos da área displásica são todos fibrosos, mesmo estando no córtex,  têm citoplasma amplo e prolongamentos espessos, retilíneos e às vezes grosseiros, claramente anômalos. Os astrócitos do córtex normal são protoplasmáticos, com pouco citoplasma e prolongamentos delicados, que desaparecem gradualmente no neurópilo. 
Córtex displásico Córtex normal
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Para mais imagens deste caso: 
RM (normal) Neuropatologia Resumo Macro, HE, colorações  IH para neurônios
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