Cisto colóide do III ventrículo. 
1. Macro, HE, tricrômico de Masson
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Fem 14 a.   Clique para  macro, fotos sob lupa, lâminas escaneadas, destaques da microscopia, HE, tricrômico de Masson, imunohistoquímica
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Espécime. 

Este cisto colóide foi retirado in toto medindo cerca de 2,2 cm de diâmetro.  A superfície externa é lisa, com pequenos vasos. Ao corte, mostra conteúdo gelatinoso róseo amarelado. 

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Fotos sob lupa.   Mostram detalhes externos da parede do cisto em corte e do conteúdo homogêneo. Imagens obtidas pelo fotógrafo do Departamento de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Sr. Adilson Abílio Piaza. 
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Lâminas escaneadas.    As duas metades do cisto foram incluídas em blocos separados. Em ambas é possível identificar a cápsula, o conteúdo amorfo e granulomas a cristais de colesterol.  Aumento menor - escaneadas com 600 dpi (dots per inch). Aumento maior - 1200 dpi. 
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Destaques  da  microscopia. 
HE.  Aspecto geral, epitélio cúbico simples apoiado sobre cápsula colágena, conteúdo amorfo granuloso Células mucosas e ciliadas.  Conteúdo - granulomas a cristais de colesterol, calcificações, hemossiderina 
Masson.  Epitélio em róseo, colágeno em azul AE1AE3.  Positivo uniformemente no epitélio do cisto (demonstra citoqueratinas de baixo e alto peso molecular) 34bE12.    Demonstra citoqueratinas de alto peso molecular, positividade nas células basais do epitélio
35bH11.   Demonstra citoqueratinas de baixo peso molecular, positividade heterogênea (mais em certas células que em outras) CK7. Positividade em certas células, não em outras EMA. Positividade apical, também variável. 
CD68. Positivo em macrófagos livres ou participantes de granulomas a cristais de colesterol na parede do cisto.  VIM.  Demonstra fibroblastos da parede do cisto (reação citoplasmática, delineando fino reticulado celular) Ki-67.Positividade em cerca de 3-5% dos núcleos das células epiteliais do cisto. Marca também muitas células em pequenos vasos 
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HE. Aspecto geral da lesão. Conteúdo e parede do cisto.   A parede do cisto é constituída por epitélio simples cúbico em monocamada, mas que parece ter duas camadas em certas regiões, apoiado sobre tecido conjuntivo colágeno.  O conteúdo é amorfo, róseo forte e finamente granuloso, provavelmente proteico e contendo restos de hemácias e células degeneradas. Granulomas de corpo estranho a cristais de colesterol e calcificações são observados em algumas áreas.
Dobras do epitélio.    Originaram-se por perda do conteúdo do cisto durante a retirada em monobloco. 
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Epitélio.   A cápsula é revestida internamente por monocamada de células epiteliais produtoras de muco e/ou ciliadas. Pode haver pseudoestratificação.  O cisto cresce pela secreção contínua de mucina PAS-positiva pelas células do revestimento, bem como pela descamação de células. Há evidências imunohistoquímicas e ultraestruturais a favor de origem endodérmica, o que coloca os cistos colóides na mesma categoria dos cistos enterógenos e os cistos de bolsa de Rathke
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Epitélio -  cílios, células mucosas.  Células ciliadas como as do epitélio respiratório são proeminentes neste espécime. Algumas, além dos cílios, têm citoplasma claro e microvacuolado, sugerindo conteúdo de mucinas. Nem todas células mostram cílios. 
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Conteúdo - granulomas a cristais de colesterol.    Estes granulomas a cristais de colesterol, que aparecem como finas fendas, formam-se na parede do cisto, onde há tecido viável, com capilares que aportam macrófagos. Provavelmente ocorrem por pequenas rupturas do epitélio, colocando o tecido conjuntivo da parede em contato com o conteúdo rico em lípides e células degeneradas.  É freqüente que estes granulomas sofram deposição de sais de cálcio, que aparecem na TC como nódulos hiperdensos, e na RM causem supressão do sinal em T1 e T2 (devido ao cálcio e à hemossiderina, por pequenas hemorragias recorrentes).  Para mais sobre granulomas de corpo estranho no curso de graduação, clique (1)(2).
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Conteúdo, calcificações.    Para exemplo no curso de graduação, clique.
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Conteúdo - hemossiderina.   Para mais sobre hemossiderina no curso de graduação, clique.
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COLORAÇÕES  ESPECIAIS
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Tricrômico de Masson. 

Esta técnica para tecido conjuntivo, que cora fibras colágenas em azul, demonstra a cápsula fibrosa do cisto colóide como uma fina camada em toda volta. O epitélio que reveste internamente o cisto aparece em vermelho, núcleos em roxo. Esta imagem obtida por escaneamento da lâmina com 600 dpi (dots per inch).  Em maior resolução abaixo com 1200 dpi. 

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Agradecimentos.  Imagens sob lupa estereoscópica obtidas pelo fotógrafo do Departamento de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Sr. Adilson Abílio Piaza.  Lâminas HE preparadas no Laboratório de Rotina do Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP - Mariagina de Jesus Gonçalves, Maria José Tibúrcio, Guaracy da Silva Ribeiro, Fernando Wagner dos Santos Cardoso, Viviane Ubiali, Fernanda das Chagas Riul e Vanessa Natielle Pereira de Oliveira.  Colorações especiais pela técnica Tayna Takahashi Santos.
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Para mais imagens deste caso: TC, RM Macro, HE, Masson Imunohistoquímica
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Cisto de bolsa de Rathke:
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Cisto colóide de IIIº  ventrículo: banco de imagens,
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