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do núcleo amigdalóideo ao tálamo (gliomatose cerebral) |
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Na cirurgia, foi retirada a região amígdalo-hipocampal E. O espécime foi cortado no plano coronal, originando dois blocos, A, mais anterior e B. Abaixo, as lâminas coradas em HE foram escaneadas para mostrar a correspondência aproximada com as imagens de RM em T1. A localização do núcleo amigdalóideo fica mais clara nas técnicas imunohistoquímicas para NSE (neuron-specific enolase) e SNF (sinaptofisina) realizadas no bloco A. |
BLOCO A | |
BLOCO B | |
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AMÍGDALA DESTE CASO | AMÍGDALA NORMAL (da autópsia 170/02) |
A amígdala deste caso mostra os neurônios separados por maior número de células gliais (astrócitos neoplásicos), cujos núcleos são redondos, e cujos prolongamentos dão ao tecido aspecto mais claro e frouxo. O tumor (astrocitoma difuso de baixo grau) infiltra difusamente a substância cinzenta do núcleo amigdalóideo sem destruir os neurônios. |
Astrocitoma difuso de baixo grau infiltrando difusamente o núcleo amigdalóideo. | |
Os astrócitos neoplásicos são bem diferenciados. Os núcleos são regulares, não raro com pequeno nucléolo, e praticamente não mostram atipias. O citoplasma resolve-se em abundantes e finos prolongamentos róseos que formam a trama fibrilar de fundo, característica das neoplasias gliais (gliomas). |
Estruturas secundárias
de Scherer
(infiltração da região subpial do córtex cerebral pelo tumor). (ver abaixo) |
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Extremidade anterior do corno inferior do ventrículo lateral. Aparece no bloco A como pequenas fendas revestidas por epêndima. | |
Acima,
duas imagens macroscópicas de cortes frontais (coronais) pela região
amígdalo-hipocampal de um cérebro normal de autópsia.
Na da E, o corte está visto pela face posterior. Notar as relações
entre a extremidade anterior do corno inferior do ventrículo lateral,
a amígdala (ou núcleo amigdalóideo) e a extremidade
anterior do hipocampo, também conhecida como pé do hipocampo
(pes hippocampi em latim).
Na imagem da D, o corte está visto pela face anterior, e é um pouco posterior em relação ao da foto da E. |
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A demonstração de NSE (enolase neurônio- específica) foi útil para destacar o núcleo amigdalóideo, onde os neurônios expressaram fortemente o antígeno. As fotos abaixo são da orla periférica, mais reagente. |
NSE | |
As duas figuras logo acima demonstram um manguito de infiltração tumoral perivascular, já discutido acima como uma das estruturas secundárias de Scherer. Notar a negatividade das células neoplásicas para NSE. | |
NF (neurofilamentos). Resultados semelhantes aos com NSE. Neurônios multipolares do núcleo amigdalóideo positivos, bem como axônios. Células neoplásicas negativas (só nucleos corados por hematoxilina). Manguito de infiltração tumoral perivascular (fig. embaixo e à D) também negativo, contrastando com o tecido em volta (onde há axônios). | |
SNF (sinaptofisina). Os pontos positivos são axônios. Os corpos celulares dos neurônios reagem fracamente e as células neoplásicas são negativas. | |
GFAP (glial fibrillary acidic protein). Positivo nas células neoplásicas, que são astrócitos bem diferenciados, com citoplasma relativamente escasso que se ramifica em prolongamentos finos e ricos em GFAP. | |
Ki-67. Todo o tumor é negativo para este marcador de proliferação celular, salientando a natureza extremamente indolente desta neoplasia. | |
Diagnóstico
diferencial. O principal problema diagnóstico neste caso
é
o ganglioglioma, um tumor freqüente no lobo temporal, que se
apresenta também com epilepsia de difícil tratamento medicamentoso.
A presença de neurônios entre os astrócitos é
uma das características nesta neoplasia. O diagnóstico
de astrocitoma difuso aqui foi baseado nas imagens que mostram um tumor
difusamente infiltrativo e de grande extensão, o que não
é próprio dos gangliogliomas, que são tumores mais
localizados, geralmente sólido-císticos. Do ponto de
vista histológico a diferenciação foi facilitada pela
integridade da peça cirúrgica que permitiu identificar os
neurônios com pré-existentes e pertencentes ao núcleo
amigdalóideo. Se o material consistisse só de pequenos fragmentos
o diagnóstico diferencial seria mais difícil ou impossível,
mesmo com imunohistoquímica.
Para um caso de tumor de tronco cerebral com infiltração de um hemisfério cerebral e do hemisfério cerebelar contralateral (gliomatose cerebral), clique: imagem, patologia. |
Para ver a ressonância magnética deste tumor, clique na figura: |
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