Na dermatomiosite
observa-se
variação
de diâmetro das fibras, com tendência às fibras
atróficas se localizarem mais na periferia dos fascículos
(atrofia perifascicular). Esta feição é considerada
altamente característica da doença, mas seu mecanismo é
duvidoso.
Agressão às
fibras musculares. Quando a
doença está ativa, observam-se várias fibras necróticas,
em fagocitose ou com aspecto regenerativo, indicando agressão
ao músculo e tentativa de regeneração. As fibras
que sofreram necrose recentemente aparecem mais claras e com aspecto
homogêneo, devido à perda do sarcoplasma intermiofibrilar.
Posteriormente há fagocitose por macrófagos (aqui
não demonstrada). As fibras em regeneração
têm diâmetro menor, e cor arroxeada do citoplasma devido à
alta concentração de ribossomos e pobreza em miofibrilas;
os núcleos tendem a ser mais volumosos e localizados no interior
da fibra. Fala-se em núcleos centrais ou internos (normalmente
são periféricos).
Pobreza de infiltrado
inflamatório. Embora
a doença seja de mecanismo autoimune, a quantidade de células
inflamatórias no interstício é geralmente pequena,
e pode mesmo ser ausente. Há um nítido contraste entre
o infiltrado inflamatório (pobre) e a exuberância das lesões
nas fibras musculares. Isto pode ser devido a que as lesões
são mais relacionadas a imunidade humoral (anticorpos) que celular.
Também, a agressão seria mais dirigida a capilares, e a necrose
de fibras teria mecanismo isquêmico. É muito difícil
observar lesões capilares em HE. Métodos especiais
revelam redução numérica dos capilares por destruição
e fibrose.