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A distrofia muscular de Duchenne é a
forma mais comum e severa de distrofia muscular, determinada pelo gene
da distrofina, situado no braço menor do cromossomo X (herança
ligada ao sexo).
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Ilustração original do trabalho de Duchenne, mostrando aumento de volume das panturrilhas, escápulas aladas e hiperlordose. | Paciente
com os mesmos sinais da fig. à E.
(Obs. ilustrações gentilmente cedidas pela Profa. Anamarli Nucci, Depto de Neurologia, FCM-UNICAMP.) |
A manobra clássica de Gowers. Para levantar-se do chão o paciente usa as mãos para 'escalar' as próprias pernas. |
Numa distrofia, as fibras musculares são frágeis devido
a anormalidades genéticas em proteínas que dão suporte
estrutural ao sarcolema. Em conseqüência, as fibras sofrem
rupturas do sarcolema e, portanto, necrose, já com o uso normal
do músculo.
As fibras necróticas têm capacidade de regenerar-se. Contudo, vários ciclos de necrose e regeneração induzem fibrose entre elas, tanto no peri- como no endomísio. Ao fim de alguns anos a regeneração eficiente vai diminuindo e o músculo gradualmente é substituído por tecido fibroadiposo. Na distrofia de Duchenne isto geralmente leva à morte em torno da idade de 20 anos por insuficiência respiratória. |
Além da fibrose, nota-se irregularidade no diâmetro das fibras musculares, havendo fibras desde atróficas até hipertróficas, isto é, maiores que as normais. As atróficas são provavelmente fibras cuja regeneração não foi bem sucedida ou que ficaram desnervadas. As hipertróficas estão 'tentanto compensar' a falta das demais (hipertrofia vicariante). |
Muitas fibras numa distrofia mostram alterações ditas 'miopáticas'. Entre estas estão a presença de núcleos internos (não mais em posição subsarcolemal) e splitting ou partição da fibra em duas ou mais através de uma fenda longitudinal. Isto acontece principalmente em fibras hipertróficas. |
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Porém, não permitem classificar os vários tipos de distrofia muscular hoje conhecidos. Para isso usam-se técnicas de imunofluorescência, imunohistoquímica e genética molecular. O número de entidades nosológicas, definidas pela alteração em uma determinada proteína estrutural, continua crescendo, pois o conhecimento das proteínas da fibra muscular é ainda muito incompleto. |
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