Este volumoso tumor cerebral
congênito, classificado como tumor neuroectodérmico primitivo
(PNET ou primitive neuroectodermal tumor) com diferenciação
divergente com base na imunohistoquímica,
substituia praticamente todo o hemisfério cerebral direito, poupando
apenas parte do lobo frontal. Devido ao intenso efeito de massa, comprimia
e destruia o tronco cerebral, causando extensa hidrocefalia supratentorial
e reduzindo o hemisfério cerebral esquerdo a espessura papirácea.
Havia também herniação transtentorial descendente
de parte da massa neoplásica para a fossa posterior, com compressão
do cerebelo e tronco, além de grande disjunção das
suturas e alargamento das fontanelas pela hipertensão intracraniana.
A massa era espontaneamente hiperdensa em relação ao parênquima
cerebral, com focos de maior densidade (que pareciam corresponder a calcificações)
e áreas hipodensas (necróticas ou císticas). Houve
discreta impregnação por contraste. |