Craniofaringioma  escamo-papilar. Extensão ao lobo frontal E. 
Masc.  59 a. em 1994. Visto inicialmente em 25/7/94 por diminuição da acuidade visual em ambos olhos (visão = 0.1). Exame oftalmoscópico - atrofia bilateral das papilas ópticas. 
TC pré-operatório em 25/9/95 – lesão expansiva frontal E, com desvio da linha média; puncionada em 3/10/95, com retirada de material semilíquido – diagnóstico presuntivo de abscesso frontal E. (não foi feita biópsia). 
Em 29/8/97, história de 2 meses de perda de contato com familiares, dificuldade de fala e de movimentação. Exame neurológico – hemiparesia proporcionada completa D, sinal de Babinski a D, afasia de instalação progressiva.  TC – tumor fronto-parietal E, 5 x 4 cm.  Punção – 158 ml de líquido citrino. Em 8/9/97, retirada parcial da lesão com resultado anátomo- patológico de cisto disontogenético contendo epitélio mucoso, compatível com hamartoma. 
RM em 15/3/99 – imagens abaixo.
Em 17/6/99 craniotomia fronto-temporal E (pterional) para abordagem do tumor cístico frontal e exérese parcial da cápsula. 
Óbito em 27/8/99 após complicações respiratórias. 

 
TOMOGRAFIA  COMPUTADORIZADA,  25/9/95
Lesão expansiva com densidade praticamente idêntica à do tecido nervoso adjacente, localizada nas regiões selar e supraselar, estendendo-se ao hemisfério cerebral E, deslocando o corno anterior do ventrículo lateral E,  comprimindo o foramen de Monro e causando hidrocefalia ipsilateral. Apresenta fina orla de calcificação. Não há impregnação significativa pelo contraste iodado. 
Sem contraste 
Com contraste 

 
RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 15/3/99
Lesão expansiva bilobulada, com contornos bem definidos, 6,5 x 5 x 4 cm, situada na região supraselar. A lesão se estende superiormente à E, com efeito de massa, escavando o lobo frontal E e desviando as estruturas da linha média. Há hérnia do giro do cíngulo para a D. Deslocamento póstero-lateral das Aa. cerebrais médias e para a D das Aa. cerebrais anteriores. A lesão tem parede sólida de contornos regulares e múltiplos nódulos murais que se impregnam por contraste.  Conteúdo cístico com discreto hipersinal em T1 em relação ao líquor. 
MELHORES  CORTES
T1 COM CONTRASTE FLAIR
CORTES SAGITAIS, T1 SEM CONTRASTE
T1 COM CONTRASTE
CORTES AXIAIS
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE T2
T1 SEM CONTRASTE T2
FLAIR. Nesta seqüência, nota-se hipersinal do conteúdo do cisto tumoral, indicando que o líquido neste local é rico em macromoléculas.  A substância branca do polo frontal E, hiperintensa, demonstra o edema adjacente à lesão.  O líquor que preenche os ventrículos laterais tem ausência de sinal, porque no FLAIR há supressão do sinal da água livre. Contudo, no corno anterior do ventrículo lateral E, que está seqüestrado (vedado pela parede do cisto), o líquor tem sinal intermediário, indicando que contém pequena quantidade de proteína. 
DP (densidade de prótons). Esta seqüência evidencia a quantidade de prótons no tecido. Os tecidos aparecem em tons de cinza, permitindo o destaque dos vasos, que aparecem em negro (ausência de sinal), devido ao flow void. É a melhor seqüência para estudar os vasos. As Aa. cerebrais anteriores e médias estão desviadas pelo craniofaringioma. 
CORTES CORONAIS, T1 COM CONTRASTE

 
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