Hemangioblastoma de bulbo. 
2. Imunohistoquímica 
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Masc. 52 a.  Clique para história clínicaRM, espécime macroscópicodestaques da microscopia, HE, Masson, reticulina, imunohistoquímica, microscopia eletrônica, texto.
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Destaques  da  imunohistoquímica. 
NSE.  Positiva nas células estromais. Texto VIM.  Idem S-100.  Idem
Inibina.  Idem. Texto CD34.  Positivo nos capilares.  CD56 Ki-67. Positivo em raros núcleos de células estromais (<1%), em células endoteliais e neutrófilos (controle interno)
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NSE.  Enolase neurônio-específica, apesar da baixa especificidade (ver texto abaixo), demonstra com elegância as células estromais deste hemangioblastoma. A marcação citoplasmática destaca em negativo as gotículas lipídicas. 
Enolase Neurônio-Específica  (NSE).   As enolases compreendem 5 formas diferentes,  compostas de três homodímeros e dois híbridos.  NSE catalisa a interconversão de 2-fosfoglicerato e fosfoenolpiruvato na via glicolítica. É encontrada em várias células neuroendócrinas normais e neoplásicas, e predomina no cérebro. 

Anticorpos para NSE foram populares nos primórdios do diagnóstico imunohistoquímico como marcadores de diferenciação neural e neuroendócrina, pois acreditava-se que fosse específica para esta. Posteriormente, percebeu-se que a maioria das preparações anti-NSE apresentava reatividade cruzada indesejável, mesmo com anticorpos monoclonais. NSE pode ocorrer em virtualmente qualquer tipo de tumor, e em células tão díspares como musculares lisas, estriadas, mioepiteliais, epiteliais renais, hepatócitos, ilhotas de Langerhans, células não neoplásicas da hipófise, pineocitos, células neuroendócrinas do pulmão, tiróide, células parafoliculares, medula da adrenal, tecidos secretores de peptídeos, células de Merkel da pele, melanócitos, plasmócitos e megacariócitos, entre outras. Isto originou o apelido jocoso de 'Enolase Não-Específica'. 

Apesar da inespecificidade, NSE é ainda um marcador altamente sensível para células neuroendócrinas neoplásicas, e pode ser útil se usada em conjunto com marcadores mais específicos, como sinaptofisina e cromogranina. 

Fontes  : 

  • Leong AS-Y, Cooper K, Leong FJW-M.  Manual of Diagnostic Antibodies for Immunohistology. 1999, Greenwich Medical Media Ltd, London. p. 253-4. 
  • Dabbs DJ (editor). Diagnostic Immunohistochemistry,  2nd Ed., Churchill Livingstone / Elsevier, Philadelphia, 2006.   pp. 200; 338.
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VIM.   O filamento intermediário ubiquitário vimentina é positivo nas células estromais.  Sendo elemento do citoesqueleto, é encontrado só no citoplasma, e provavelmente corresponde aos filamentos citoplasmáticos observados em microscopia eletrônica. Para textos sobre filamentos intermediários e vimentina, clique. 
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S-100. Células estromais mostram marcação citoplasmática para proteína S-100. Para breve texto sobre este marcador, clique. 
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Inibina.   A positividade para este marcador de células dos cordões sexuais gonadais e da camada cortical da adrenal é conhecida na literatura sobre hemangioblastomas.  Para breve texto sobre inibina, ver abaixo
Inibina.   Inibina é um hormônio glicoproteico dimérico de 32 kD (composto por subunidades alfa e beta), que participa da regulação do sistema de retroalimentação entre a hipófise e as gônadas. Inibe a liberação do FSH (hormônio folículo-estimulante) pela adenohipófise, inibindo a foliculogênese. 

Inibina é secretada pelas células da camada granulosa dos folículos ovarianos. É um marcador sensível e relativamente específico dos tumores do estroma e cordões sexuais do ovário, particularmente dos tumores de células da granulosa.  É incomum que carcinomas do ovário expressem inibina. Inibina é também positiva em células do sinciciotrofoblasto na mola hidatiforme e no coriocarcinoma.

No testículo, inibina é secretada pelas células de Sertoli, com pequena contribuição das células de Leydig.  É expressada também em tumores dos cordões sexuais e estroma do testículo. Imunorreatividade para inibina foi demonstrada em 15 de 16 tumores de células de Leydig, 4 de 6 tumores dos cordões sexuais e estroma do testículo, com graus variados de diferenciação para células de Sertoli ou células da granulosa. Células de Leydig ou de Sertoli não neoplásicas também se marcam, com intensidade menor. Seminomas, melanomas, linfomas, teratoma maligno indiferenciado e carcinoma metastático foram negativos para inibina. 

Neoplasias do córtex adrenal também comumente expressam inibina, especialmente os carcinomas.  Melan A, que tem utilidade primária em reconhecer células de melanoma, também identifica mais da metade dos tumores do córtex adrenal, especialmente os carcinomas. Como inibina, também reage com tumores dos cordões sexuais e estroma gonadal. Melan A é mais específico para tumores adrenocorticais, porque não reage com outros carcinomas. Contudo, inibina é mais sensível. 

Fonte.

  • Dabbs DJ (editor). Diagnostic Immunohistochemistry,  2nd Ed., Churchill Livingstone / Elsevier, Philadelphia, 2006.   pp. 207; 575-6; 664.
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CD56. 

A molécula de adesão das células neurais  (neural cell adhesion molecule ou NCAM) foi negativa nas células estromais deste hemangioblastoma, com controle interno positivo do tecido nervoso na margem do tumor. Para breve texto sobre este marcador, clique

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CD34. 

Este marcador de endotélio, positivo na face luminal das células endoteliais, ilustra a alta densidade e distribuição homogênea dos capilares do hemangioblastoma, bem como sua íntima relação com as células estromais. Para detalhes ultraestruturais, clique. 

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Ki-67.  O marcador de proliferação celular Ki-67 (MIB-1) foi positivo em poucas células. Apenas dois núcleos de células estromais se marcaram. Outros núcleos positivos provavelmente pertenciam a células endoteliais de capilares, tendo sido observada uma mitose. Vários neutrófilos em vênulas aparecem marcados, o que é habitual. (para um neutrófilo observado casualmente em microscopia eletrônica, clique). Células brancas do sangue servem de controle interno em espécimes particularmente pobres em células positivas. Pelo menos um núcleo convincentemente marcado deve ser encontrado para validar a reação (ausência total de marcação pode decorrer de falha técnica). 
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Agradecimentos. Imunohistoquímica pela técnica Thainá Milena Stela de Oliveira.   Departamento de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP, Campinas, SP. 
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Para mais imagens deste caso e texto: RM  Macro, HE, colorações especiais IH, Textos : NSE, inibina ME
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