Glioma  cordóide do IIIº ventrículo.  1.  HE. 
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Destaques  da  microscopia. 
HE.  Área compacta Área frouxa Infiltrado inflamatório
Corpúsculos  de  Russell GFAP. Positividade citoplasmática nas células neoplásicas VIM.  Idem 
AE1AE3.  Positivo focal  EMA. Positivo em plasmócitos, negativo no tumor Ki-67. Positividade em cerca de 1 % dos núcleos das células neoplásicas 
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HE
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Aspecto geral do tumor.  Neoplasia de células poligonais ou estreladas, de contornos mal definidos, com arranjo sólido em áreas, e dispersas em matriz amorfa levemente basófila em outras. Áreas densas e frouxas são vistas lado a lado. Além disso, há focos de infiltrado inflamatório crônico rico em plasmócitos, que freqüentemente apresentam corpúsculos de Russell (mostrados em outros quadros). 
Num primeiro exame, a natureza glial do tumor pode não ficar aparente. A positividade forte para GFAP estabelece o tumor como de linhagem astrocitária.  A topografia observada nos exames de imagem permite o diagnóstico de glioma cordóide do IIIº ventrículo
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Abaixo, cortes nos três planos ortogonais em T1 com contraste, situando a lesão na linha média, na porção anterior do IIIº ventrículo.
Correlação neuroimagem - histologia. 

Correlação entre a imagem coronal em T2,  e áreas mais densa e mais hidratada do tumor. Presumivelmente, as áreas mais brilhantes na imagem (mais ricas em água) corresponderiam às regiões com abundância de matriz extracelular. 

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Área  mais  celular e compacta.  As células tomam arranjo compacto, por vezes cordonal, e o material intersticial é escasso.  Os núcleos têm cromatina frouxa, bem distribuída, e poucos mostram nucléolo. Não há atipias significativas. O citoplasma é róseo e abundante. Não se observam mitoses ou necrose. 
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Área  mais  frouxa.  As células estão dispersas em matriz amorfa hidratada, levemente basófila. A forma das células é mais facilmente identificável - são alongadas, estreladas ou poligonais, e freqüentemente se dispõem em cordões.  O aspecto, à primeira vista, não lembra um glioma, sugerindo mais um cordoma.
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Semelhança com cordoma foi a principal razão do envio do presente caso em consulta, dúvida reforçada pela topografia da lesão.  As células são por vezes epitelióides, tomam arranjo cordonal em meio a abundante matriz basófila. Porém, não foram observadas células fisalíforas. A semelhança justifica o termo adotado para esta entidade, de glioma cordóide do terceiro ventrículo
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Infiltrado inflamatório.  Uma feição muito chamativa no presente espécime, e que concorda com o observado na literatura, é um infiltrado inflamatório crônico inespecífico focal, formando ninhos em meio às células neoplásicas. As células predominantes são linfócitos, com grande riqueza em plasmócitos.  Estes mostram numerosos corpúsculos de Russell (quadro abaixo). 
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Corpúsculos de  Russell.  São gotículas hialinas constituídas por proteína secretada, no caso, por plasmócitos, portanto, imunoglobulinas.  São achado comum em infecções crônicas de longa duração. São notavelmente homogêneos e eosinófilos, e costumam ser vistos em pares, trios, ou pequenos cachos. 
Origem dos corpúsculos de Russell. 

É possível demonstrar os corpúsculos no citoplasma de alguns plasmócitos. A maioria dos corpúsculos, porém, está solta no tecido, ou por morte da célula ou porque o corpo celular está fora do plano de corte. 

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Estrutura epitelióide.  Em uma única área foi observada esta estrutura, em que as células de formato cilíndrico se arranjam em fileira ao longo de uma membrana.  O aspecto das células lembra um epitélio, e até epêndima, mas não há outras formações sugestivas de ependimoma no espécime. Lembrar que o glioma cordóide provavelmente tem origem no epêndima da região da lamina terminalis do IIIº ventrículo (ver texto).
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Mitose. 

Apenas uma mitose (presumível) foi observada em todo o espécime. 

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Caso gentilmente enviado em consulta pelo Prof. Dr. Marcelo Alvarenga, Campinas, SP. 
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 Para mais imagens deste caso: RM IH
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Sobre  glioma  cordóide
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